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Prédio em Curitiba precisa ser evacuado após Sargento da Marinha acionar dispositivo militar

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Um acontecimento inusitado chamou muito a atenção dos moradores de Curitiba, no último final de semana. Isso porque um edifício residencial precisou ser evacuado na capital paranaense, após um sargento afastado da Marinha Brasileira acionar uma bomba de gás lacrimogêneo dentro de um dos apartamentos.

O caso se deu no sábado, dia 03 de setembro. De acordo com as informações oficiais repassadas pela Polícia Militar (PM), o homem de 44 anos, que não teve a identidade revelada, teve um surto dentro da própria residência, onde estava com a esposa.

Embora o imóvel onde o sargento estava se encontrasse no 2º andar do edifício, o gás lacrimogêneo teria ultrapassado as paredes do apartamento, adentrando nos dutos de ventilação do prédio. Dessa forma, todo o bloco acabou sendo atingido pelo equipamento de uso militar.

De acordo com o relato dos vizinhos, mais de 10 pessoas teriam sentido efeitos em decorrência da ativação do dispositivo. Apesar do mal-estar, o Corpo de Bombeiros de Curitiba afirmou que ninguém precisou de internação, já que nenhum morador teve consequências graves.

Ainda conforme o depoimento de alguns moradores, houve a preocupação de que o incidente se tratava de um incêndio. Isso porque, ao se aproximarem do edifício, as pessoas podiam ver a fumaça se espalhando pelo ambiente, o que levou a um temor de que ela seria um indício de chamas. Sendo assim, vários vizinhos do militar saíram às pressas do prédio.

Negociações

Bomba de gás lacrimogêneo

Reprodução/RPC

Apesar de a ameaça de incêndio não ter se concretizado, a situação estava longe de acabar. Isso porque o sargento não queria se retirar do seu apartamento. Sendo assim, as equipes de negociação da Polícia Militar precisaram agir.

Com isso, outras duas horas se passaram, até que o homem conseguiu ser convencido e foi retirado do edifício pelas forças policiais.

Ao portal RPC, a Marinha do Brasil informou que tomou conhecimento do caso e disse que a situação foi controlada. Além disso, o militar foi encaminhado ao Hospital Geral do Exército, onde irá receber uma avaliação.

Gás Lacrimogêneo

Equipamento de uso comum das forças policiais brasileiras, as bombas de gás lacrimogêneo são amplamente utilizadas no território brasileiro. De modo geral, o dispositivo é utilizado para manter controle sobre algum ambiente que começa a “esquentar os ânimos”. É comum ver sua aplicação em manifestações nas ruas ou conflitos dentro de estádios de futebol, por exemplo.

Assim, elas são estruturas de metal que, após explodir, liberam um gás basicamente composto de 2-clorobenzilideno malononitrilo – também chamado de gás CS. Essa fórmula química libera uma substância sólida, que, misturada a solventes, toma a forma de aerossol ácido, que em contato com os olhos causam lacrimejamento intenso e queimação.

As reações físicas deveriam parar por aí. No entanto, uma lista elaborada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos aponta para um caminho diferente.

Isso porque as pessoas atingidas pelo gás lacrimogêneo podem ter “efeitos colaterais”, como a liberação de coriza no nariz, irritação na boca, náuseas e salivação excessiva. Além disso, se a vítima respirar o composto químico, ela pode sofrer de tosse e até mesmo asfixia.

Os efeitos não param por aí, visto que se a pessoa ficar em exposição prolongada ao gás – em um tempo estimado de uma hora – as consequências podem ser ainda mais graves.

Dessa forma, a vítima pode desenvolver lesões na córnea ou cegueira, garganta e pulmões podem sofrer queimaduras avançadas e a asfixia pode ser completa.

Embora não seja comum, existem relatos até mesmo de mortes por gás lacrimogêneo, nos quais pessoas sofreram de parada cardiorrespiratória e asfixia, em decorrência dos efeitos do equipamento.

No Brasil, o Exército enquadra o gás lacrimogêneo como um agente psicoquímico, considerado um “incapacitante”, se diferenciando dos agentes causadores de mortes, como os neurotóxicos (afetam o cérebro), os hemotóxicos (corrente sanguínea) e os sufocantes.

Fonte: G1

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