Entretenimento

Queijo de 2.600 anos é encontrado em escavações no Egito

0

Pesquisadores encontraram algo surpreendente durante as escavações na necrópole de Saqqara, na província de Gizé, no Egito. Dentro de antigos potes de barro decorados com escrita demótica, a mesma identificada na Pedra de Roseta, estavam blocos de queijo branco que datam de 2.600 anos atrás.

De acordo com o Ministério do Turismo e Antiguidades, a região é muito rica e significativa para o país. No local também foram encontradas várias relíquias e túmulos de várias épocas distintas, como a Sexta Dinastia Faraônica.

De acordo com informações repercutidas pelo Egypt Today, Mohammad Youssef Oyan, diretor da Área de Antiguidades de Saqqara, explicou que muitos itens foram deixados em túmulos antigos como oferendas para os mortos levarem para a vida após a morte. O queijo, que remonta à 26ª dinastia, que ocorreu entre os anos 664 a.C. e 525 a.C., foi uma destas ofertas.

Detalhes do queijo

Foto: Twitter/ @TheHistoryOfTh5

Segundo o Ancient Origins, o queijo trata-se de um halloumi. Esse alimento tradicional é feito à base de leite de cabra e leite de ovelha. Sua textura aproxima-se à da muçarela e ele pode ser comido cru ou grelhado.

Sítio arqueológico de Saqqar

Foto: Twitter/ @TheHistoryOfTh5

A área em que o halloumi foi descoberto se tornou um sítio arqueológico em 2018. Na época, começaram a ser encontrados artefatos e túmulos egípcios na região.

Depois disso, foram promovidas cinco temporadas arqueológicas pelo Ministério do Turismo e de Antiguidades do país.

Ao todo, já foram encontrados sete túmulos rochosos, figuras e estátuas do Antigo Egito e o túmulo do sacerdote Wahiti. Somente no ano de 2020, a equipe arqueológica encontrou mais de 100 caixões de madeira junto com 40 estátuas do deus Saqqara.

A curiosa história do queijo mais antigo já encontrado

Foto: Universidade de Catania / Universidade do Cairo

Anteriormente, em 2018, um grupo de pesquisadores, liderados por Enrico Greco, do departamento de química da Universidade de Catania, na Itália, revelou o queijo mais antigo já encontrado. Vale destacar que evidências anteriores de queijo, de até 6 mil anos, são os equipamentos de produção, e não o alimento em si.

Datado com aproximadamente 3,2 mil anos, o queijo estava no túmulo de Ptahmes, alto funcionário egípcio que viveu no século 13 aC. 

O túmulo, em que foram encontrados outros objetos, foi redescoberto em 2010. A primeira vez havia sido em 1885, no entanto, o local foi perdido por força das tempestades de areia.

Mesmo que os arqueólogos tenham suspeitado de que o objeto era um queijo desde o começo, somente em 2018, após o uso das técnicas de cromatografia líquida e espectrometria de massa, foi confirmada sua identidade. O resultado da análise foi publicado na revista Analytical Chemistry.

Na época, em entrevista ao New York Times, os arqueólogos apontaram que o queijo era similar com o estilo chèvre francês, branco, mole, feito para espalhar no pão, e não ser comido em pedaços.

O alimento, encontrado petrificado dentro de uma jarra, foi produzido por meio de e leites de ovelha ou cabra com búfala. De acordo com os especialistas, o queijo provavelmente tinha sabor extremamente ácido. 

Além disso, a análise apontou que essa iguaria podia também ser uma sentença de morte. Isso porque, os peptídeos presentes sugerem que o alimento era hospedeiro da bactéria Brucella melitensis. Ela é responsável pela brucelose, um tipo de infecção bacteriana, que pode ser fatal.

Vale destacar que a Brucella melitensis ainda é comum. A bactéria passa de animais para humanos que comem laticínios não pasteurizados.

Fonte: Aventuras na História

Pedido de namoro em formato de figurinha do álbum da Copa viraliza

Artigo anterior

‘Não tenho nem o que comer’, diz vítima que perdeu R$ 40 mil em golpe

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido