Curiosidades

Cientistas alertam para possível caos na Terra devido à atividade humana

0

Nosso planeta já tem seu longo período de existência e já passou por várias mudanças. Uma delas, que os pesquisadores consideram uma das mais drásticas, é a climática. Isso vem afetando o mundo de várias maneiras e talvez caminhe para um ponto onde se torne cada vez mais difícil a nossa existência. E o pior de tudo é que é a própria atividade humana que causa seu possível fim.

De acordo com um estudo feito pelos cientistas da Universidade de Porto, em Portugal, existe a possibilidade de nosso planeta entrar em um estado caótico e irreversível por conta do impacto que a atividade humana tem no sistema climático.

Para fazer o estudo, os pesquisadores se basearam em teorias de supercondutividade. Através delas eles viram que existe sim um ponto em que não será mais possível restaurar o equilíbrio climático da Terra. O estudo também pontua que um nível infinito de atividade humana pode ter como resultado o chamado “Hothouse Earth”, “Terra Estufa” traduzido, de onde não é possível retornar.

Atividade humana

Por mais que secas, ondas de calor e outros fenômenos extremos que são efeitos das mudanças climáticas sejam conhecidos, se o Sistema Terrestre entrar em um comportamento caótico, esse problema não poderá mais ser resolvido.

O estudo feito mostra a hipótese de uma nova época geológica, o Antropoceno. Nela, a atividade humana causou um impacto bastante significativo no sistema global do planeta. E para a transição do Holoceno para o Antropoceno, os pesquisadores a imaginaram como uma mudança de fase e usaram a teoria Ginzburg-Landau, que foi desenvolvida para modelar supercondutividade originalmente.

Essas mudanças de fase são uma coisa comum na natureza, e estudos anteriores tinham mostrado que é possível prever as mudanças climáticas usando esse modelo. Como resultado, os pesquisadores viram que a humanidade pode seguir um trajeto relativamente previsível. Isso resultará em um clima estabilizado com uma temperatura média mais alta do que a vista hoje em dia, o que por sua vez  já resulta em graves consequências para toda vida na Terra.

Previsões

Médicos sem fronteiras

Contudo, esse não é a única possibilidade. No cenário mais extremo, o planeta entraria no caos completo, tendo eventos climáticos extremos e flutuações sazonais. Isso faria com que fosse impossível diminuir os danos ou recuperar um clima estável.

Um ponto ressaltado pelos pesquisadores é que essa transição para um clima caótico não é inevitável. No entanto, é preciso tê-la como uma possibilidade real e começar a desenvolver formas eficazes de diminuir as mudanças climáticas causadas pela atividade humana.

Com esse estudo, os pesquisadores continuam analisando dados e aprimorando os modelos climáticos. E esse resultado é mais um alerta sobre a urgência de agir e promover mudanças reais nos hábitos e nas políticas com relação ao meio ambiente.

Danos

Clima em curso

Felizmente essa situação caótica do planeta ainda não é uma realidade, mesmo assim, os danos causados pela atividade humana já podem ser vistos nos dias atuais.

Os novos modelos feitos entre 1991 e 2018 estimaram que mais de um terço de todas as mortes relacionadas ao calor no verão tiveram como causa o aumento das temperaturas. Ou seja, os resultados mostram que, se o ser humano não tivesse causado tanto dano ao planeta e provocado grandes mudanças climáticas, bem menos pessoas teriam morrido.

O risco de morte por calor é bem alto, principalmente em regiões como o Sul da Europa, América Central e do Sul e Sudeste Asiático. E no Equador e na Colômbia, por exemplo, chega até três quartos a proporção de mortes ligadas ao calor que são relacionadas com o aumento de temperatura causado pelo homem.

“Em muitos locais, a mortalidade atribuível já é da ordem de dezenas a centenas a cada ano. Isso ocorreu com um aumento médio da temperatura global de apenas 1 ° C, o que é inferior até mesmo às metas climáticas mais rígidas delineadas no Acordo de Paris, entre 1,5 e 2 ° C, e uma fração do que pode ocorrer se as emissões não forem controladas”, ressaltaram os pesquisadores.

Essa pesquisa tem o foco no que irá acontecer com as mortes relacionadas ao calor no futuro. E em 2080, ela estima que, pelo menos, quatro vezes mais pessoas irão morrer nas cidades australianas e americanas por conta desse aumento de temperatura.

“Este é o maior estudo de detecção e atribuição sobre os riscos atuais das mudanças climáticas para a saúde. A mensagem é clara: as mudanças climáticas não terão apenas impactos devastadores no futuro, mas todos os continentes já estão experimentando as terríveis consequências das atividades humanas em nosso planeta. Devemos agir agora”, concluiu o estatístico Antonio Gasparrini, da London School of Hygiene & Tropical Medicine.

Fonte: Tecmundo

Imagens: YouTube, Médicos sem fronteiras, Clima em curso

Lei de Igualdade Salarial: o que muda com o novo projeto?

Artigo anterior

Primeiro satélite brasileiro supera NASA e bate recorde de tempo em órbita

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido