O mundo todo acompanhou o processo de busca pelo submersível Titan da OceanGate que desapareceu no oceano Atlântico quando estava fazendo uma expedição até os destroços do Titanic, até que finalmente os destroços da embarcação foram encontrados. E mesmo sabendo o que aconteceu com o submersível, que no caso implodiu, os corpos dos tripulantes não devem ser recuperados.
A bordo do veículo estavam o bilionário Hamish Harding; o explorador Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood; o presidente da OceanGate, Stockton Rush; e o especialista no naufrágio do Titanic Paul-Henry Nargeolet.
Mesmo que seja sabido o que aconteceu com o Titan, muitas dúvidas sobre a missão ainda existem. Justamente por isso que investigações continuam sendo feitas. De acordo com relatórios preliminares, o submersível teria tentado interromper sua missão até os destroços do Titanic antes que ele perdesse o contato com a superfície. Quem anunciou essa informação foi Rob McCallum, ex-consultor da OceanGate, em uma entrevista dada ao The New Yorker.
“O relatório que recebi imediatamente após o evento – muito antes de eles chegarem – foi que o submarino estava se aproximando de 3.500 metros. Ele largou os pesos. Então perdeu as comunicações e o rastreamento, e uma implosão foi ouvida”, afirmou McCallum.
Tentativa de interromper a missão do Titan
Essa informação de que o submersível tentou voltar para a superfície sugere que os tripulantes a bordo tentaram interromper a missão. Teoricamente, o Titan teria soltado o sistema de peso que ele tinha para garantir a sua navegabilidade quando estava a quase 3.500 metros de profundidade.
Na visão de Rob McCallum, que é o cofundador da empresa de expedições EYOS Expeditions e já foi várias vezes até os destroços do Titanic, o submersível teria sim tentado voltar para a superfície antes da tragédia acontecer.
E a OceanGate já tinha abortado missões anteriores com o submersível por conta de problemas com seus sistemas de propulsão e flutuação. Mesmo assim, a empresa também ignorou vários alertas feitos por especialistas a respeito do perigo dessa missão.
Destroços
Depois que os destroços do Titan foram encontrados, o próximo passo foi trazê-los para a superfície. No dia 29 de junho, os destroços do submersível chegaram até um porto de Terra Nova e Labrador, no Canadá. Por mais que alguns dos destroços do Titan tenham sido encontrados, de acordo com autoridades da Guarda Costeira norte-americana, não existem perspectivas de encontrar os corpos dos tripulantes.
“Este é um ambiente incrivelmente implacável, lá no leito do fundo do mar, e os destroços são consistentes com uma implosão catastrófica da embarcação. Continuaremos a trabalhar e a pesquisar a área lá embaixo em busca dos destroços”, disse John Mauger, o contra-almirante.
De acordo com o que acreditam as autoridades, o Titan sofreu uma implosão enquanto fazia a expedição. E menos de cinco partes da embarcação foram encontradas, dentre elas, a tampa traseira e uma parte frontal da estrutura. O sinal do submersível foi perdido 1h45 minutos depois que ele começou sua descida até os destroços do Titanic.
Normalmente, esse aço que é usado é para profundidades pequenas, e o titânio para grandes profundezas. E esse vaso de pressão, seja de algum desses materiais, tem um formato esférico para suportar as pressões de esmagamento em uma profundidade de 3.800 metros, por exemplo.
Contudo, esse não era o caso do Titan. Ele tinha seu vaso de pressão feito com uma combinação de titânio e fibra de carbono, o que não é comum, já que esses materiais têm propriedades bem diferentes.
Então, o que os especialistas acreditam é que aconteceu uma perda de integridade por conta das diferenças entre os materiais, o que por sua vez criou um defeito que acabou desencadeando a implosão.
Fonte: Olhar digital, G1
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