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Quais filmes serão priorizados quando a greve dos atores de Hollywood acabar?

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Quando pensamos em filmes e séries logo nos lembramos de Hollywood. Até porque, ela é responsável por uma grande quantidade de produções audiovisuais. E vendo todo o glamour que envolve esse mundo, é até difícil imaginar que existem problemas por lá. Contudo, recentemente vimos que até mesmo Hollywood tem seus problemas com a greve dos roteiristas do WGA, sindicato da categoria.

Essa greve já está acontecendo há meses. Ao todo são 11 mil escritores e mais de 160 mil atores e atrizes reivindicando não somente pagamentos residuais justos pelos episódios vistos e revistos nos streamings, mas também por uma preocupação que é totalmente Black Mirror, ou seja, um futuro distópico, mas que pode se tornar realidade.

Claro que todas as reivindicações são válidas. Mas ao mesmo tempo que os profissionais querem seus direitos garantidos, os estúdios pensam nos lucros que estão perdendo e que têm que recuperar quando a greve acabar. Justamente por isso que eles querem definir a lista completa de filmes que irá ser lançada logo depois desse fim. No entanto, a lista só será definida depois de negociações, além de também depender das pessoas envolvidas nos projetos, como atores e diretores.

Filmes prioritários

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De acordo com a reportagem do TheWrap, filmes como “Deadpool 3”, “Capitão América: Brave New World”, “Beetlejuice 2” e “Missão: Impossível 8” figuram no topo da lista para começarem a ser produzidos quando os trabalhos voltarem. Mas para isso, haverá negociações entre os estúdios para todos os níveis de talento que os filmes precisam para ser feitos ou promovidos.

Além disso, quando a greve acabar, filmes que precisam de algumas refilmagens, como “Kraven: O Caçador”, devem ter uma atenção especial. Logo depois deles será a vez das produções que estão com as filmagens quase completas, como no caso de “Beetlejuice 2”. Aí sim os estúdios irão começar com os filmes que estavam em pré-produção.

Até o momento, o Sindicato de Atores (SAG – AFTRA) está negociando com os estúdios a retomada dos trabalhos. Mesmo assim ainda não existe uma previsão para o fim da greve.

Greve e mudanças

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Com o desenvolvimento das ferramentas de inteligência artificial, foram poucas as profissões que não se preocuparam em ser substituídas por elas. Uma das primeiras que falaram sobre o assunto foram os ilustradores. E logo isso se escalou e chegou aos roteiristas e aos atores. Essa preocupação é tão genuína que essa foi a primeira vez em 43 anos que os atores entraram em greve, e é a primeira desde os anos 1960 que o sindicato para junto com o WGA.

Mesmo que nessa greve os grandes nomes de Hollywood também estejam fazendo parte, eles não serão os mais afetados. Isso porque, o real medo e talvez a real possibilidade é que os atores que não são tão conhecidos, que recebem por diária que fazem, não consigam mais trabalhar. E essa preocupação não é vista somente em Hollywood.

Um exemplo disso é visto no Reino Unido, onde o sindicato de roteiristas fez uma lista com suas preocupações principais sobre o uso de IA generativa, como o ChatGPT.

Dentre as preocupações estão: o trabalho deles pode ser explorado sem ter uma autorização; pode não acontecer a identificação de onde o sistema foi usado; diminuir a quantidade de vagas de trabalho; não pagar os profissionais; e toda a questão criativa.

Na visão de Justine Bateman, cineasta inglesa, a tecnologia veio para solucionar os problemas. No entanto, a realidade é que não existe uma escassez na indústria, muito pelo contrário, várias pessoas estão dispostas a trabalhar. E como a própria cineasta pontua, o buraco é mais embaixo. A IA é de agrado dos estúdios porque ela dá um lucro maior a eles e eles podem dar uma satisfação maior aos investidores.

Essa lógica é bem simples. Os estúdios comprarão a IA apenas uma vez e ela não exigirá condições melhores de trabalho ou aumento salarial. E todo esse dinheiro que será economizado poderá ser investido na compra de empresas de conteúdo.

Com a entrada dos atores para a greve, a expectativa é de que ela demore mais para se resolver do que os estúdios e streamings estavam esperando. Além disso, o pós-greve não será o mesmo de antes. A consequência mais visível é o atraso nas produções, até mesmo das indicadas ao Emmy, como “The Last Of Us” e “Wandinha”. No entanto, isso é apenas a ponta do todo.

Fonte: Olhar digital, Tecmundo

Imagens: Olhar digital

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