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Gato egípcio: o felino idolatrado no Antigo Egito

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Algumas pessoas já notaram que o gato é um dos ícones mais marcantes da cultura do Antigo Egito. Existem diversos artefatos com temas relacionados a esses felinos, de joias intricadas a estátuas.

Por causa do amor pelos gatos, os antigos egípcios criaram o primeiro cemitério de animais de que se tem notícia. Com quase 2 mil anos, ele abriga vários gatos adornados com contas e coleiras de ferro.

Saiba por que o gato egípcio era tão valorizado, ao ponto de, conforme disse o antigo historiador grego Heródoto, os egípcios rasparem as sobrancelhas como sinal de luto e respeito ao lamentar a perda de um gato da família.

O gato egípcio: uma história milenar

Foto: Petz

De acordo com a estimativa de historiadores e arqueólogos, os seres humanos começaram a se envolver com esses animais no Antigo Egito a partir de 4.000 a.C. Isso porque as  primeiras pinturas e hieróglifos a respeito datam dessa época.

Provavelmente, os primeiros gatos a se relacionarem com os egípcios fossem de uma das duas espécies selvagens que existiam na região naquela época: o gato-selvagem-africano e o gato-da-selva.

Um fato curioso sobre a relação dos antigos egípcios com os gatos é que, mesmo que conhecessem mais de uma espécie, eles usavam um único termo para denominar o felino, mil ou miit, que significa ele ou ela que.

No entanto, diferente do que a maioria das pessoas imaginam, o ato egípcio começou a fazer parte da cultura daquele povo mais por razões práticas do que religiosas. O desenvolvimento da agricultura e o armazenamento de grãos atraiu roedores que chamaram a atenção dos gatos selvagens.

Com isso, os seres humanos desenvolveram afeição e buscaram proteger esses animais que os ajudavam a manter os celeiros e campos livres de ratos e outras criaturas parecidas.

Evidências arqueológicas informam que os gatos tinham vários papéis naquela época. Por exemplo, existem representações antigas dos gatos protegendo as famílias de seus donos contra cobras venenosas e roedores, sendo mimados e até retratados como ajudantes de caçadores de pássaros.

Alguns animais até eram enterrados como oferendas, o que aponta que os donos estavam planejando a vida após a morte do bichano.

O lado religioso

Foto: Mega Curioso

Com o passar dos anos, o gato egípcio começou a ter um impacto significativo na religião, mesmo com a sua adição ao panteão de deuses ser relativamente tardia, entre 2.000 a.C. e 1.000 a.C.

A representação mais antiga de um ser similar a um felino na religião egípcia é do peludo Mafdet. A divindade parecida com o gato, às vezes identificada como um guepardo, ou chita, é associada à execução e justiça.

Os estudiosos do Antigo Egito explicam que as pessoas daquele período começaram a atribuir características divinas aos gatos de forma gradual. 

O comportamento, a discrição e a capacidade de enxergar bem durante a noite fizeram com que esses felinos se tornassem admirados. Inclusive, essas características podem ter ajudado na teoria de que existia algo sagrado nos gatos.

Também vale destacar que o hábito dos gatos de tirar um cochilo ao sol levou as primeiras associações entre o animal e Rá, o deus solar.

Depois de Mafdet, surgiu Sekhmet, ou Sacmis, uma divindade com reputação de ser feroz. Além disso, era uma grande protetora dos animais e frequentemente ligada às leoas.

No entanto, a deusa com cabeça de gato mais famosa é Bastet, outra divindade venerada pelos antigos egípcios. Relacionada ao lar, à feminilidade e à fertilidade, Bastet surge no panteão dos deuses como um ser mais moderado e racional que os seus antecessores felinos.

Porém, a relação do gato com a sociedade do Antigo Egito nem sempre foi boa. Algumas pesquisas apontam um lado obscuro na história. Poderia ter existido uma indústria para a criação de milhões de gatos que, em seguida, seriam mortos e mumificados para que as pessoas pudessem ser enterradas com eles.

Fonte: Mega Curioso

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