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O jacaré mais raro do mundo nasceu na Flórida

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O mundo animal perde a cada dia um pouco da diversidade. A caça desenfreada e o comércio ilegal são alguns dos principais problemas enfrentados; na América do Sul, é o comércio de onças pintadas; na África, a extinção dos elefantes; e em outros lugares pelo mundo afora eles enfrentam outros problemas. Mas em meio à perda de animais, o nascimento de um jacaré foi um verdadeiro acontecimento.

O nascimento do animal aconteceu no Gatorland, um parque de diversões de jacarés perto de Orlando, na Flórida. De acordo com o próprio parque, esse é o “jacaré mais raro do mundo”. O filhote é branco e tem olhos azuis cristalinos. Por conta disso, muitos podem pensar que o animal é albino, mas na verdade ele é ainda mais raro, sendo conhecido como jacaré leucístico.

Ao contrário do albinismo, que acontece pela falta de melanina, o leucismo acontece por conta de defeitos em células específicas que produzem pigmentos. Isso quer dizer que os jacarés leucísticos não são amarelos e de olhos rosados.

Nascimento

“Pela primeira vez desde que um ninho de crocodilos leucísticos foi descoberto nos pântanos da Louisiana, há 36 anos, temos o primeiro nascimento de um crocodilo branco sólido já registrado a partir desses crocodilos originais. Isso é muito raro, é absolutamente extraordinário e o primeiro no mundo”, disse o Gatorland em comunicado.

Atualmente existem somente sete jacarés leucísticos vivos que são conhecidos no mundo todo. Desses, três estão na Gatorland. Para se ter uma ideia da sua raridade, em comparação, existem entre 100 e 200 jacarés albinos no mundo.

Mark McHugh, presidente e CEO da Gatorland, explicou em um vídeo como esse criadouro de jacarés brancos, que é o maior do mundo, surgiu. Em 2008, o Zoológico Audubon, em Nova Orleans, ofereceu para a Gatorland alguns jacarés que tinham genes de leucismo.

Dentre esses animais adotados estava um macho chamado Jeyan. Ele tem escamas parecidas com chocolate branco e tem os genes dominantes e recessivos do leucismo. Além dele, uma fêmea chamada Ashley, que ao olhar parece ser normal, é acreditado que ela também tenha o gene recessivo do leucismo secretamente.

Jacaré

Tanto é que, em agosto desse ano, esses genes ocultos de Ashley foram confirmados pelos criadores. Isso porque dois ovos colocados por ela e fertilizados por Jeyan eclodiram e, para a surpresa dos funcionários do parque, um dos focinhos que perfurou as cascas era branco.

O jacaré branco que nasceu tem olhos azuis, enquanto sua irmã tem as cores normais vistas em um jacaré. Felizmente os dois irmãos estão bem de saúde, conforme informaram funcionários do parque.

Agora, eles moram no “White Gator Swamp” de Gatorland , que é um lugar sombreado que protege os indivíduos leucísticos dos fortes raios do sol. Isso é necessário porque, assim como os jacarés albinos, os leucísticos também podem ser queimados pela luz direta do sol de forma bem fácil.

No entanto, ao contrário do albinismo, o leucismo não coincide com outras anomalias genéticas que podem resultar em deformidades na coluna vertebral. Tanto é que, normalmente, os jacarés leucísticos têm uma boa saúde e podem viver por muito tempo em cativeiro. Quando eles estão na natureza, o mais provável é que por conta da sua cor eles tenham mais dificuldade em caçar e fugir dos predadores.

“Estes são animais incrivelmente especiais no mundo dos répteis e estamos sendo muito cuidadosos com sua segurança. Planejamos exibi-los no início do próximo ano para que os hóspedes possam vê-los, aprender sobre eles e se apaixonar por eles como nós”, escreveram os funcionários do parque no Facebook.

Como o nascimento foi um acontecimento, o Gatorland está pedindo ajuda do público para dar o nome aos dois filhotes nascidos. Dentre os nomes já sugeridos estão: Leucie e Rickie, Sal e Pimenta e Arroz e Gumbo.

Fonte: Science alert

Imagens: YouTube, Twitter

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