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Nada é mais agradável do que os nossos queridos e fiéis animais de estimação. Dizem que o cachorro é o melhor amigo do homem. Mas pode discordar disso uma pessoa que tenha outro pet em casa, como por exemplo, o tiktoker Agenor Tupinambá. Apenas pelo nome não são todos que podem conhecê-lo, mas ele ficou bastante conhecido nas redes sociais por ter como pet um filhote de capivara.
Contudo, com o sucesso dos seus vídeos, ele foi notificado pelo Ibama-AM na terça-feira dessa semana. A notificação foi por conta de maus tratos e retirada do animal selvagem do seu habitat natural.
De acordo com o próprio Agenor, ele foi denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração animal. Por conta disso, o tiktoker recebeu multas que juntas dão mais de 17 mil reais.
Pet
G1
“De todas as surpresas que a fama na internet me trouxe, jamais imaginei que seria acusado de abuso, maus tratos e exploração contra animais. Também fui acusado de matar um animal do qual todos são testemunhas que só dediquei amor”, disse ele.
Outra notificação dada pelo Ibama-AM para o estudante de agronomia foi para ele retirar todos os vídeos onde seu pet, chamada Filó, esteja presente da sua rede social. Além disso, a capivara deve ser entregue para um centro de tratamento animal.
O tiktoker deu uma entrevista ao F5 da Folha de São Paulo onde contou que sua capivara tinha sido um presente do seu primo. O primo tinha conseguido o atual pet de Agenor com indígenas que estavam caçando uma capivara e não tinham visto que ela tinha um filhote.
Devolução
O Globo
O motivo pelo qual Agenor terá que devolver Filí é porque a criação de animais silvestres é extremamente controlada pelos órgãos distritais e governamentais ligados ao Ibama. Com isso, a única maneira de se ter como pet um animal silvestre, como a capivara, é comprando esse animal em um estabelecimento comercial ou em algum criadouro legalizado.
Mesmo com isso, o tutor do animal tem que manter o registro perante o órgão e dar ao pet um ambiente adequado para sua vivência, como por exemplo, um espaço amplo, luz solar e lugares que sejam condizentes com os hábitos que ele tem na natureza. No caso de uma capivara, isso seria o animal ter acesso a fontes de água onde ela possa mergulhar e nadar.
Como o tiktoker não cumpre todos esses requisitos, sua capivara deverá ser entregue para um centro de controle animal credenciado pelo Ibama.
Incomum
G1
No caso de Agenor, ele infelizmente terá que devolver Filó. Mas ele não é o único no país que tem um pet fora do comum. Outro caso é de João Vitor Tolardo, jovem paranaense de 24 anos, que tem uma lhama, Kiki, como animal de estimação.
“É uma lhama macho, chamada Kiki. É um animal que eu quero ter para a vida toda. Muito amoroso, dócil, companheiro, inteligente. Ele ainda tem quatro meses, mas pode chegar a 1,80 metro de altura. Ele é muito apegado. Ele é como um cachorro, um animal doméstico. Nunca tive problemas”, disse o dono do pet.
Ainda segundo João Vitor, o animal ainda não precisou ser adestrado e sua alimentação não é uma coisa difícil. Por conta de Kiki ainda ser um bebê, muitas vezes ele mama, podendo tomar até cinco mamadeiras por dia.
“Como eles são animais muito inteligentes, ele não demanda muita atenção. Eu nunca precisei adestrar. Ele tem o lugar dele para fazer as necessidades, ele se acostuma com o espaço. A alimentação também não é difícil. Ele mama umas quatro ou cinco vezes por dia e a ração adequada é a de coelho e porquinho da índia. E são ruminantes, ficam comendo grama o dia inteiro”, explicou.
Além da lhama, João Vitor também tem um cachorro, um pastor de shetland que se chama Hassan. “Eles são grudados, são irmãos”, disse ele.
Pode ser estranho pensar em uma lhama como animal de estimação, mas segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as lhamas são consideradas animais domésticos em território nacional, o que dispensa autorização para a criação ou comercialização desses animais.
Fonte: Carta capital, G1
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