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Nova descoberta sugere que Machu Picchu pode ser décadas mais antigas do que o imaginado

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Em suma, arqueólogos dedicam suas vidas diariamente em busca de coisas sobre o passado. Graças a esses trabalhos, sabemos muito sobre o Egito antigo, Grécia, Roma, Europa na Idade Média e diversos períodos da história. Eles se revelaram por meio de estudos. Em suma, esses profissionais estão a todo o momento encontrando objetos antigos ou decifrando os que já foram encontrados.

Os incas são uma civilização bem conhecida e estudada. No entanto, isso não impede que novas descobertas a seu respeito sejam feitas. Como por exemplo, se fez a datação moderna por radiocarbono. Ela sugere que Machu Picchu é, pelo menos, duas décadas mais velha do que se mostra nos registros históricos.

O arqueólogo e antropólogo americano John Rowe fez suas interpretações dos documentos do século XVI e viu que essa cidade de alta altitude foi construída para o imperador inca Pachacuti. A construção foi feita logo depois que ele ascendeu ao poder em 1438 d.C.

Machu Picchu

Desde que Rowe publicou seu trabalho, na década de 1940, se tomou como base essa para a construção de Machu Picchu. Contudo, parece que o arqueólogo pode ter lido um pouco demais nesses registros históricos.

Agora, a datação dos ossos e dentes humanos enterrados nesse local indicam que Machu Picchu já estava ocupada por volta de 1420 d.C. Isso quer dizer que ela foi construída antes dessa data.

“Este é o primeiro estudo baseado em evidências científicas para fornecer uma estimativa para a fundação de Machu Picchu e a duração de sua ocupação, dando-nos uma imagem mais clara das origens e da história do local”, disse o antropólogo Richard Burger, da Universidade de Yale.

Datação

A cidade é um dos sítios arqueológicos mais famosos do mundo. No entanto, o seu propósito real e o motivo pelo qual ela declinou ainda são amplamente especulativos. No fim do século XVI o último monarca inca faleceu. Com isso, a cidade caiu em abandono. Ela chamou atenção apenas dos historiadores ocidentais em 1911.

Durante décadas, os cientistas tentam reconstruir a história desse local. Contudo, a tecnologia necessária para discernir a idade real de Machu Picchu não estava disponível até recentemente.

Com os avanços feitos na espectrometria de massa do acelerador (AMS), os pesquisadores finalmente tiveram a chance de obter uma data adequada. Ou seja, uma que não era baseada em interpretações coloniais.

Para isso, os pesquisadores analisaram ao todo 26 amostras de ossos e dentes humanos que foram enterrados em vários cemitérios em volta de Machu Picchu. Esses restos mortais representam mais de 10% de todos os indivíduos enterrados no local.

Novas evidências

Esses ossos mostraram poucos sinais de trabalho duro. Isso quer dizer que, provavelmente, eles não fizeram parte da construção de Machu Picchu. Provavelmente eles viviam no local.

“Pelo menos dois dos indivíduos estudados foram enterrados em Machu Picchu antes de 1440 DC com uma probabilidade de 95,4% e, a julgar pelas medianas das medições de radiocarbono, parece que o palácio rural em Machu Picchu estava funcionando por volta de 1420 DC, se não anteriormente”, escreveram os pesquisadores.

Se essas descobertas também forem verificadas com mais datação por radiocarbono, isso pode mostrar que as estimativas tradicionais para a ascensão de Pachacuti ao poder estão erradas por várias décadas.

“Talvez tenha chegado a hora de as evidências de radiocarbono assumirem prioridade nas reconstruções da cronologia dos imperadores incas e na datação de sítios monumentais incas como Machu Picchu”, sugeriram os autores.

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