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Evidências mostram existência de outro planeta do tamanho da Terra no Sistema Solar

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O nosso sistema solar é composto por diversos corpos. Planetas, o sol, cometas, meteoritos, exoplanetas e diversas coisas estão presentes em nossa galáxia. O primeiro exoplaneta foi descoberto na década de 1990 e desde então milhares de outros parecidos já foram descobertos. No entanto, isso não quer dizer que novas descobertas não sejam importantes.

Depois dessa observação, uma equipe de astrônomos sugere o impensável: a possibilidade de existir um planeta parecido com a Terra que ainda não foi descoberto no nosso próprio sistema solar.
No entanto, conseguir descobrir objetos celestes no sistema solar é bem complicado. Para que isso seja feito, é preciso encontrá-lo através de observações do movimento de outros astros. No caso de Netuno, por exemplo, ele foi descoberto quando o astrônomo e matemático Urbain Le Verrier conseguiu identificar uma diferença entre a órbita vista em Urano e a maneira como a física newtoniana a previa.
Por conta disso, ele suspeitou que essa mudança na órbita fosse fruto de uma influência gravitacional de um planeta depois de Urano. Quando o astrônomo alemão Johann Gottfried Galle foi checar o lugar onde esse novo planeta estaria em teoria, ele descobriu Netuno.

Seria o Planeta 9?

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Por anos os astrônomos especulam a existência de um nono planeta que ainda não foi descoberto no nosso sistema solar. Ele é conhecido como Planeta 9. Com essas observações, os cientistas japoneses foram ainda mais além e sugeriram que pode existir um outro planeta parecido com a Terra a ser descoberto, e que esteja bem perto de nós.

Em um artigo, os astrofísicos Patryk Sofia Lykawka, da Universidade Kindai, no Japão, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional japonês, fizeram a análise do movimento dos objetos celestes no Cinturão de Kuiper.

Eles concluíram, depois de simulações feitas, que um planeta do tamanho da Terra poderia ser a razão dos movimentos fora do comum dos astros depois da órbita de Netuno.

De acordo com os pesquisadores, a massa desse planeta seria entre 1,5 e três vezes maior do que a do nosso planeta, e sua órbita seria inclinada em aproximadamente 30 graus.

Ainda conforme as suposições deles, ele estaria escondido no Cinturão de Kuiper, que é um anel circunstelar que vai além da órbita de Netuno. O suposto planeta foi chamado de Planeta do Cinturão de Kuiper (KBP) e ficaria a uma distância de até 500 unidades astronômicas (UA) do sol, o que são 500 vezes a distância entre a Terra e o sol. Isso seria mais próximo do que o famoso Planeta 9.

Os pesquisadores ainda ressaltam que essas suposições são independentes da existência do suposto Planeta 9.

Perto da Terra

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Como dito, não é porque existem vários exoplanetas que eles não são importantes. Exemplo disso é a descoberta feita pelos membros do projeto CARMENES. Depois de cinco anos coletando medidas da luz de mais de 300 estrelas, os astrônomos falaram sobre a descoberta de 59 exoplanetas. Dentre eles, 33 são planetas novos que agora se unem a 26 que foram confirmados em estudos anteriores.

Além da descoberta, esse projeto também fez novas análises de 17 exoplanetas que já eram conhecidos. Todos eles estão a até 65 anos-luz do nosso planeta, o que é uma distância relativamente próxima. Eles estão orbitando estrelas anãs vermelhas. Os astrônomos também descreveram seis deles como sendo “potencialmente habitáveis”, ou seja, eles são rochosos e podem ter água líquida em sua superfície.

O foco do projeto CARMENES é justamente a procura de exoplanetas que sejam rochosos e parecidos com a Terra. E para fazer essa busca, eles usam o instrumento que dá nome ao projeto que fica no observatório Calar Alto, na Espanha. Ele é equipado com dois espectrógrafos que conseguem captar dados da luz visível e também comprimentos de onda do infravermelho.

As observações que foram feitas entre 2016 e 2020 resultaram em exoplanetas bem variados. Por exemplo, existem seis parecidos com Júpiter, ou seja, com mais de 50 vezes a massa do nosso planeta, e 10 parecidos com Netuno.

Além desses, existem outros 43 que têm uma massa parecida com a da Terra e são chamados de “Super Terras”. O “super” é pelo fato de esses exoplanetas terem 10 vezes a massa do nosso planeta. E de acordo com os pesquisadores, pelo menos oito deles estão nas zonas habitáveis das suas estrelas.

Na imagem é possível ter uma ideia das descobertas. Os pontos cinzas são os exoplanetas descobertos por outros instrumentos, mas que também usaram o mesmo método que o CARMENES. No eixo vertical é mostrado o tipo de estrelas que são orbitadas, enquanto o eixo horizontal mostra a distância que esses exoplanetas estão da sua estrela. Aqueles que estão na zona habitável das suas estrelas são os que estão na zona azulada.

Através desses novos dados, os pesquisadores conseguiram calcular a frequência com que essas estrelas estão acompanhadas de planetas. “Descobrimos uma taxa de ocorrência de 1,4 planeta por estrela, que nunca foi determinada antes com precisão tão alta para estrelas de baixa massa, com a técnica da velocidade radial”, disse Ignasi Ribas, cientista do projeto.

E para que os exoplanetas sejam confirmados com a maior precisão possível, o CARMENES faz, pelo menos, 50 observações de cada uma das estrelas. “Desde quando entrou em operação, o CARMENES analisou novamente 17 exoplanetas conhecidos, e descobriu e confirmou 59 novos exoplanetas nas proximidades do Sistema Solar”, disse ele.

Mesmo que os pesquisadores já tenham anunciado a descoberta, ainda existem dados sendo processados. Por conta disso, eles farão outro anúncio com os resultados da luz infravermelha.

Fonte: Terra, Canaltech

Imagens: YouTube, El país

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