Curiosidades

Por que é tão difícil explorar as profundezas do oceano?

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O nosso planeta esconde segredos que nem mesmo os maiores cientistas conseguiram compreender. Por causa de sua imensidão e tempo de vida, diversas coisas ainda são segredos para nós. Um local que é cheio desses segredos é o oceano. Além de fenômenos curiosos, ele tem chance de ser uma das partes mais inexploradas do planeta.

A profundidade dos oceanos é um dos motivos de o ser humano ainda não conhecer todas as partes desse lugar. Além de serem comuns as recorrentes descobertas de novas espécies de animais que os habitam, inclusive, a redescoberta de animais pré-históricos até então considerados extintos.

Por conta disso, pesquisadores estão sempre considerando formas como essa exploração pode ser feita. Até porque, dentre os grandes desafios está o aumento da pressão da água conforme vai ficando mais profundo.

Oceano

Meteored

Além disso, o oceano profundo é extremamente escuro porque a luz do sol é absorvida muito rápido pela água e não consegue ir até muito mais do que mil metros abaixo da superfície.

Por conta disso, as profundezas do oceano foram divididas pelos cientistas. E a luz solar e a pressão da água são os fatores determinantes para qual tipo de vida irá sobreviver por lá.

Outro fator que faz com que a exploração dos oceanos seja difícil para os humanos são as correntes subaquáticas. Por mais que elas não sejam tão fortes como as vistas na superfície, elas envolvem grandes quantidades de água em seus movimentos.

Essas correntes podem ser levadas pelos ventos na superfície que conseguem afetar a coluna de água embaixo, pelas marés profundas ou então pelas diferenças de densidade da água.

Exploração

Por ser um ambiente não muito convidativo para os humanos, formas de explorar o oceano sempre são criadas pelos pesquisadores, como por exemplo, a equipe de cientistas de Stanford e Caltech, que colocou um microeletrônico de baixa potência na parte de baixo das águas-vivas para criarem robôs bio-híbridos. Eles nadam três vezes mais rápido que as águas-vivas normais.

Com isso, os cientistas querem permitir que um dia essas águas-vivas ciborgues, que estão equipadas com os sensores, consigam explorar as profundezas do oceano de todo o planeta. E com isso, eles não ficarão dependentes de pesados submarinos, que muitas vezes se provam ineficientes, para fazer esse trabalho.

Em um teste, os cientistas conseguiram usar solavancos elétricos de controladores microeletrônicos para conseguir fazer com que as águas-vivas nadassem não somente mais rápido, mas também com uma eficiência maior. Tudo isso de acordo com um artigo publicado no Science Advances.

“Mostramos que elas são capazes de se mover muito mais rápido do que normalmente, sem um custo indevido em seu metabolismo. Isso revela que as águas-vivas possuem uma capacidade inexplorada para nadar mais rápido e mais eficiente. Elas simplesmente não têm um motivo para fazê-lo”, disse Nicole Xu, a coautora e candidata a PhD em bioengenharia.

De acordo com o estudo, o design é bastante simples. E os eletrônicos usam ordens de magnitude, com menos energia externa por massa do que os outros robôs aquáticos.

Essas águas-vivas ciborgues podem revolucionar a forma como se explora os mistérios dos oceanos do planeta. Para isso acontecer, os pesquisadores estão tentando levar esse projeto para um passo adiante. Eles adicionarão controles usando apenas algumas modificações na microeletrônica.

“Se pudermos encontrar uma maneira de direcionar essas águas-vivas e também equipá-las com sensores para rastrear coisas como temperatura do oceano, salinidade, níveis de oxigênio e assim por diante, poderíamos criar uma rede oceânica verdadeiramente global em que cada um dos robôs de água-viva custa alguns dólares para instrumentar e se alimentar de presas já existentes no oceano”, disse John Dabiri, o principal autor e engenheiro mecânico da Caltech.

Fonte: Meteored

Imagens: YouTube, Meteored

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