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Ter um hobby pode aumentar a sua expectativa de vida

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Com o passar do tempo, a expectativa de vida humana foi aumentando cada vez mais. E com isso, também veio o desejo de se poder viver o máximo possível. Por isso que várias pesquisas com relação ao envelhecimento e como retardá-lo são feitas.

Além disso, cada vez mais as pessoas procuram formas de aumentar sua longevidade. Uma das coisas que podem aumentar a expectativa de vida de uma pessoa é se ela se alegra ao aprender novas coisas, fazendo trabalho voluntário ou cuidando dos seus netos.

De acordo com uma pesquisa científica publicada em 2019, foi visto que em um grupo de quase sete mil adultos com mais de 50 anos, os que tiveram uma pontuação maior em uma escala que mediu o “objetivo de vida” tinham menos probabilidade de morrer durante os quatro anos do estudo, além de também terem uma propensão menor de morrer no mesmo período por conta de problemas cardíacos, circulatórios ou sanguíneos quando comparados com os que tiveram pontuações mais baixas

“Vários estudos sugeriram que um maior senso de propósito na vida está associado à redução do risco de morte precoce. No entanto, esta pesquisa mostrou pela primeira vez que o senso de propósito na vida está associado a causas específicas de morte”, disse Eric S. Kim, pesquisador do departamento de ciências sociais e comportamentais da Escola de Saúde Pública de Harvard.

Aumento da expectativa de vida

Freepik

Na visão dos autores do estudo, as pessoas que têm um objetivo de vida têm maior probabilidade de estarem envolvidas com comportamentos que são benéficos para a saúde. Esse propósito pode estar associado à família, relacionamentos, comunidade em que vive, ajudar os outros, aprender novas coisas, fazer exercícios físicos, ter algum lazer ou hobby.

Contudo, por mais que o propósito tenha funcionado como um protetor de saúde para algumas doenças e aumentador de expectativa de vida para algumas pessoas, ele não teve muita eficácia contra a mortalidade por câncer ou condições que mexem com o trato respiratório.

Outro ponto importante a ser levado em consideração é que o estudo não provou que ter um objetivo de vida teve como resultado taxas menores de mortalidade. Até porque, o propósito pode promover uma expectativa de vida e aumentar a probabilidade de a pessoa proteger a saúde dela.

Um exemplo disso é se alguém se alimentar de uma forma mais saudável, dormir melhor, fazer exercícios e aumentar o uso de serviços de saúde preventiva, isso irá ajudá-la a ter uma expectativa de vida maior e com menos problemas de saúde.

“Estudos sugerem que as pessoas com maior senso de propósito na vida são menos perturbadas por vários estressores e também se recuperam mais rapidamente quando estão mais estressadas”, disse Kim.

Observações

Exame

Além disso, é sabido que o estresse estimula a inflamação do corpo. Por isso que manter a calma é um fator que colabora para o equilíbrio do organismo.

“Em última análise, as atividades que proporcionam um propósito de vida podem ser motivadas por uma visão abrangente em que a própria vida é muito valorizada”, pontuou Kim.

Para as pessoas que querem encontrar um objetivo de vida ou um hobby que possa aumentar sua expectativa de vida e saúde, o importante é procurar por atividades que dão motivos convincentes para que a pessoa levante da cama todos os dias.

“Evidências sugerem que a terapia cognitivo-comportamental pode melhorar o significado da vida, que é um primo conceitualmente próximo do propósito”, concluiu Kim.

Longevidade

O ser humano provavelmente pode viver até 130 anos e possivelmente muito mais. Contudo, as chances de se atingir essa super idade ficam cada vez menores de acordo com novos estudos.

Esse limite da expectativa de vida humana tem sido bastante debatido. Alguns estudos recentes afirmam que o ser humano poderia viver até 150 anos, ou até mesmo dizem que não existe idade máxima teoricamente para o ser humano.

Em 2021, uma nova pesquisa foi publicada e entrou nesse debate analisando novos dados a respeito dos super centenários, pessoas com 110 anos ou mais, e semi super centenários, aqueles com 105 anos ou mais.

Mesmo que o risco de morte aumente ao longo da vida, a análise feita pelos pesquisadores mostra que o risco eventualmente se estabiliza e permanece constante em cerca de 50-50.

“Depois dos 110 anos, pode-se pensar em viver mais um ano como sendo quase como jogar uma moeda justa. Se der cara, você viverá até seu próximo aniversário e, se não, morrerá em algum momento no próximo ano”, explicou  Anthony Davison, professor de estatística do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne (EPFL), que liderou a pesquisa.

Baseando-se nos dados disponíveis até o momento, parece provável que os humanos consigam viver, pelo menos, 130 anos. No entanto, extrapolar a partir das descobertas “implicaria que não há limite para a vida humana”, concluiu o estudo.

Essas conclusões são correspondentes a análises estatísticas parecidas feitas em conjunto de dados de pessoas bem mais idosas. “Mas este estudo fortalece essas conclusões e as torna mais precisas porque mais dados estão disponíveis”, pontuou Davison.

Para o estudo, a equipe analisou dois conjuntos de dados. O primeiro foi um material recém-lançado do Banco de Dados Internacional sobre Longevidade. Ele cobre mais de 1.100 super centenários de 13 países. O segundo foi um da Itália para cada pessoa que tinha, pelo menos, 105 anos entre janeiro de 2009 e dezembro de 2015.

Esse estudo envolveu extrapolar os dados existentes. No entanto, Davison disse que essa era uma abordagem lógica.

“Qualquer estudo de extrema velhice, seja estatístico ou biológico, envolverá extrapolação. Pudemos mostrar que, se existe um limite abaixo de 130 anos, já deveríamos ter sido capazes de detectá-lo usando os dados agora disponíveis”, disse ele.

Mesmo assim, ainda que os humanos possam, teoricamente, chegar aos 130 ou mais, isso não quer dizer que provavelmente irá ver isso em breve. Até porque, a análise feita se baseia nas poucas pessoas que alcançaram essa façanha rara.

Além do que, mesmo aos 110 anos, sua chances de chegar aos 130 são “cerca de uma em um milhão. Não impossível, mas muito improvável”, ressaltou Davison.

Fonte: Plenae, Science alert

Imagens: Freepik, Exame

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