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Pele de estadunidense escurece após uso de antidepressivo

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Tyler Monk, de 34 anos, passou por uma experiência inesperada quando viu o tom da própria pele escurecer. Ele não ficou horas no sol e nem fez bronzeamento artificial. A verdade é que ele iniciou um tratamento para depressão e ansiedade e se tornou um exemplo de um caso raríssimo que é provavelmente relacionado a uma reação à fluoxetina, substância ativa do medicamento Prozac.

Assim, em suas redes sociais, Monk contou que começou a usar o remédio em janeiro de 2021, depois que foi diagnosticado com ansiedade e depressão. Meses depois, ele notou que a pele das orelhas, do pescoço e do rosto ficou com um tom mais escuro, o que logo se espalhou para os braços, mãos e pernas.

Após mais algumas semanas, ele interrompeu o tratamento contra ansiedade e depressão, mas sua pele continuou a escurecer. Desse modo, Monk também relata que ficou mais sensível ao sol, com os olhos irritados e extremamente vermelhos. “Primeiro, eles pensaram que era fotossensibilidade, ou seja, estava tendo uma reação à luz. Porém, mesmo me cobrindo, ainda estou ficando mais escuro. Não consigo nenhuma resposta dos especialistas, então decidimos postar no TikTok”, disse Monk, ao lado da esposa Emily, em um vídeo compartilhado na rede social.

O casal explicou que tentou dar o máximo possível de informações às duas filhas para que elas não ficassem assustadas com a mudança na aparência do pai. Por conta do escurecimento da pele e da irritação dos olhos, o homem procurou médicos, que descartaram a relação dos sintomas com outras doenças ou condições autoimunes.

“Os especialistas disseram que eu estava saudável, e eu não tinha outros sintomas importantes. O fato é que eles realmente não sabem porque eu estou mudando de cor”, disse Monk em um dos vídeos. Por enquanto, não há diagnóstico definitivo, mas a principal suspeita é que o estadunidense tenha desenvolvido uma reação à fluoxetina.

Melanina

Tyler Monk

Tyler Monk/Instagram

O psiquiatra Wilson Lessa Júnior, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), explica que o antidepressivo é da classe dos inibidores seletivos da receptação da serotonina (ISRS). Isso significa que pode regular a síntese de melanina, pigmento que dá cor à pele.

Portanto, em casos extremamente raros, o remédio pode desencadear a produção excessiva da melanina. “A fluoxetina aumenta a atividade da enzima tirosinase e aumenta a melanogênese”, disse. Embora seja raro, esse caso não é o primeiro. Isso porque o quadro já foi descrito em um estudo publicado em 2018 no National Library of Medicine. O levantamento mostrou evidências de que a fluoxetina pode, de fato, aumentar a síntese de melanina.

O futuro dos antidepressivos

A reação de Tyler aos antidepressivos foi, muito provavelmente, o que causou a alteração em sua melanina, aumento de sensibilidade na pele e nos olhos. Então, é uma boa notícia que pesquisadores estão estudando a possibilidade do uso de psicodélicos no lugar de antidepressivos tradicionais.

A depressão afeta cerca de 5,8% da população brasileira, totalizando em 11,5 milhões de casos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Esse índice é o maior da América Latina e o segundo maior das Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos, que registram 5,9% da população com depressão. No entanto, apenas 30% das pessoas reagem ao tratamento com drogas como antidepressivos.

Dessa forma, nos últimos anos, a atenção se voltou para os psicodélicos, como a psilocibina. Vale destacar que esse é o composto presente nos famosos “cogumelos mágicos”.

Uma série de exames clínicos já demonstrou que a psilocibina pode tratar a depressão de forma rápida, incluindo em casos de pacientes diagnosticados com câncer, mas pouco se sabe sobre como essa substância age no cérebro de fato. Os estudos ainda estão em estágios iniciais, mas são promissores e podem significar o aumento de opções de tratamento para a depressão.

Fonte: Metrópoles

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