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Saiba como o calor afeta demências e doenças neurodegenerativas em idosos

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. Isso pode ser visto com a forte onda de calor que atingiu várias regiões do mundo em 2023. E ao contrário do que muitas pessoas pensaram, essas ondas não acabaram. Além disso, elas podem trazer mais do que somente uma sensação desconfortável para as pessoas.

O que muitos não sabem é que o calor tem uma influência na saúde dos idosos. As temperaturas altas são um fator de risco para que demências e doenças neurodegenerativas se agravem.

Isso porque, em um lugar superaquecido, o idoso, que já tem menos sensação de sede e capacidade de regular a própria temperatura corporal, fica mais propenso a se desidratar. Por conta dessa falta de água no organismo, ele tem uma diminuição no fluxo sanguíneo para o cérebro, o que gera ou intensifica alguns sintomas e complicações. Alguns exemplos são: tontura, desorientação, irritação, agitação, apatia, tremores e alucinações.

Calor e saúde dos idosos

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Já os idosos que têm Alzheimer ou Parkinson podem não perceber ou conseguir comunicar esses sinais de alerta. Por conta disso, se eles ficarem expostos ao sol, ainda mais por um longo período de tempo, eles podem ter insolação e aumento excessivo da temperatura corpórea, conhecida como hipertermia. Além disso, eles também podem ter: febre, taquicardia, convulsões, perda de consciência e coma.

Sendo essa relação da saúde com o calor, muitas pessoas associam esses problemas somente com a parte do dia. Contudo, noites quentes também têm seus riscos. Até porque, elas podem interferir na qualidade do sono e causar desconforto e interrupções do sono com frequência.

Nos idosos, isso gera uma piora na função cognitiva, memória, atenção e pode ser uma predisposição para quedas e fraturas, além de agravar os sintomas comportamentais e psicológicos como ansiedade, agitação e depressão.

Outros riscos que o calor traz é a desidratação e dificuldade na respiração, que age sobre condições preexistentes, como apneia do sono, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma.

Tudo isso afeta a concentração de oxigênio no sangue, prejudicando o cérebro e aumentando os sintomas de doenças neurodegenerativas e demências e o risco de morte súbita.

Como se isso não bastasse, por conta da perda de água e sais minerais pelo suor, a viscosidade do sangue muda, o que pode fazer com que ele chegue ao cérebro com mais dificuldade. Isso aumenta ainda mais a pressão arterial e a frequência cardíaca. Por conta disso, o idoso se sujeita a ter formação de coágulos, sobrecarga do coração e sofrimento de um AVC, que por sua vez destrói neurônios, aumenta o risco de demências mistas e afeta a linguagem e o humor.

Relação com os medicamentos

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Os remédios também não se comportam bem no calor, podendo apresentar riscos com relação à sua eficácia e segurança. Isso pode ser visto em remédios como antiparkinsonianos, antidepressivos, antipsicóticos, inibidores de colinesterase que podem afetar a termorregulação corpórea e a tolerância ao calor nos idosos.

Tendo sua química mudada por conta do calor, seja ele externo ou interno, a velocidade de absorção desses remédios também muda. Isso pode gerar efeitos colaterais, como por exemplo, náuseas, diarreia, tontura, sudorese excessiva, ou aumentar o risco de interações medicamentosas.

Por conta disso que tanto os idosos como seus cuidadores devem levar isso em consideração nas épocas em que o calor estiver extremo. E para que riscos sejam evitados é essencial que sejam feitas consultas e um acompanhamento regular com um médico para que ele passe as orientações específicas, ajuste o tratamento se for preciso e monitore os possíveis efeitos adversos.

Existem algumas medidas que podem ser tomadas para que esses e outros efeitos causados pelo calor sejam evitados. São elas:

  • armazenar os remédios em lugares frescos e evitar que eles fiquem expostos ao sol diretamente;
  • beber muita água durante o dia, mesmo sem sentir sede;
  • usar protetor solar e evitar exposição ao sol entre 10h e 16h;
  • manter uma dieta saudável e evitar alimentos pesados e salgados;
  • usar roupas leves, de preferência tecidos que facilitem a transpiração;
  • familiares e cuidadores devem ficar atentos aos sinais de desequilíbrio térmico;
  • ir ao pronto-socorro se o idoso tiver febre, confusão, desmaio, entre outros.

Fonte: VivaBem

Imagens: VivaBem

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