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Qual é a Idade da Terra? E como ela foi calculada?

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O nosso planeta tem o seu longo período de existência e a ciência sabe que a Terra tem 4,54 bilhões de anos. No entanto, como que os cientistas conseguem medir a idade, sendo ela um número tão distante do presente? Isso é possível por conta de coisas que estão dentro do planeta, no caso, as rochas.

De acordo com Becky Flowers, geóloga da Universidade de Colorado em Boulder, Estados Unidos, quando um pesquisador dessa área olha para alguma rocha “é como se ela possuísse uma história que você pode tentar decifrar”. Nesse ponto, os minerais formados a partir da lava dos vulcões têm traços de elementos radioativos, como por exemplo, o urânio.

Conforme o tempo vai passando, esses elementos vão decaindo, o que quer dizer que eles emitem partículas dos seus núcleos até que cheguem em formas que sejam mais estáveis. Em todo esse processo, a meia-vida é uma marca temporal importante. Isso porque ela é o tempo que a massa de determinado elemento demora para diminuir pela metade.

Calculando

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No caso do urânio-238, a meia-vida é de cerca de quatro bilhões de anos. Sabendo disso, ele pode ser usado na datação de objetos que sejam extremamente antigos. Então, identificando a proporção dele existente nas rochas é possível calcular quanto tempo se passou desde que o elemento estava com sua vida inteira.

A datação feita dessa forma se chama datação radiométrica. Ela é feita, principalmente, com a zircônia, um mineral que tem uma quantidade de urânio relativamente alta. Contudo, isso não quer dizer que essa datação não possa ser feita com outros elementos, como por exemplo, o carbono que tem uma meia-vida de milhares de anos e é bastante usado na datação de matéria orgânica.

Idade da Terra

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Usando essas técnicas, os geólogos encontraram minerais de até 4,4 bilhões de anos. Mas ainda assim, ficam faltando aproximadamente 100 milhões de anos na idade da Terra.

Esses anos a mais são explicados além da Terra. Isso porque os minerais mais antigos já podem ter derretido ou sofrido com a erosão e voltado para o estado da matéria-prima que os originou. E os meteoritos que já atingiram nosso planeta datam de mais de 4,56 bilhões de anos, idade que é parecida com as das rochas de Marte e da lua.

Sabendo de todos esses intervalos de tempo, os pesquisadores construíram uma linha do tempo que determinou a formação dos corpos rochosos que fazem parte do sistema solar. Mesmo assim, a idade da Terra nunca será exata. O que existe é uma era em que ela pode ter surgido.

Passagem de tempo

Entender essas mudanças é crucial para que os cientistas saibam como nosso planeta se comporta e para onde ele pode ir. Tanto é que pesquisadores não param de criar modelos para que isso seja analisado. “Criamos e desenvolvemos um modelo inteiramente novo de evolução da Terra nos últimos bilhões de anos. Nosso planeta é único na forma como hospeda a vida. Mas isso só é possível porque os processos geológicos fornecem um sistema de suporte de vida do Planeta”, disse Dietmar Müller, geofísico da Universidade de Sidney.

O geofísico se uniu com uma equipe internacional de pesquisadores para criar um modelo computacional em que eles resumiram o movimento das placas tectônicas vistas no último bilhão de anos da Terra em apenas 40 segundos.

Para fazer esse modelo do movimento que mudou o que se conhece como Terra atualmente, Andrew Merdith, outro geofísico que faz parte do grupo de geociências EarthByte da universidade australiana, analisou todos os dados que foram coletados nos últimos quatro anos. Como resultado, ele conseguiu fazer o vídeo em que se vê as mudanças na superfície do nosso planeta.

“Em uma escala de tempo humana, as coisas se movem em centímetros por ano, mas como podemos ver na animação, os continentes estiveram em todos os cantos do planeta ao longo do tempo. Um lugar como a Antártica, que hoje vemos como um continente árido, gelado e inóspito, na verdade já foi um bom destino de férias, ocupando a região da linha do Equador”, disse Michael Tetley, geofísico especializado em geodinâmica e um dos autores do estudo.

Fonte: Canaltech, Engenhariae

Imagens: YouTube, Canaltech

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