Cada parte do corpo humano, por menor que seja, tem sua função e seu propósito de existir. Mas como existem milhares delas, nem sempre as pessoas sabem o que cada uma faz ou o motivo de algumas pessoas conseguirem fazer determinada coisa e outras não. Um exemplo disso é a habilidade de dobrar a língua.
Por mais que a língua humana tenha músculos que trabalhem juntos para fazer com que ela possa fazer movimentos diferentes, como por exemplo, dobrar, enrolar e esticar, somente uma parcela das pessoas conseguem dobrá-la no formato de “U”, deixando-a parecida com um canudo.
Motivo
Segundo especialistas, essa habilidade de conseguir dobrar a língua ou não pode estar associada à flexibilidade dos músculos e tendões dela, além do formato do palato. Esse formado pode ter influência de fatores ambientais externos, como por exemplo, o estilo de vida que a pessoa teve em sua infância, mas especialmente pelos genes herdados dos seus pais.
Tanto é que a teoria mais aceita entre os geneticistas é que essa habilidade seja passada dos pais para seus filhos. No entanto, até agora nenhum gene específico e responsável por essa característica foi identificado.
Alguns estudos sugerem que a herança genética é algo complexo e envolve vários genes com efeitos pequenos. Outro ponto é que essa habilidade de dobrar a língua pode ser algo que a pessoa aprende na vida, o que mostra que os fatores ambientais também têm um papel na capacidade dessa habilidade.
Os especialistas também dizem que, ao que tudo indica, não existe uma vantagem evolutiva relacionada diretamente a essa capacidade de dobrar a língua. Ela só é uma característica que mostra que os corpos humanos podem ter características específicas e genéticas singulares complexas.
Língua
Conseguir dobrar ou não a língua não é algo que prejudica as pessoas, mas algumas tendências que surgiram são sim perigosas para as pessoas. Um exemplo disso foi a tendência em cortar o freio da língua dos bebês.
Esse corte do freio da língua dura um segundo para ser feito e é feito com bisturi ou com laser. O objetivo é porque isso, supostamente, facilita a amamentação do bebê.
O impressionante é que cada vez mais pais estão pedindo para que o freio da língua de seus filhos seja cortado ao nascer. No entanto, os médico consideram essa nova tendência algo ineficaz.
“Cabe se perguntar sobre o aumento vertiginoso da frenotomia lingual na França e em todo o mundo nos bebês”, alertou a Academia de Medicina francesa.
Quando o freio da língua do bebê é cortado, teoricamente, o recém-nascido pode conseguir mamar com mais facilidade. Entretanto, na realidade, é “um gesto agressivo e potencialmente perigoso para os recém-nascidos ou para os bebês”, insistiu a Academia de Medicina.
Imagens: Erica Sitta, Clínica primeiro sorriso
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