Ciência e Tecnologia

Conheça a primeira sonda indiana que irá pousar no polo sul da lua

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A Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO) está se preparando para lançar o seu primeiro pouso lunar nesse domingo, dia 14 de julho. A sonda lunar faz parte da missão Chandrayann-2. E estará no topo do foguete mais potente já desenvolvido na Índia, o veículo de lançamento de satélite Geossíncrono Mark III. O lançamento será feito do Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota. Essa será a segunda missão rumo à Lua da agência espacial indiana, e a primeira a pousar uma sonda lá.

O plano da missão é enviar um módulo orbital e um robô móvel de 25 kg. Além de um veículo de pouso chamado Vikram, de 1,2 tonelada e um rover chamado Pragyan. Embora o lançamento será feito nesse fim de semana, o pouso da sonda está previsto para o dia 6 de setembro de 2019. Isso é claro, se tudo correr como o planejado. Caso isso aconteça, a Índia será o primeiro país a pousar um rover ao polo sul lunar.

A missão

A Índia completou a sua primeira missão de sonda lunar em outubro de 2008, com a Chandrayann-1. Agora, mais de 10 anos depois, ela estará enviando novamente uma sonda à lua. Porém, dessa vez, no lado sul, aquele que fica de costas para o planeta Terra.

O orbitador será interligado mecanicamente como módulo de pouso da Chandrayann-2 para o lançamento. Os dois veículos só se separarão quando estiverem em órbita. Enquanto isso, o rover ficará acomodado dentro do módulo de pouso. Ele só será liberado quando pousar em superfície lunar, quando começará a explorar o lado sul da Lua.

Além disso, a Chandrayaan-2 levará também 13 cargas científicas indianas e um experimento da agência espacial americana. Com essas cargas, a sonda coletará informações sobre a topografia lunar, a mineralogia, a abundância de elementos. E ainda sobre a exosfera e a presença de hidroxila e gelo na Lua.

A região que será explorada nessa nova missão, o polo sul lunar, é especialmente interessante, isso graças a presença de água em áreas que são permanentemente sombreadas. Além do mais, aquela região pode conter ainda registros fósseis de um antigo Sistema Solar.

Viagem à Lua

Uma vez em solo lunar, o orbitador Chandrayann-2 será capaz de se comunicar com a Rede do Espaço Profundo Indiano (IDSN), em Byalalu. O rover Vikram também conseguira enviar informações direto da Lua. O plano é que a missão da nave orbital dure cerca de um ano.

O local planejado para o pouso da missão Chandryann-2 fica a apenas 350 quilômetros da borda da bacia de Aitken do Polo Sul. Inclusive, na mesma cratera do outro lado da lua, os cientistas descobriram recentemente evidências de um “um grande acúmulo de massa”.

Entre os equipamentos carregados pela sonda, um espectrômetro de raios X pode analisar a composição da bacia de Aitken. E quem sabe até encontrar pistas sobre a sua história e origem.

A missão indiana planejada começou sete meses depois que a China enviou o seu módulo lunar Chang’e-4 para o outro lado da lua. Essa foi a primeira vez que um objeto desenvolvido pelo homem pousou no lado menos conhecido da lua.

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