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81% veem racismo no Brasil, mas só 34% admitem preconceito contra negros

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E inegável que o racismo ainda está presente em diversas partes do mundo. O preconceito racial devido à cor da pele ainda nos assombra e o nível de violência ainda nos choca. Não dá para se acostumar com casos de racismo. Aqui no Brasil, por exemplo, deparamo-nos frequentemente com casos envolvendo preconceito racial, muitas vezes resultando em agressões e até morte.

Essa não é uma realidade apenas nossa. Infelizmente países considerados de primeiro mundo estão entre os mais racistas do mundo. Embora muitos não acreditem, a Europa ainda se mostra extremamente intolerante quando esse assunto é pauta. Uma pesquisa realizada pela Agência dos Direitos Fundamentais apontou dados assustadores.

Segundo o publicado, a Finlândia e Irlanda são os países europeus mais preconceituosos. Foram lá onde pessoas negras relataram ter sofrido mais casos de violência física devido à cor de suas peles nos últimos 5 anos. Incrivelmente Portugal registrou as menores taxas.

Finlândia, Irlanda, Áustria, Luxemburgo, Alemanha, Dinamarca, Malta, Suécia, França, Itália, Reino Unido e Portugal. Essa foi a ordem dos países mais racistas para o menos racista de acordo com as pesquisas. No entanto, os dados são alarmantes no Brasil.

O racismo no Brasil e seu número alarmante

Manifestantes protestaram e carregaram faixas contra o racismo e o fascismo e a favor da democracia. Os militantes partiram da Biblioteca Nacional e desceram a Esplanada dos Ministérios.Sérgio Lima/Poder360 07.06.2020

De acordo com uma pesquisa realizada pelo PoderData, 81% dos brasileiros relataram que existe preconceito contra negros no Brasil. Enquanto isso, 13% responderam que o racismo não é uma realidade por aqui. Dando continuidade à pesquisa, 6% não souberam responder o que foi questionado.

A pesquisa realizada pelo PoderData e divulgada em parceria com o Grupo Bandeirantes surpreendeu aos pesquisadores. A coleta de dados foi feita por meio de ligações para celulares e telefones fixos entre os dias 9 e 11 no novembro. Foram entrevistados, no total, 2.500 pessoas em 501 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

O planejamento da pesquisa começou após a morte de George Floyd nos Estados Unidos. O cidadão americano foi morto pelas autoridades de Mineápolis, em Minnesota, Estados Unidos. Floyd teve o pescoço prensado por um policial, diga-se de passagem, branco. A ação durou 8 minutos e 46 segundos e o homem acabou morrendo asfixiado.

Isso causou revolta em todo o mundo. O movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam) tomou as redes. Foram realizados protestos populosos visando reduzir ou acabar com a desigualdade racial no país. Isso desencadeou uma série de debates no Brasil e em outras partes do mundo, como Europa, por exemplo.

A pergunta predominante na pesquisa realizada em solo nacional foi: “Você diria que tem preconceito contra pessoas negras?”. O resultado aponta que 34% dos brasileiros dizem que sim. Consideram ainda ter preconceito contra negros. Enquanto isso, os que dizem não somam 57%.

Todos os dados da pesquisa nos levam a refletir sobre a atual situação do país e como o preconceito é presente. Diferente do esperando, embora as pessoas em sua maioria compreendam o racismo, pouco se faz a respeito. Com isso, a luta não se torna mais fácil.

Número de denúncias em 2022 supera o ano anterior

No primeiro semestre do ano, somente em São Paulo já haviam sido registradas mais denúncias de racismo do que no ano de 2021, comparando o mesmo período. Até maio desse ano foram 174 casos oficiais nas cidades paulistas. No ano de 2021 inteiro foram registrados 155 casos.

O aumento foi de 625% em comparação ao ano anterior. Entre os anos 2020 e 2021 também houve um aumento expressivo. Em 2020, por exemplo, foram 49 casos denunciados. Não podemos nos esquecer que os números são muito mais alarmantes, visto que existem os casos que não são divulgados ou não são denunciados.

Fontes: Poder 360; Geledes; CNN Brasil.

Imagens: JC Concursos; Jornal NH

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