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O ser humano está cada vez mais ”burro”, segundo estudo

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Em 1982, James Flynn, filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, observou e analisou os testes de QI realizados no último século. Após análise, Flynn reparou algo extremamente interessante. Para atingir o objetivo do teste, de sempre obter uma média de 100 pontos entre os respondentes, era preciso que o nível de dificuldade subisse cada vez mais. Dessa maneira, os questionários foram atualizados, em média, a cada 25 anos.

O que isso quer dizer? Em outras palavras, Flynn percebeu que, se um indivíduo realizasse o primeiro teste de QI criado, o indivíduo faria 130 pontos. Tal pontuação seria atribuída apenas à pessoas geniais. No entanto, caso o teste atual fosse aplicado para o mesmo indivíduo, sua pontuação seria de 70 pontos. Resultado que é esperado por pessoas que possuem algum tipo de deficiência intelectual.

Flynn, então, concluiu, por meio de análise, que o Quociente de Inteligência da população cresceu em média 3 pontos por década. No entanto, recentes estudos provam que o caminho, hoje, já não é mais o mesmo. Cerca de 730.000 de testes de QI foram realizados por pesquisadores do Centro Ragnar Frisch, de Pesquisas Econômicas, na Noruega, e revelaram que os resultados de QI do famoso efeito Flynn atingiram seu pico na década de 1970, mas os resultados, desde então, diminuíram significativamente.

Os testes de QI foram aplicados entre os anos de 1970 a 2009, em homens noruegueses de 18 e 19 anos. De acordo com os resultados, a partir de 1975, o QI é 7 pontos menor a cada década. Além disso, o QI dos adolescentes britânicos, analisados pelo próprio Flynn há quase uma década, observou uma queda semelhante nos resultados dos testes.

A regressão pode parecer lenta, mas se vista sob perspectiva histórica, definitivamente não é. No atual ritmo, alguns países poderiam regredir para QI médio de 80 pontos.

Os primeiros sinais da queda

Os primeiros sinais vieram da Dinamarca. Os homens, que se alistam no serviço militar, são obrigados a se submeter ao teste de inteligência. Os dados revelaram que, depois de crescer sem parar durante todo o século 20, o quociente de inteligência dos dinamarqueses virou o fio. Em 1998, observou-se uma queda contínua, descendo 2,7 pontos a cada década. A mesma coisa aconteceu na Holanda. No país, tem sido observado uma queda de 1,35 ponto por década. Na Inglaterra,  queda de 2,5 a 3,4 pontos de QI a menos por década, dependendo da faixa etária analisada. Já na França, a queda foi de 3,8 pontos perdidos por década. Por fim, na Noruega, Suécia e Finlândia – bem como Alemanha e Portugal, onde foram realizados estudos menores – detectaram efeito similar.

No entanto, é preciso encarar esses números em sua devida perspectiva. O teste de QI não define se uma pessoa vai ter sucesso na vida, nem determina seu valor como indivíduo. Não diz se você é sensato, arguto ou criativo. Além disso, também não diminui outras dezenas de habilidades intelectuais que um ser humano pode ter. O que ele faz é medir a cognição básica, ou seja, a sua capacidade de executar operações mentais elementares, que formam a base de todas as outras. É um mínimo denominador comum. E, por isso mesmo, pode ajudar a enxergar a evolução (ou involução) da inteligência.

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