Curiosidades

Dois minerais nunca vistos na Terra são encontrados em meteorito

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Os meteoritos são quando os meteoroides são formados por fragmentos de asteroides, cometas ou restos de planetas desintegrados. Eles podem ter tamanhos variados, sendo desde uma simples poeira até corpos celestes, com quilômetros de diâmetro. Vários deles já caíram em nosso planeta, e alguns podem esconder mais coisas do que se imagina.

Um exemplo disso é o meteorito chamado El Ali, de 15 toneladas. Por conta disso, ele é o nono maior já descoberto. Ele foi encontrado em 2020 na Somália e dentro dele foram observados dois minerais nunca antes vistos no nosso planeta. Esses minerais foram descobertos em uma rocha de 70 gramas retirada pelos cientistas.

Como esses minerais nunca tinham sido vistos na Terra, eles precisaram ser nomeados. Os nomes dados foram: elaliita, em homenagem ao meteoro; e elkinstantonita, homenageando Lindy Elkins-Tanton, diretora-gerente da Iniciativa Interplanetária da Universidade Estadual do Arizona (EUA), que é parte da equipe dos estudos.

Meteorito

Extra

O meteorito foi identificado pelos pesquisadores como sendo do complexo “Iron IAB”, ou então sendo um tipo de rocha espacial composta de ferro meteórico com manchas de silicatos.

“Durante a classificação, encontrei algumas inclusões, alguns minerais potenciais diferentes e interessantes dentro do meteorito. O que descobrimos agora é que há pelo menos dois novos minerais neste meteorito da Somália que nunca foram descobertos. A maioria das pessoas na minha profissão passa por sua carreira e nem mesmo encontra um novo mineral. Aqui… encontramos dois”, disse Chris Herd, professor do Departamento de Ciências da Terra e Atmosféricas da Universidade de Alberta, no Canadá.

Revelação

Live Science

Assim como esse meteorito mostrou dois minerais nunca antes vistos, outros também trouxeram informações para ajudar os cientistas a desvendar os mistérios do nosso planeta, como um que caiu em uma garagem no Reino Unido e pode ter resolvido o mistério de onde veio a água da Terra.

Essa rocha espacial tem 4,6 bilhões de anos e caiu na frente da casa de uma família na cidade inglesa de Winchcombe em fevereiro de 2021. O curioso é que o meteorito tem água que se parece muito com a composição química vista na água encontrada em nosso planeta. Por conta dessa semelhança, isso pode ser uma possível explicação de como a Terra foi semeada com a substância que dá vida.

Na primeira vez que os planetas rochosos do interior do jovem sistema solar se fundiram, eles estavam bem perto da nossa estrela para que os oceanos pudessem ter se formado. Tanto é que, nesse momento, eles coagularam das nuvens quentes de gás e poeira ondulando perto do sol.

Justamente por isso que, além de um determinado ponto da chamada linha gelada, nenhum gelo escapava da evaporação. Por conta disso, a Terra jovem era árida e inóspita. Na visão dos cientistas, isso mudou quando nosso planeta esfriou, quando uma enxurrada de asteroides gelados do sistema solar externo trouxe água congelada para a Terra.

Uma nova análise do meteorito Winchcombe foi feita e publicada no dia 16 de novembro, e ela dá ainda mais respaldo para essa teoria. “Uma das maiores perguntas feitas à comunidade científica é: como chegamos aqui? Esta análise do meteorito Winchcombe dá uma ideia de como a Terra veio a ter água, a fonte de tanta vida. Os pesquisadores continuarão a trabalhar neste espécime nos próximos anos, desvendando mais segredos sobre as origens do nosso sistema solar”, disse Luke Daly, coautor do estudo e professor de geociência planetária na Universidade de Glasgow.

Esse meteorito, que é de um tipo raro rico em carbono chamado condrito carbonáceo, foi coletado somente horas depois de ter caído no solo. Por conta disso, ele é quase não contaminado. Isso faz com que ele seja “um dos meteoritos mais primitivos disponíveis para análise. Ele oferece um vislumbre tentador de volta no tempo para a composição original do sistema solar”, disse Ashley King, principal autora do estudo e pesquisadora do Museu de História Natural de Londres.

Para sua análise, os pesquisadores poliram o meteorito, aqueceram-no e bombardearam com raios X e lasers. Como resultado, eles conseguiram ver que o objeto veio de um asteroide em órbita de Júpiter e que 11% da massa do meteorito era água.

Na água do asteroide, o hidrogênio veio em duas formas: em hidrogênio normal e o isótopo de hidrogênio conhecido como deutério, que constitui a “água pesada”. Outra descoberta dos pesquisadores foi que a proporção de hidrogênio para deutério correspondia à proporção encontrada na água na Terra. Tudo isso sugere que a água do meteorito e a água do nosso planeta tem a mesma origem.

Fonte: Extra,  Live Science

Imagens: Extra,  Live Science

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