Por 
Por mais que hoje em dia quase ninguém mais ande com dinheiro em papel, e quem dirá com moedas, isso não quer dizer que eles perderam o seu valor. Muito pelo contrário. Em determinados casos, uma moeda pode valer muito mais do que o valor estampado nela.
No nosso país temos alguns exemplares que valem verdadeiras fortunas. Tanto que, a procura por moedas raras por aqui está cada vez mais comum em todas as regiões. No entanto, encontrar esses exemplares raros não é uma tarefa muito fácil, ainda mais quando as moedas mais valiosas são as que têm algum defeito raro de fabricação.
Valor alto
Notícias concursos
Dentre as várias moedas raras, existe uma de 25 centavos que é muito procurada por vários colecionadores e que pode valer muito mais do que o seu valor original. Essa moeda é do ano 2000 e é um exemplar que, de acordo com especialistas, não tem uma tiragem baixa, contudo, ainda assim pode valer bastante se estiver em condições normais.
Para se ter uma noção melhor, esses são os valores detalhados dessa moeda tendo como base os catálogos mais atualizados por especialistas. São: MBC, R$ 10,00; Soberba R$ 100,00; Flor de cunho R$ 230,00.
Essas classificações são relacionadas com o estado de conservação da peça. O MBC quer dizer “muito bem conservada”. Para que uma moeda seja considerada assim ela precisa ter, no mínimo, 70% da sua aparência original. Além disso, segundo os analistas, o nível de desgaste dela deve ser homogêneo.
A soberba é quando uma moeda tem, pelo menos, 90% dos detalhes preservados. Ela é uma peça que tem pouco vestígio de circulação e de manuseio. Entre os colecionadores, esse item é tido como intermediário, mas já tem um valor mais alto.
E o termo flor de cunho vem do inglês uncirculated, que é uma moeda que não tem nenhum tipo de desgaste ou manuseio. Por conta disso, todos seus detalhes estão com aparência original e também não existe nada que indique uma limpeza química. Por conta desses fatores é que essas peças são mais valiosas.
História das moedas
Suno
Já na época do Brasil Império existia uma preocupação com o material que se usava nas moedas que seriam usadas. Segundo um relatório histórico do Banco Central, conforme o tempo foi passando, os imperadores começaram a mudar o material usado para fabricar as peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel. Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, disse o Banco Central.
Outro exemplar
Terra
Além dessa moeda de 25 centavos, o Brasil tem outros exemplares bastante valiosos, como por exemplo, essa moeda rara de 50 centavos conhecida como “mula”, ou “moeda híbrida”. O valor dela pode ser bem maior do que 50 centavos por conta de um erro que acabou deixando a moeda com um 5 ao invés de 50.
Na época em que ela foi produzida, o erro foi visto de forma rápida e elas foram recolhidas e devolvidas aos cofres. No entanto, alguns milhares continuaram em circulação e hoje são objetos de desejo de vários colecionadores que prestam muita atenção a erros de cunhagem.
Claro que por ser uma moeda valiosa, ela acabou sendo falsificada em vários lugares na última década. Justamente por isso que a venda dela ficou mais difícil, já que as falsificadas começaram a ser feitas, com o objetivo de serem vendidas para os colecionadores.
E muita gente pode se perguntar se essa venda realmente compensa ou se até mesmo existe um mercado para isso no nosso país. A realidade é que a venda de moedas raras está em um bom momento no país. Depois que moedas comemorativas foram feitas nas Olimpíadas, muitas pessoas começaram a colecioná-las e vendê-las na internet. Essa época foi um pontapé inicial que aproximou vários colecionadores amadores dos numismatas, que são os estudiosos de moedas e peças valiosas.
“Comecei como a maior parte dos numismatas, colecionando algumas moedas que encontrei na casa da minha avó materna. Quando criança, não sabia que existiam moedas diferentes em outros países e, na medida em que o tempo foi passando, eu comecei a estudar e me interessar cada vez mais pelo assunto”, lembrou Hilton Lucio, numismata há quarenta anos.
Com relação à venda, Oswaldo Rodrigues, diretor de comunicação da Sociedade Numismática Brasileira (SNB), pontua que o valor da moeda tem vários pontos e que é extremamente importante saber do assunto e das especificidades de cada uma das peças e como funciona o mercado.
Fonte: Notícias concursos, Terra
Imagens: Notícias concursos, Suno, Terra
Comentários