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Por que a Inglaterra adotou cigarro eletrônico para redução de danos?

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Atualmente, o cigarro eletrônico e o vape se tornaram sensação entre as pessoas mais jovens. Muita gente que não era nem acostumada com o cigarro tradicional começou a usar esse tipo de vaporizador por pensar que ele não traz riscos. Mesmo que essa não seja realmente a verdade ou um consenso no âmbito científico, até mesmo governos de países estão querendo substituir os cigarros comuns pelo cigarro eletrônico.

Por exemplo, o Reino Unido estabeleceu a meta de diminuir para 5% o número de fumantes no país até 2030. Contudo, a estratégia que eles usaram como parte dessa diminuição de danos pode não ser das melhores, já que o cigarro eletrônico faz parte dela.

Esse conceito de diminuição de danos apareceu em 1926 pela primeira vez na Inglaterra na publicação do Relatório Rolleston. Ele foi feito por um grupo de médicos que indicava qual era a melhor forma de se tratar os pacientes e diminuir os impactos causados pela dependência química. O sugerido era a diminuição do uso tendo um acompanhamento médico, o que ia contra todas as propostas de abstinência vistas até o momento.

Diminuição de danos

UOL

Depois de quase 100 anos, o Reino Unido mostra que continua sendo pioneiro quando o assunto são medidas para diminuição de danos como grandes aliadas nas políticas de saúde. No país é vista uma discussão bem grande a respeito do consumo de cigarro. E em 2019, o governo colocou a meta de diminuir o número de fumantes para 5% em 2030.

Dentre as várias medidas, como o combate às vendas ilegais e ao consumo de cigarro por menores de idade, a adoção do cigarro eletrônico como alternativa tem um destaque.

No começo desse ano, o Ministério da Saúde anunciou o Programa Swap to Stop. Através desse programa está prevista a distribuição de um milhão de kits de cigarro eletrônico como forma de incentivo para os adultos que são fumantes e querem parar ou diminuir o uso do cigarro tradicional.

Essa escolha do cigarro eletrônico foi baseada em um revisão científica grande que o Departamento de Saúde Pública encomendou. Quem a fez foram os pesquisadores da King’s College London, revisando mais de 400 estudos a respeito do cigarro eletrônico. Tanto é que essa revisão é tida como o estudo científico mais recente e completo sobre o assunto.

Em conclusão, o estudo mostrou uma evidência que tinha sido pontuada em 2015 reiterando que o cigarro eletrônico pode ser até 95% menos prejudicial do que o comum, o que são 20 vezes menos prejudicial. Por conta disso que ele pode ser usado como uma forma de diminuição de riscos que o uso do cigarro normal traz.

Cigarro eletrônico

Missal

O plano do Reino Unido é importante não só para o próprio país, mas também para outros países, como por exemplo, o Brasil, para que sejam pensadas políticas de diminuição de danos.

Tanto é que a comercialização do cigarro eletrônico foi regulamentada no Reino Unido e em aproximadamente 80 países, como EUA, os 27 membros da União Europeia, Canadá e Nova Zelândia. Enquanto que no nosso país essa comercialização, fabricação e importação é proibida desde 2009 pela Anvisa. Contudo, é esperado que a agência discuta a regulamentação ainda esse ano.

Além disso, no dia 28 de setembro aconteceu uma audiência pública sobre cigarros eletrônicos feita pela  Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Nela foi tratada a regulamentação desse mercado no nosso país e o risco que a ausência dessa regulamentação traz, além de medidas de controle, tendo como base as regras sanitárias.

“Vaporizadores e produtos de tabaco aquecido são produtos destinados a maiores de 18 anos, assim como o cigarro. Estes produtos não são isentos de riscos. A redução de riscos de vaporizadores e produtos de tabaco aquecido é baseada nas evidências científicas mais recentes disponíveis e desde que haja a substituição completa do consumo de cigarros tradicionais”, disse a BAT Brasil em nota.

Fonte: CNN

Imagens: UOL, Missal

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