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A Terra é um planeta impressionante e surpreendente, independentemente de onde ela é observada. Por mais que a maioria das pessoas não tenha ido ao espaço, praticamente todo mundo já viu uma imagem do nosso planeta tirada desse ponto de vista. Nela é possível notar que a Terra tem uma cor azul que a circunda quase como uma auréola. E o que será que ela é?
Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, isso não é uma exclusividade da atmosfera terrestre. Essa luz interage com a atmosfera do nosso planeta de uma maneira especial quando é vista do espaço.
E por essa luz azul ter uma magnitude grande, é ainda mais interessante considerar os hemisférios da Terra. Até porque, o hemisfério sul é cheio de oceanos escuros e o norte tem grandes extensões de terras claras. Mesmo assim, os dois refletem a luz azul com a mesma intensidade. E esse fenômeno tem um nome: albedo.
Fenômeno
BBC
Claro que o fenômeno intriga a todos, e recentemente estava caminhando para uma resolução. Isso porque uma equipe do Instituto Weizmann de Ciências em Israel fez um estudo. Eles usaram dados que foram coletados durante décadas pelos satélites da NASA e documentação ERA5 para ter uma compreensão mais abrangente desse fenômeno. E para as descobertas, insights meteorológicos precisos de vários lugares da Terra foram aproveitados.
Para entender essa luz azul é preciso entender a complexidade da dispersão da luz. Um papel muito importante é feito pela atmosfera da Terra, que é composta por nitrogênio e oxigênio. Então, quando os raios solares atingem o planeta, as moléculas de ar dispersam a luz em muitas direções diferentes no processo que é chamado de “disseminação de Rayleigh”.
É essa “disseminação de Rayleigh” que discrimina os comprimentos de onda da luz. Os mais curtos, como por exemplo, o azul e violeta, dispersam-se mais do que os mais longos, como vermelho e amarelo. Justamente por isso que quando a Terra está sendo observada do espaço é possível ver a luz azul dispersando em todas as direções, o que cria o aro azul em volta do planeta.
Contudo, isso não se limita à atmosfera. A água que cobre boa parte da Terra também tem um papel fundamental nesse fenômeno. Isso porque ele refrata e reflete a luz solar, o que intensifica o azul e faz com que ele fique ainda mais evidente do espaço.
Terra
Canaltech
Além dessa luz azul em volta do planeta, existem outras dúvidas sobre ele. Por exemplo, como os cientistas conseguem medir a idade da Terra, sendo ela um número tão distante do presente? Isso é possível por conta de coisas que estão dentro do planeta, no caso, as rochas.
De acordo com Becky Flowers, geóloga da Universidade de Colorado em Boulder, Estados Unidos, quando um pesquisador dessa área olha para alguma rocha “é como se ela possuísse uma história que você pode tentar decifrar”. Nesse ponto, os minerais formados a partir da lava dos vulcões têm traços de elementos radioativos, como por exemplo, o urânio.
Conforme o tempo vai passando, esses elementos vão decaindo, o que quer dizer que eles emitem partículas dos seus núcleos até que cheguem em formas que sejam mais estáveis. Em todo esse processo, a meia-vida é uma marca temporal importante. Isso porque ela é o tempo que a massa de determinado elemento demora para diminuir pela metade.
No caso do urânio-238, a meia-vida é de cerca de quatro bilhões de anos. Sabendo disso, ele pode ser usado na datação de objetos que sejam extremamente antigos. Então, identificando a proporção dele existente nas rochas é possível calcular quanto tempo se passou desde que o elemento estava com sua vida inteira.
A datação feita dessa forma se chama datação radiométrica. Ela é feita, principalmente, com a zircônia, um mineral que tem uma quantidade de urânio relativamente alta. Contudo, isso não quer dizer que essa datação não possa ser feita com outros elementos, como por exemplo, o carbono, que tem uma meia-vida de milhares de anos e é bastante usado na datação de matéria orgânica.
Usando essas técnicas, os geólogos encontraram minerais de até 4,4 bilhões de anos. Mas ainda assim, ficam faltando aproximadamente 100 milhões de anos na idade da Terra.
Sabendo de todos esses intervalos de tempo, os pesquisadores construíram uma linha do tempo que determinou a formação dos corpos rochosos que fazem parte do sistema solar. Mesmo assim, a idade da Terra nunca será exata. O que existe é uma era em que ela pode ter surgido.
Fonte: Mistérios do mundo, Canaltech
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