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Submarino Titan: amigo de um dos passageiros desistiu de expedição ao Titanic por falta de segurança

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Antes do desaparecimento do submarino Titan, um dos passageiros desistiu de entrar no último minuto.

A expedição da empresa OceanGate Expeditions causou grande preocupação e mobilização das autoridades marítimas dos Estados Unidos e Canadá.

No entanto, antes de zarpar, entre os passageiros estava Chris Brown, renomado magnata do marketing digital, que seria acompanhado por seu amigo Hamish Harding. Harding era o CEO da empresa responsável pela viagem.

De acordo com relatos de Chris Brown ao jornal ABC News, ele tinha planos de embarcar no Titan juntamente com Harding, mas decidiu desistir por questões de segurança.

Embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre as preocupações que o levaram a tomar essa decisão, Brown ressaltou que a segurança sempre deve ser uma prioridade em expedições desse tipo.

Via News

Desaparecimento

O submarino Titan submergiu no domingo de manhã, porém, cerca de uma hora e 45 minutos após a sua partida, perdeu-se todo contato com a embarcação.

O transporte estava equipado com um suprimento de oxigênio projetado para durar 96 horas. As autoridades marítimas dos Estados Unidos e Canadá, incluindo a Guarda Costeira e as Forças Armadas Canadenses, mobilizaram uma operação de busca e resgate para encontrar os tripulantes desaparecidos.

Infelizmente, as esperanças de encontrar os ocupantes do Titan vivos diminuíram à medida que o tempo passava, e, agora, são nulas.

O suprimento de oxigênio da embarcação acabou, o que agravou ainda mais a situação. Apesar dos esforços das equipes de resgate, não foram obtidas informações concretas sobre o paradeiro ou a condição dos tripulantes desaparecidos.

Chris Brown, em meio à incerteza, visitou o submersível antes dele sair. Não falou muito sobre o assunto, mas foi quando se tornou o único passageiro que desistiu da viagem.

Ele tinha pagado o valor de $250 mil dólares para entrar, mas saiu antes do domingo. Agora, ele se tornou o único sobrevivente desse projeto, visto que os demais tripulantes infelizmente não sairão do mar com vida.

Essa decisão mostrou a importância de avaliar cuidadosamente os riscos envolvidos em expedições desse tipo e ressalta a necessidade de medidas de segurança rigorosas para garantir a proteção de todos os envolvidos.

Estrutura era frágil

O desaparecimento do submarino Titan foi resultado de questões de segurança negligenciada, além da qualidade do equipamento utilizado na expedição.

Informações revelam que o submarino havia sido reprovado em vistorias de segurança iniciais, levantando preocupações sobre sua adequação para uma missão tão desafiadora.

Uma das falhas mais alarmantes foi a constatação de que o Titan era controlado por um joystick comum, em vez de um sistema de controle mais avançado e especializado.

Essa descoberta suscita dúvidas sobre a capacidade de manobrabilidade do submarino, especialmente em condições adversas.

O uso de um joystick comum parece inadequado para uma embarcação subaquática dessa natureza, que enfrenta desafios únicos e precisa de controles precisos e confiáveis.

Outra deficiência preocupante estava relacionada à comunicação do Titan. Relatos indicam que o sistema de comunicação do submarino era frágil e propenso a falhas, o que prejudicava a capacidade dos tripulantes de se comunicarem efetivamente com a superfície.

Em uma missão desse tipo, é essencial que a comunicação seja robusta e confiável, permitindo uma resposta rápida em caso de emergências ou problemas inesperados.

A fragilidade do sistema de comunicação é um aspecto crítico que terá maior consideração em futuras expedições submarinas.

Via Correio do Povo

Investimentos

Além disso, surgiram teorias sobre a estrutura do Titan, indicando que não havia recebido os investimentos adequados para garantir sua segurança e confiabilidade.

Embora tenha sido um projeto milionário, sua estrutura era menos resistente que outros tipos de submarinos que realizaram a mesma expedição. Assim, tornou-o mais propenso a falhas, colocando em risco a vida dos tripulantes.

A revelação dessas deficiências levantou questões sobre os processos de avaliação e certificação dos equipamentos utilizados em expedições subaquáticas.

É crucial que os submarinos e outros dispositivos marítimos passem por rigorosas inspeções de segurança antes de serem autorizados a entrar em operação.

Essas vistorias iniciais devem ser minuciosas, abrangendo todos os aspectos do equipamento, desde os controles e a comunicação até a integridade estrutural.

No caso do submarino Titan, a reprovação nas vistorias de segurança iniciais foi um sinal claro de falhas no processo de avaliação e certificação. Por isso o passageiro desistiu antes de embarcar, tomando o que seria a melhor decisão possível.

Agora, esse incidente será um lembrete da importância de investir em pesquisa, desenvolvimento e manutenção adequada de equipamentos submarinos.

Assim, mesmo com intenções comerciais, a segurança dos tripulantes deve sempre ser a principal prioridade, e falhas como as encontradas no Titan não podem acontecer.

 

Fonte: Correio do Povo

Imagens: News, Correio do Povo

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