Curiosidades

Venda nas farmácias de remédio contra covid é aprovada pela Anvisa

0

A pandemia do covid-19 já existe há mais de três anos e durante todo esse tempo pesquisadores do mundo todo têm se esforçado para conter o vírus. Felizmente as vacinas chegaram e conseguiram prevenir várias mortes, mas isso não significou que o vírus simplesmente desapareceu. Por conta disso que as pesquisas não pararam.

Tanto é que, agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, com unanimidade, a venda do remédio Lagevrio (molnupiravir). Ele é usado no tratamento da covid. Com a aprovação obtida, esse medicamento pode ser vendido tanto nas farmácias como em hospitais particulares de todo Brasil.

Contudo, não é qualquer pessoa que poderá comprar esse remédio. Ele será vendido nas farmácias apenas com receita médica. Na venda, uma via da Receita de Controle Especial deve ficar no estabelecimento que vendeu esse remédio contra covid e o farmacêutico deve orientar o paciente em como ele usará de forma correta o medicamento.

Aprovação

Belém

Essa decisão da Anvisa autoriza o fornecimento do remédio, com seu rótulo em inglês, mas a bula e o folheto informativo dele com informações relevantes com relação a grávidas ou lactantes tomarem devem ser em português.

Além de ser entregue junto com o remédio, a bula também ficará disponível no site institucional da MSD Brasil e no global, sem contar que no próprio remédio existirá um código QR que direcionará a pessoa para o site global da empresa onde ela conseguirá acessar a bula.

“A aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido. A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”, informou a Anvisa.

Medicamento

Agência Brasil

Esse remédio contra covid deve ser ingerido no período de cinco dias depois que os sintomas da doença começaram para que ele consiga evitar que a doença tenha um progresso e leve à internação ou até mesmo à morte.

“Os medicamentos antivirais para infecções respiratórias agudas devem ser usados o mais cedo possível após o correto diagnóstico da infecção. Reafirmo e enfatizo que os benefícios esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos ocasionados pela covid-19, superam em muito o risco das raras reações adversas relacionadas as vacinas aprovadas pela Anvisa”, disse Meiruze Freitas, diretora relatora.

Covid

Hilab

Ainda bem que medicamentos e vacinas contra a covid estão sendo feitos e aprovados cada vez em mais lugares do mundo. Mas o curioso é que com tanto tempo de pandemia ainda existem as pessoas que não contraíram o vírus até hoje. Como isso é possível?

Até mesmo os pesquisadores tentam entender casos excepcionais como esses desde o começo da pandemia. Segundo, Mayana Zatz, bióloga e geneticista  que faz pesquisas a respeito da transmissão do Sars-Cov 2 na Universidade de São Paulo, umas das principais razões e possível explicação que ele encontraram é a relação com a genética que a situação pode ter.

Para testar isso, eles procuraram casais que apenas uma das pessoas teve covid e não passou para o outro. Com essas pessoas eles fizeram o sequenciamento de uma parte do DNA deles.

“Percebemos que havia uma diferença em alguns genes responsáveis pela resposta imune e que as pessoas infectadas com sintomas têm uma resposta mais tardia das células NK, chamadas de ‘natural killers’, que sevem como primeira barreira de defesa do nosso organismo contra uma infecção”, explicou Mayana.

Já no caso de quem não pegou covid acontece justamente o contrário. Isso é visto porque as células parecem que são mais rápidas e conseguem destruir o vírus antes de ele ter a chance de se replicar ou se espalhar. Por conta disso, esse estudo feito não se aplica somente a casais. “Avaliamos centenários que passaram imunes pela gripe espanhola e, agora, pelo coronavírus”, revelou a bióloga.

Tudo isso tem o objetivo de conseguir identificar a linhagem das pessoas que tem esses genes protetores, além de também conseguir entender mais a respeito das respostas imunológicas contra a covid. “Esses dados podem levar a futuros tratamentos contra a Covid-19 e também nos deixar mais preparados para as próximas pandemias”, avalia Zatz.

Fonte: Catraca livre,Veja Saúde

Imagens: Belém, Agência Brasil, Hilab

Ken Block, esportista radical, sofre acidente na neve e morre aos 55 anos

Artigo anterior

O tratamento preventivo contra HIV, o PrEP, chega para os adolescentes através do SUS

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido