Curiosidades

Porque gostamos tanto de comer comida com pimenta?

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Em sua maioria, as pessoas gostam de uma comida bem temperada. E tem aqueles que não dispensam um bom molho de pimenta para dar aquele sabor a mais. Por mais que uma quantidade razoável de pimenta na comida possa causar alguns desconfortos, como nariz escorrendo, olhos lacrimejando e suor, isso parece não incomodar muito a maioria que ama uma pimenta na refeição. Mas será por quê?

Esse caso de amor com o tempero existe há milhares de anos. E se mantém firme até os dias de hoje. Não por acaso que a produção global de pimenta malagueta  aumentou de 27 milhões para 37 milhões de toneladas entre 2007 e 2018.

Quem computou esse salto na produção foi a empresa de análise de mercado IndexBox. Os dados mostram que, em média, cada pessoa consumiu quase cinco quilos de pimenta em 2018. E como uma pimenta típica pesa aproximadamente 20 gramas, isso quer dizer que cada um comeu 250 pimentas vermelhas.

Pimenta

Claro que ao redor do mundo alguns países são mais inclinados ao consumo de pimenta que outros. Por exemplo, na Turquia as pessoas consomem em média 86,5 gramas por dia. Essa é a média mais alta do mundo. O segundo lugar fica com o México, consumindo uma média de 51 gramas.

E de onde vem esse gosto pela comida picante? A resposta é complicada e envolve uma busca  psicológica por fortes emoções e uma batalha contra os instintos evolutivos.

Até mesmo o processo pelo qual as pimentas passaram para evoluírem e se tornarem ardidas é alvo de debate. Os cientistas sabe que as espécies viraram ardidas conforme o tempo foi passando. E que elas criaram esse sabor picante na tentativa de impedir que fossem devoradas pelos mamíferos e pelos insetos.

Contudo essa estratégia não parece ter funcionado contra os humanos. Isso é surpreendente, visto que os humanos costumam relacionar gostos amargos com venenos.

Consumo

E o comportamento dos nossos ancestrais que podem explicar o motivo de consumirmos comidas apimentadas. Uma das teorias é que os seres humanos gostam de comidas apimentadas por conta das suas propriedades antifúngicas e antibacterianas.

A teoria diz que as pessoas começaram a perceber que esses alimentos era menos propensos a apodrecer. E que a ardência era um sinal de que a comida não tinha estragado.

Os biólogos Jennifer Billing e Paul W. Sherman, da Universidade Cornell, apresentaram essa teoria em 1998, nos Estados Unidos. Para isso, eles analisaram milhares de receitas tradicionais de 36 países com dietas à base de carne. Então, eles descobriram que se usava mais as especiarias nas regiões com clima mais quente. Até porque, nessas regiões os alimentos tinham mais chance de estragar.

“Nos países quentes, quase todas as receitas à base de carne exigem pelo menos um tempero, e a maioria inclui muitas especiarias, especialmente temperos fortes, enquanto nos países mais frios, quantidades substanciais de pratos são preparados com pouco ou nada de tempero”, concluíram.

Hipóteses

Contudo, existe outra teoria. Essa relação com a comida picante seria resultado do chamado “risco restrito”. Isso sugere que o ser humano começou a comer pimenta por conta do mesmo impulso de buscar emoções que, hoje em dia, faz com que as pessoas queiram andar em montanhas-russas ou então pular de paraquedas.

Independente de qual for a verdadeira história por trás do amor pela pimenta, existe a certeza de que variedades mais fortes estão sendo cultivadas e que nunca faltará tempero para as refeições de quem gosta do seu sabor.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-50743063?at_custom4=6B21555C-0A92-11EC-B666-ABBEBDCD475E&at_custom1=%5Bpost+type%5D&at_campaign=64&at_custom2=facebook_page&at_medium=custom7&at_custom3=BBC+Brasil&fbclid=IwAR24-NDYxjid01pS3oSaWL4Qfrn7fKopUrUNUedYKFNisuu7in4CUScZDOE

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