O clima de terror nos bastidores do ‘Domingão com Huck’

Luciano Huck é um dos maiores apresentadores da história do Brasil. Consolidado na televisão, comandou por anos o “Caldeirão do Huck”, programa exibido nas tardes de sábado com ótimo resultado de audiência. Seus quadros ficaram populares e são lembrados até hoje, como o “Lata-velha”, “Soletrando” e o “Lar doce Lar”. Agora, dominando as tardes de domingo com o “Domingão com Huck”, Luciano se envolveu em uma polêmica recentemente.

Após o programa que foi ao ar no último dia 4 de dezembro, o apresentador começou a ser acusado de racismo por causa de uma pergunta feita no quadro “Quem quer ser milionário”. Segundo os telespectadores, Luciano teria feito uma pergunta considerada totalmente racista. Desta forma, o programa da TV Globo passa pela primeira grande crise, manchando a imagem de Huck.

O apresentador, que costuma comentar em tempo real no Twitter enquanto está no ar, não gostou nada da repercussão negativa do quadro na rede social do passarinho. Isso o levou a tomar uma decisão muito séria e cabível ao momento.

Pergunta de Luciano Huck e repercussão no Twitter

Desde que fez a tão polêmica pergunta, Luciano vem se explicando nas redes sociais. Segundo Huck, seu desejo é ser antirracista desde sempre e que pretende dar uma resposta mais contundente ao público. Sendo assim, procura internamente, em sua equipe de redatores, o verdadeiro responsável pela pergunta infeliz que foi ao ar.

Enquanto não tem um verdadeiro culpado, o clima da equipe do programa é de total pânico. Luciano não está nada contente com o rumo que as coisas tomaram. Se você está se perguntando a respeito do que foi dito, confira a seguir.

Durante o quadro, Luciano leu a seguinte pergunta: “Qual destas frases foi dita por George Floyd antes de ser assassinado em 2020 e virou grito de protesto contra o racismo?”. Os internautas rapidamente acusaram Luciano Huck por falta de sensibilidade, visto que estava tratando um episódio sério e triste de nível global como algo simples, de jogo. O caso de George Floyd ainda é algo sensível, principalmente por se tratar do racismo extremo nos Estados Unidos.

Caso George Floyd

George Floyd foi assassinado em Minneapolis, no dia 25 de maio de 2020. O afro-americano foi estrangulado por um policial branco, Derek Chauvin, que na ocasião se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd durante uma abordagem. Segundo eles, George teria usado uma nota falsificada de vinte dólares em um supermercado.

Após a morte do homem negro, diversos protestos antirracismo começaram a acontecer não somente nos Estados Unidos, mas em vários cantos do mundo. De acordo com os amigos e familiares, o assassinado era um homem bom, extremamente gentil e pacífico. Ele se mudou para Minneapolis, Minnesota, em 2014, onde conseguiu um trabalho como caminhoneiro de segurança.

Em 2020, perdeu o seu emprego por causa da pandemia de Covid-19. Durante a abordagem, o policial Derek Chauvin ficou ajoelhado no pescoço de Floyd por oito minutos e 46 segundos, até perceber que o homem já estava perdendo a vida. Ali começava o movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam), pedindo a reforma da polícia e legislação para lidar com a causa racial no país norte-americano.

Fonte: Veja; Notícias da TV;