No dia 25 de maio, George Floyd, um homem afro-americano, foi detido por dois policiais brancos. Segundo os policiais, pouco antes. Floyd, que trabalhava como segurança em um restaurante, tentou fazer uma compra com uma nota falsa de US$ 20. No entanto, a forma como o homem estava sendo tratado deixou Darnella Frazier horrorizada. Ao ver a cena, ela sacou seu celular e registrou o terror que aquele homem estava vivendo.
Nas imagens, Floyd, que está deixado no chão da rua, algemado e desarmado, é asfixiado por um policial que apoia o joelho sobre seu pescoço. Depois de implorar por sua vida várias vezes e dizer “não consigo respirar”, Floyd perde os sentidos. Assim, pouco tempo depois de ser levado por uma ambulância, ele foi declarado morto.
George Floyd gostava de basquete, futebol e hip-hop
George Floyd nasceu em Houston, no Texas. Em sua cidade, nada Floyd sempre se dedicou ao basquete e ao futebol. Além disso, sempre foi ativo na cena hip-hop, onde era relativamente conhecido. Contudo, quando se mudou para Minneapolis. no estado de Minnesota, começou uma nova vida trabalhando como segurança. Dessa forma, mesmo que conhecido como “Big Floyd” (“Grande Floyd”), por conta de sua altura e músculos, ele era considerado “amável” e um “super doce”, afirma Vernon Sawyerr, um colega de trabalho.
Em um outro relato, a ex-estrela de NBA Stephen Jackson publicou que havia perdido alguém que considerava um irmão. “Me enfurece tanto que, depois de todas as coisas pelas quais você passou e se comportou da melhor maneira possível, eles o levaram dessa maneira”, escreveu o ex-jogador de basquete.
No vídeo de 10 minutos, Derek Chauvin, um policial branco de 44 anos, ignora o pedido de socorro de Floyd e as reclamações de testemunhas que estão próximas. Enquanto isso, o outro policial, Tou Thao, de 40 anos, observa a cena sem demonstrar reações. Após a repercussão do caso, os dois policiais foram demitidos. Em seguida, um trecho do vídeo pode ser assistido. Desse modo, é preciso avisar que as imagens são fortes.
Além de demitido, Derek Chauvin também foi preso sob a acusação de ter assassinado Floyd. Porém, seu histórico como policial também não ajudou em sua situação. Ao longo de 19 anos de carreira, o policial já foi alvo de quase 20 queixas formais, segundo a agência de notícias Associated Press.
Um caso de racismo que iniciou uma onda de protestos
Desde a morte de Floyd, manifestantes tem ido às ruas de Minneapolis, em protesto contra a violência policial que atinge pessoas negras nos Estados Unidos. Até o momento, o vídeo já passa de mais de 1 milhão de visualizações. Assim, as palavras “eu não consigo respirar”, que Floyd repetia ao policial enquanto se encontrava imobilizada, se multiplicaram em cartazes e camisetas de manifestantes.
Em um dos protestos, manifestantes invadiram uma delegacia e atearam fogo. Depois disso, o presidente do país, Donald Trump, solicitou que as investigações do caso se tornassem prioridade nacional. Ao longo de todo o país, ao menos 30 cidades foram tomadas pelas manifestações. Dessa forma, “se as pessoas não conseguem se curar, a dor inevitavelmente acha uma saída”, declarou Jerome Adams, Cirurgião-Geral dos EUA. Enquanto um homem negro, Jerome afirma que “é por isso que temos que reconhecer e abordar o impacto do racismo na saúde. Ele afeta tudo, desde a mortalidade infantil e materna até o uso de drogas e o risco de sofrer violência”, completa.
Ao redor do mundo, muitos famosos se manifestaram sobre o caso. Entre eles, podemos citar Barack Obama, Kim Kardashian, LeBron James, Cardi B, Demi Lovato, Lady Gaga, Rihanna, Dwayne Johnson e Beyoncé. “Precisamos de justiça para George Floyd. Todos testemunhamos sua morte à luz do dia. Estamos quebrados e devastados. Não podemos normalizar essa dor. Não falo só para pessoas negras. Chega de mortes insensíveis de seres humanos. Chega de dizer que negros não importam tanto quanto os outros”, afirmou Beyoncé em seu Instagram.