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No mundo todo, aproximadamente 37 milhões de pessoas vivem com o vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV. Felizmente, vários países oferecem o tratamento tanto para prevenção, como para as pessoas que já vivem com o vírus. No caso do nosso país, eles podem ser conseguidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo com tantos avanços feitos, o HIV ainda não possui uma cura definitiva.
Contudo, com o avanço dos estudos, maneiras de se prevenir do vírus já existem. Esse é o caso da PrEP, o programa de profilaxia pré-exposição, tratamento preventivo para HIV. Antes, esse tratamento estava disponível somente para pessoas maiores de idade, mas agora ele também chega aos adolescentes através do SUS. Com isso, as pessoas dessa faixa etária podem tomar o remédio sem precisar da presença ou da autorização de algum responsável legal.
Então, esse tratamento preventivo está disponível para as pessoas a partir de 15 anos, que sejam sexualmente ativas, que pesem mais de 35 quilos e tenham um contexto de risco maior para infecção pelo HIV. Por exemplo, uma pessoa que tenha vários parceiros, pratique relações sexuais sem proteção e use os preservativos de maneira irregular.
De acordo com dados do Ministério da Saúde através do Painel PrEP, mais de 44 mil brasileiros fazem uso da PrEP. Mesmo assim, conforme os especialistas da área pontuam, todo o estigma que ainda circunda o HIV é um obstáculo grande para que as pessoas busquem formas de prevenção. Por conta disso, na visão deles, esse acesso à PrEP é essencial.
Desde 2012, a PrEP é usada nos EUA e recentemente outros países, como França, Quênia, Peru e Austrália, também adotaram seu uso. No nosso país, o medicamento começou a ser oferecido no fim de 2017 através do Sistema Único de Saúde de maneira gradual.
PrEP na prevenção contra o HIV
Pra brilhar
Muitas pessoas ainda têm dúvidas quanto à eficácia da PrEP na prevenção do HIV. Mas estudos concluíram que ela pode ser sim considerada eficaz desde que a pessoa faça o tratamento com as doses certas e com a frequência correta. A PrEP usa a medicação dois em um que age bloqueando alguns dos “caminhos” que o HIV usa para infectar o organismo da pessoa.
Quando esse medicamento é tomado diariamente, ele impede que o HIV consiga se estabelecer e se espalhar pelo corpo. No entanto, se a pessoa não tomar o medicamento todos os dias, como é o recomendado, pode ser que não exista uma quantidade suficiente dele no sangue da pessoa para que o vírus seja bloqueado.
Diagnóstico
Nursing
Já foi-se o tempo em que uma pessoa ser diagnosticada com HIV era quase que uma sentença de morte. Hoje em dia as pessoas podem muito bem viver sendo portadoras do vírus e não infectar outras desde que tomem sua medicação corretamente.
No entanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quatro milhões de pessoas no mundo têm o vírus do HIV ativo, mas não foram diagnosticadas corretamente. Ou seja, elas podem ser vetores de transmissão do vírus.
Esse número equivale a mais de 10% do total de 38 milhões de infectados. Por conta disso a OMS pede que os líderes globais colaborem e direcionem mais recursos e esforços para que a desigualdade, que impede que novos casos da doença surjam, acabe.
Com relação à AIDS, quadro pior dos sintomas do HIV, a Organização das Nações Unidas quer eliminá-la até 2030 através de inativação da transmissão do vírus e fazendo com que as pessoas que convivem com o HIV se tornem indetectáveis, ou seja, já não tenham o risco de transmitir o vírus. Essa meta é possível por conta de todos os avanços da medicina e incentivos medicamentosos.
Hoje em dia, 5,9 milhões de pessoas sabem que têm o HIV ativo, mas ainda não buscaram o tratamento. Esse número representa 15% da população afetada e acaba colocando outras pessoas em risco. E os perigos de transmissão são maiores quando essas pessoas são mais jovens.
Justamente por isso que datas importantes como o Dia Mundial de Combate à AIDS são importantes para que o assunto seja uma pauta a ser discutida e assim o futuro seja melhor para todos.
Imagens: Pra brilhar, Nursing
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