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Se existe uma coisa que acompanha você durante quase todos os dias, e provavelmente só perde para o seu celular, é o seu fone de ouvido, aquele famoso aparelhinho, que pode custar preços surreais e que te traz tantas alegrias. Basicamente, ele te ajuda a escutar sua música preferida sem que ninguém te atrapalhe na rua.
Fone de ouvido por condução óssea
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Para quem não sabe, esse tipo de dispositivo usa a vibração dos ossos da cóclea. Então, essa vibração é traduzida de energia mecânica para elétrica e o cérebro a interpreta como som.
O diferente entre ele e um fone de ouvido ou caixa de som tradicional é que por conta da condução óssea, uma etapa é pulada. Nesse caso não existe a vibração do tímpano e dos ossinhos da audição. Até porque, ele vai direto do ossos do rosto para a cóclea.
A posição onde esse fone fica é pressionado na região entre a têmpora e o ouvido. Ele é preso na cabeça com um gancho que passa por cima da orelha. E como uma faixa prende os dois lados, eles são um pouco mais seguros para serem usados nas atividades físicas. Outro ponto positivo é que ele não fecha o canal auditivo, fazendo com que a pessoa possa escutar os sons externos.
Como funciona?
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A primeira coisa a se saber é como a audição funciona, porque tendo esse entendimento é possível explicar como o fone funciona.
“O som entra com uma energia mecânica por dentro do nosso ouvido, passa pelo conduto auditivo externo e vai provocar a vibração da membrana do tímpano e dos ossinhos da audição. Ao vibrar, esses ossinhos vão movimentar um líquido dentro da cóclea para estimular as células auditivas a transformar essa energia mecânica em energia elétrica para se elevar. Elevado pelo nervo auditivo e traduzido como som lá no nosso cérebro”, disse a otorrinolaringologista Vanessa Mazanek.
Em outras palavras, o que o fone de ouvido por condução óssea faz é pular essa etapa inicial. Então não existe a passagem do som pelo conduto auditivo externo, nem a vibração de tímpano e ossinhos. “Ele vai fazer uma vibração direta do osso temporal, onde está a membrana auditiva, que é a cóclea”, explicou ela.
Por conta disso, muitas pessoas pensam que esse dispositivo seria mais saudável para a audição. Contudo, essa não é a realidade. Isso porque, até a vibração direta da cóclea pode ser prejudicial principalmente se o volume estiver muito alto ou o uso do fone for prolongado.
Qualidades e defeitos
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O ponto mais atrativo do fone por condução óssea é não cobrir o canal auditivo. Por isso que ele pode ser uma opção mais segura quando uma pessoa for correr ou andar de bicicleta na rua.
No entanto, existem alguns pontos fracos nesse fone. Um deles é a perda dos graves e agudos. Com ele, os graves podem ficar mais potentes se a pessoa usar um tampão de ouvido, entretanto, se isso for feito, o fone perde a sua principal característica.
Outro ponto fraco é que a potência do som é menor em comparação com outros fones de ouvido. Isso porque, por conta da característica dele, um pouco do som pode acabar vazando, o que pode até afetar a privacidade da pessoa que está com o dispositivo, já que outras pessoas na rua poderão escutar o que ela estiver ouvindo.
Qual fone faz menos mal?
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A realidade é que não existe um menos prejudicial, e todos eles podem causar danos à audição, principalmente se forem usados durante muito tempo e com um volume alto.
“Quando a gente pensa no dano auditivo causado pelo ruído, pelo som, estamos falando sobre danos nas células auditivas. Então, independente da via em que venha esse estímulo, seja via tímpano e ossinhos, seja via vibração do osso, nós vamos ter lesões auditivas ocasionadas pelo aumento do ruído”, concluiu a otorrino.
Por conta disso, o ideal é que volumes acima de 65% sejam evitados, além de evitar o uso por muito tempo. E os fones com cancelamento de ruído podem ser bons porque podem ser escutados em volumes mais baixos.
Fonte: Canaltech
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