Curiosidades

Repórter assaltada no Catar pode escolher a pena do criminoso

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A Copa do Mundo do Catar já começou e outras coisas além do futebol têm chamado atenção, como por exemplo, uma jornalista que foi roubada enquanto fazia uma entrada ao vivo na última sexta-feira.

No caso, a repórter da emissora “Todo Noticias” estava nas ruas de Doha, capital do Catar, quando percebeu que sua carteira com documentos, dinheiro e cartões tinha sido furtada. Contudo, o crime no país sede da Copa teve um desfecho diferente do normal.

A jornalista argentina Dominique Metzger contou em suas redes sociais sobre o que tinha acontecido com ela e disse que quando chegou à delegacia para fazer um boletim de ocorrência, ela foi levada para um setor destinado somente às mulheres. Nesse setor, um dos policiais a perguntou sobre qual ela achava que deveria ser a pena do ladrão.

Decidindo a pena

G1

“O que quer que a justiça faça com isto? Porque vamos encontrá-lo, há câmeras de alta definição em todos os lugares”, teriam sido as perguntas feitas pelos policiais.

“Eu pensei ter entendido mal a tradução, mas não: ficaram me perguntando que pena eu queria para o ladrão, se eu queria que ele fosse condenado a 5 anos de prisão, se eu queria que ele fosse deportado”, contou a jornalista.

Então os policiais pressionaram a jornalista para que ela decidisse a pena do ladrão, mas ela disse que não tomaria tal decisão. “Eu disse a eles que só queria minha carteira de volta, não iria tomar uma decisão pelo sistema de justiça”, contou Metzger em um vídeo em seu Instagram.

Costumes do Catar

A gazeta

Da mesma forma que pareceu estranho para a jornalista ela decidir qual seria a pena do criminoso que a furtou, esse comportamento também seria visto como estranho pela maioria das pessoas de outras nacionalidades.

Isso acontece porque a pequena e conservadora nação muçulmana tem seus próprios costumes. Além disso, o Catar tem o sistema judicial baseado em uma interpretação da lei islâmica, ou Shariah. Ele foi alvo de críticas por conta da sua tendência de favorecer promotores e policiais.

Claro que por sediar um evento tão grande como a Copa do Mundo, o Catar  disse que afrouxaria algumas de suas leis. Contudo, não é bom confiar nessas promessas. Por isso é necessário saber alguns costumes e leis do país.

Sexualidade – No Catar é crime a coabitação de mulheres e homens solteiros, e eles usam as chamadas leis de indecência para punir o sexo extraconjugal. Entretanto, de acordo com as autoridades do país, durante o torneio, casais não casados ​​podem compartilhar quartos de hotel.

Segundo o site de turismo do governo, demonstrações públicas de afeto são “desaprovadas”. Por mais que dar as mãos não levará ninguém para cadeia, os turistas devem evitar mostrar intimidade em público.

Além disso, a lei do Catar prevê pena de prisão de um a três anos para adultos condenados por sexo consensual entre gays ou lésbicas. Mas os organizadores da Copa do Mundo disseram à Associated Press que qualquer pessoa, independentemente de sua orientação sexual, pode ir para o país “sem medo de qualquer tipo de repercussão”.

Vestuário – O site de turismo do governo do país também fala sobre o que os turistas devem vestir. De acordo com ele, homens e mulheres devem “mostrar respeito pela cultura local, evitando roupas excessivamente reveladoras em público”.  Por conta disso, é pedido que os turistas cubram seus ombros e joelhos.

Ofensas – Com relação às ofensas, mostrar o dedo do meio ou xingar, principalmente ao lidar com a polícia ou outras autoridades, pode levar à prisão. E a maior parte dos casos criminais no Catar com turistas presos é por conta de tais atos.

Outro costume do país é que muitas mulheres e homens não podem apertar a mão do sexo oposto antes, eles esperaram que uma mão seja oferecida. Além disso, filmar ou tirar fotos de pessoas sem o consentimento delas, e também tirar fotos de locais militares ou religiosos podem ter como resultado um processo judicial.

E pense duas vezes antes de discutir religião e política com os habitantes locais. Por fim, insultar a família real pode levar à prisão.

Fonte: G1, Indian press

Imagens: G1, A gazeta

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