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Quer saber se seu filho vai ter alergia? Dá para saber olhando o primeiro cocô dele

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Gerar um filho e dar à luz uma nova vida é uma das emoções mais intensas que alguém pode viver na vida. A data provável para um bebê nascer, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é 40 semanas depois do primeiro dia da última menstruação.

Se o parto acontecer com 37 semanas é considerado prematuro, após a 42º semana, pós-termo. Nos dois casos, os riscos de complicações aumentam muito. Mas ainda existem outras complicações, que podem acontecer na hora de uma mulher dar à luz ou então surpresas que ninguém estava esperando. E uma unanimidade entre os pais é a vontade de que seu bebê nasça saudável e sem nenhuma complicação.

E o primeiro cocô do bebê, que é conhecido como mecônio, pode não ser uma coisa que as pessoas queiram examinar de perto. Mas essa substância verde escura parecida com um alcatrão tem líquido amniótico ingerido, células da pele e pelos finos de uma vida no útero. Além disso, em um nível microscópico, o mecônio tem o material inicial para o microbioma humano em desenvolvimento e do nosso sistema imunológico.

E se uma mistura rica e equilibrada de moléculas não for encontrada nas primeiras fezes, os pesquisadores acreditam que isso pode impedir a colonização de bactérias boas no intestino do bebê. Isso o coloca em risco de desenvolver alergias, como por exemplo, asma e eczema, mais tarde na vida.

Estudo

Para esse estudo, os pesquisadores analisaram 100 amostras de mecônio coletadas como parte do “Child Cohort Study”. Esse foi um projeto de pesquisa longitudinal bem maior e em andamento a respeito de saúde infantil. Os pesquisadores compararam as amostras representativas com testes de alergia feitos em bebês com um ano de idade.

Os resultados mostraram que os bebês que desenvolveram sensibilização alérgica naquele ponto tinham metabólitos menos diversificados no seu primeiro cocô.

“Descobrimos que a diversidade reduzida foi detectada principalmente no número de diferentes aminoácidos, vitaminas e compostos vegetais”, explicou  Charisse Petersen, que estuda o microbioma inicial na Universidade de British Columbia, no Canadá.

É sabido que esses grupos de moléculas alimentam o microbioma em crescimento, que começa a se formar quando a criança vem ao mundo e os micróbios começam a colonizar seu intestino. E são esses novos invasores que permite que o  sistema imunológico aprenda o que realmente representa um perigo.

“Os novos micróbios são tolerados e colonizados por nós, e eles, por sua vez, ensinam nossas células imunológicas a não reagir exageradamente a sinais benignos. Infelizmente, pensamos que alguns bebês não estão sendo colonizados com o suficiente dessas bactérias benéficas para treinar suas células imunológicas”, disse Petersen.

Primeiro cocô

O tamanho da amostra usada pelos pesquisadores foi pequena, e eles precisão verificar isso em uma amostra maior e mais diversa. Se eles estiverem certos, isso significa que será possível usar o primeiro cocô de uma criança para prever o risco dela desenvolver alergias no futuro.

“Eu gostaria de ver mais estudos mecanísticos que tentassem entender precisamente quais metabólitos são os mais úteis para apoiar a microbiota infantil e o sistema imunológico. Em um mundo perfeito, eventualmente teríamos certeza de que eles fossem incluídos em uma dieta saudável ou suplemento vitamínico durante a gravidez”, disse Petersen.

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