Curiosidades

Por que você nunca deve escolher as cabines do meio no banheiro público

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É quase impossível que alguém não tenha passado pela situação de estar muito longe de casa e, de repente, tem aquela vontade de fazer o número dois. Nesse momento, pode ser inevitável que a pessoa tenha que procurar um banheiro público para usar. E o que muitas pessoas podem não saber é que existe sim uma cabine melhor para ser usada.

De acordo com um estudo, o ponto principal é não escolher a cabine do meio. Ao invés disso, a melhor escolha a se fazer são as cabines laterais. Mas por que isso? O estudo fala sobre a chamada “preferência central” que é a tendência natural das pessoas a irem em direção ao meio quando elas têm várias opções na sua frente. Por isso que a maior parte das pessoas vai na cabine do meio do banheiro, o que faz com que as cabines laterais acabem sendo menos usadas.

Em um estudo publicado em 1995 na Psychological Science, o psicólogo Nicholas Christenfeld fez um teste dessa preferência observando o uso do papel higiênico em um banheiro público de uma praia na Califórnia, nos EUA. Durante semanas, ele acompanhou a frequência com que o papel higiênico era trocado em cada uma das cabines.

Cabines do banheiro

BOL

Com isso, ele descobriu que as cabines do meio tinham um movimento maior. Até porque, 60% dos rolos que chegavam ao fim eram das cabines centrais, e os outros 40% das cabines laterais.

Mesmo sabendo dessa preferência, é importante ressaltar que não é porque uma cabine é menos usada que necessariamente ela será a mais limpa do banheiro. Até porque, as pessoas que podem ter passado por essas cabines podem ser mais desleixadas do que as outras. Ou então, como os funcionários sabem que elas são menos usadas, eles podem limpá-las com uma frequência menor.

No entanto, é sempre bom se lembrar desse estudo e da preferência pelas cabines centrais da próxima vez que tiver que ir em algum banheiro púbico.

Hábitos

Gazeta do povo

A preferência pelas cabines do meio pode ser uma coisa vista no mundo todo, mas isso não quer dizer que os hábitos dentro do banheiro são os mesmos globalmente.

Um exemplo disso é a tendência em vários países ocidentais de as pessoas se limparem apenas com papel higiênico depois de usar o banheiro, ao invés de se enxaguarem. Isso causa estranheza em vários lugares do mundo. Até porque, a água limpa bem mais do que o papel. E por mais que o papel higiênico não seja tão áspero, a água é bem menos abrasiva do que qualquer uma das marcas mais macias de papel disponíveis no mercado.

Em vários países, há tempos uma passada no banheiro se encerra com um jato de água, e não somente nos países não ocidentais, tanto que foram os franceses que deram ao mundo a palavra bidê.

“Ainda assim, grande parte do Ocidente depende do papel higiênico, incluindo o Reino Unido e os Estados Unidos. E, quando comparadas com qualquer outro lugar do mundo, essas duas nações foram as que tiveram a maior influência na cultura moderna do banheiro”, observou a historiadora da arquitetura Barbara Penner em seu livro “Bathroom”.

Outro hábito de banheiro que varia de cultura para cultura é o do banho. “Há uma tendência a se tomar banho logo cedo nas sociedades ocidentais ou tomar banho todos os dias, e isso é estranho”, disse Elizabeth Shove, socióloga da Universidade de Lancaster, na Inglaterra, que pesquisa práticas de consumo de água e energia.

Uma influência importante para isso foi o “boom” da publicidade global depois das guerras mundiais. Até porque, foi relativamente recente que surgiu a ideia de usar tipos especiais de sabão para o corpo e o rosto, ao invés de produtos de limpeza genéricos que também podem ser usados para roupas. Por conta disso se criou uma tendência generalizada de uma frequência maior de banhos.

Por conta disso, o conceito presente no ocidente de banho diário também é relativamente novo. Assim como aponta Elizabeth, apenas duas gerações atrás, o padrão no Reino Unido era que as pessoas tomassem banho uma vez por semana.

Além disso, essa rotina típica de tomar banho de manhã é, em parte, reflexo das noções contemporâneas sobre como estruturar o dia, que é mais ordenado que no passado. E também da noção de que tomar banho é uma maneira de ficar apresentável para as outras pessoas, ao invés de ser apenas para limpar a sujeira do dia.

Fonte: Mistérios do mundo, BBC

Imagens: BOL, Gazeta do povo

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