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Cigarro eletrônico ou normal, o que é menos pior? Estudo responde

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Cada vez mais, mais pessoas adotam o hábito de fumar. Alguns optam pelos famosos narguilés, outros vão para o charuto, os cigarros tradicionais ou cigarro eletrônico. Sempre com a consciência de que esse ato pode trazer diversos problemas para a saúde.

O tabagismo é uma das causas de morte de várias pessoas anualmente. E parece ter mais adeptos também a cada ano. Vários desses fumantes usam cigarros comuns. E outros fuma cigarros eletrônicos, por achar que são menos prejudiciais de alguma forma. Mas será que isso é verdade?

Por muitos anos, médicos e cientistas estudaram os benefícios e desvantagens para a saúde das alternativas dos cigarros tradicionais à base de nicotina. Agora, as novas pesquisas dão evidências significativas de que os cigarros eletrônicos do tipo POD são realmente menos prejudiciais para a saúde do que os cigarros tradicionais.

“A nicotina é uma das substâncias mais viciantes do planeta, tanto em modelos animais quanto em humanos. Então, como podemos ajudar essas pessoas que não conseguem parar de fumar cigarros tradicionais? Eles precisam de outras opções, e os cigarros eletrônicos podem ser uma delas. Nossa pesquisa mostra que, a curto prazo, os cigarros eletrônicos são consideravelmente mais seguros do que os cigarros tradicionais”, disse Jasjit S. Ahluwalia, professora de ciências sociais e comportamentais e medicina da Brown University, nos EUA.

Estudo

Ela é a principal autora de um novo estudo publicado a respeito do primeiro ensaio clínico randomizado do mundo de cigarros eletrônicos em cápsula de quarta geração.

O estudo foi feito com 186 fumantes afro-americanos e latino-americanos. Isso porque os grupos de minorias raciais e étnicas  tendem a ter taxas mais altas de morbidade e  mortalidade relacionadas ao tabaco. Até mesmo quando eles fumam nas mesmas taxas que outros grupos.

Desses participantes, dois terços receberam cigarros eletrônicos por seis semanas. E os outros participantes foram instruídos a continuar fumando seus cigarros tradicionais como de costume.

Cigarros

Ao fim do estudo, aqueles que tinham mudado para os cigarros eletrônicos tinham níveis significativamente mais baixos do NNAL, que é um potente cancerígeno pulmonar, em comparação com os participantes que continuaram com seus cigarros normais.

Além disso, os que estavam fumando cigarros eletrônicos também diminuíram de forma significativa seus níveis de monóxido de carbono e disseram que tiveram menos sintomas respiratórios. Benefícios que foram vistos especialmente nos participantes que mudaram por completo para os cigarros eletrônicos.

Os pesquisadores também mediram o nível de cotinina, que é um produto da decomposição da nicotina, nos participantes. Feito isso, eles viram que não tinham diferenças significativas entre os dois grupos. Isso é uma indicação de que os cigarros eletrônicos davam uma reposição adequada da nicotina.

“Qualquer pessoa com menos de 21 anos não deve começar a fumar cigarros, cigarros eletrônicos ou qualquer produto de nicotina. Sem dúvida, a melhor coisa a fazer é nunca começar. Mas se as pessoas usam produtos de tabaco, devem parar. Mas se eles não conseguem parar de fumar cigarros tradicionais, eles devem considerar o uso de novos produtos de nicotina para parar de fumar ou para reduzir seus danos fazendo uma transição completa para esses produtos”, ressaltou Ahluwalia.

Futuro

Ainda é preciso se estudar mais para que no futuro se saiba melhor os riscos não cancerígenos relacionados com os cigarros eletrônicos. Como por exemplo doenças respiratórias e cardiovasculares. E os pesquisadores planejam fazer estudos com duração de um ano para analisar ainda mais o potencial de redução de danos dos cigarros eletrônicos.

“A maioria dos fumantes que mudaram exclusivamente de cigarros tradicionais para cigarros eletrônicos durante o estudo manteve esse comportamento em seis meses, mas precisamos de um acompanhamento de longo prazo. Também precisamos estudar continuamente os usuários duplos para determinar se eles mantêm a redução de danos ao longo do tempo”, disse Kim Pulvers, professora de psicologia da California State University San Marcos, o investigadora principal do estudo.

“É possível que os cigarros eletrônicos de nicotina e outros produtos de redução de danos sejam uma virada de jogo para nosso campo. Espero que este estudo estimule mais pessoas a fazer essa pesquisa e a ter uma mente aberta sobre isso. Também espero que os inspire a deixar a ciência informar a política em vez da emoção”, concluiu Ahluwalia.

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