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Primeiro satélite brasileiro supera NASA e bate recorde de tempo em órbita

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Quando se pensa em satélite ou qualquer coisa relacionada ao espaço e sua exploração e pesquisa é natural que logo venha a NASA em mente. No entanto, o que muitas pessoas podem não saber é que em fevereiro de 1993 foi lançado o Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD-1) que entrou para a história como o primeiro satélite a ser construído e operado pelo Brasil.

Agora, no dia 17 de junho de 2023, depois de 30 anos, quatro meses e quatro dias, ele bateu o recorde. O satélite é o equipamento enviado para o espaço para observar a Terra que está há mais tempo em operação. O recorde anterior era de um satélite enviado no dia 24 de julho de 1992 e que tinha sido desativado no dia 28 de novembro de 2022.

Recorde

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Esse é um feito importante que deixou para trás a conhecida agência norte-americana, a NASA, e a japonesa, a Jaxa. Além disso, ele também acabou passando a sua própria expectativa de vida em mais de impressionantes 30 vezes. Isso porque o SCD-1 foi feito para durar somente um ano em órbita.

Geralmente, os satélites pequenos modernos param de funcionar depois de cinco anos, mas eles continuam em órbita, como lixo espacial, por no máximo 25 anos. Depois disso eles são arrastados de volta para o nosso planeta e morrem em chamas na nossa atmosfera. Esse fim foi outra coisa que o SCD-1 superou.

Na visão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que foi o responsável pelo projeto, esse satélite é “um tributo à competência da engenharia espacial brasileira”.

“O lançamento e consequente sucesso do SCD-1 representou uma grande conquista para o Inpe e para o Brasil, cujo objetivo era a autonomia de acesso ao espaço e o desenvolvimento de satélites em território nacional. Este recorde realça a robustez do projeto e a elevada qualidade da fabricação, da integração e dos testes realizados”, disse Sebastião Varotto, engenheiro do Inpe.

Entretanto, mesmo que ele tenha conquistado um grande feito, atualmente as novas tecnologias ofuscam ele. E como a ciência do país está bem sucateada, o satélite vive no limbo. Tanto é que é bem difícil conseguir informações com detalhes a respeito do papel dele atualmente.

Ao todo, o SCD-1 já viajou mais de sete bilhões de quilômetros ao redor da Terra. Isso daria quase para ir e voltar de Marte duas vezes.

Satélite

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O SCD-1 tem aproximadamente 115 quilos, um metro de largura e 1,45 de altura e um formato de prisma octogonal. Todos seus lados e parte de cima têm células solares. Ele está a 750 quilômetros de altitude e viaja a 27 mil quilômetros por hora. Com isso, ele precisa de uma hora e 40 minutos para dar uma volta completa na Terra.

Claro que com tantos anos, as baterias do SCD-1 já não armazenam energia. Contudo, por conta de como ele foi planejado, isso não foi uma coisa fatal. E desde 2010 ele funciona somente quando os painéis solares estão iluminados pelo sol, o que faz com que o satélite fique ligado 60% do tempo.

“A concepção dele foi como a de um Fusca: simples e robusto. Se não tiver bateria, é só empurrar que pega. Um satélite não tem chave. É lançado ligado e fica assim pra sempre. A maioria deles acaba por questão energética, como um celular velho. Mas este tem um jeito de continuar funcionando, mesmo que parcialmente, só com a tensão gerada nos painéis solares”, pontuou Varotto.

“Creio que em não muito tempo o SCD-1 ficará inoperante, pois está girando cada vez mais devagar. É provável que o SCD-2 seja ainda mais longevo e o ultrapasse, pois adicionamos bobinas para controle da velocidade da rotação”, concluiu ele.

Fonte: Tilt

Imagens: Tilt

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