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Papa, em novo decreto, permite mulheres assumirem mais papéis na Igreja

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O Papa Francisco, com o objetivo de promover mais um gesto para promover uma maior igualdade às mulheres na Igreja Católica Romana, mudou na segunda-feira, 11, a lei que permite ao sexo feminino atuar como leitoras em liturgias, assumir posições de coroinhas e distribuir a comunhão. Além disso, as mulheres, agora, também podem prestar outros serviços no altar que, até entao, eram designados somente ao sexo masculino.

Com o decreto, o papa pode formalizar o que já vinha acontecendo há anos em igrejas católicas de muitos países. Com a mudança no Código de Direito Canônico, os bispos conservadores, desde já, não poderão mais impedir que as mulheres de sua diocese exerçam essas funções.

Ordem do Papa

De acordo com o Vaticano, as funções, que eram “essencialmente distintas do ministério ordenado”, não devem ser vistas como um precursor automático para que futuramente mulheres possam ser ordenadas no sacerdócio. Para instaurar o novo decreto, denominado “Spiritus Domini” – O Espírito do Senhor, em português -, o Papa Francisco disse que agiu com base em uma reflexão teológica.

Em comunicado, o Papa disse que, com as mudanças, gostaria de trazer “estabilidade e reconhecimento público” às mulheres que já desempenham determinadas funções. “Esta mudança coloca a Igreja institucional em alinhamento com as realidades pastorais em todo o mundo”, disse Kate McElwee, diretora executiva da Conferência de Ordenação de Mulheres, que promove o sacerdócio feminino.

Mudanças anteriores

Em agosto de 2020, o Papa indicou seis mulheres, incluindo a ex-tesoureira do príncipe Charles, da Grã-Bretanha, para cargos importantes no conselho que supervisiona as finanças do Vaticano.

Francisco também já nomeou mulheres para assumir cargos como vice-chanceler, diretora da rede de museus do Vaticano e vice-chefe da Sala de Imprensa do Vaticano. Além disso, hoje, o Vaticano conta também com 4 mulheres atuando como conselheiras do Sínodo dos Bispos, que prepara reuniões importantes.

O Papa, nesse ínterim, já criou comissões para estudar a história das mulheres diáconas atuantes nos primeiros séculos da Igreja Católica, respondendo aos apelos de mulheres para que desejavam assumir o mesmo papel hoje.

Os diáconos, como os sacerdotes, são ministros ordenados e devem ser homens. Eles não podem celebrar missas, mas podem pregar, ensinar em nome da Igreja, batizar e realizar cerimônias de casamento, velórios e funerais, e até mesmo comandar uma paróquia com a permissão de um bispo.

Greve global

No ano passado, no dia 8 de março, Dia Internacional dos Direitos da Mulher, 12 organizações aderiram ao movimento Catholic Women Strike, uma greve global das mulheres católicas. O movimento ocorreu durante todo o mês, que, tradicionalmente, é dedicado a Nossa Senhora.

A greve impulsionou uma série de eventos, os quais foram coordenados em nível mundial. O movimento, em suma, apoiava a plena igualdade das mulheres na Igreja Católica. As organizações que fizeram parte da greve paralisam o redirecionamento de fundos destinados a paróquias e dioceses, boicotaram a celebrações e ritos oficiais e organizaram encontros de oração fora dos edifícios eclesiásticos antes das missas programadas, bem como abstiveram de ações de voluntariado ligadas à realidades eclesiais e ao trabalho que as mulheres estiveram envolvidas.

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