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Tocantins já passou dos 10 milhões de raios em 2023; entenda o motivo

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Ser atingido por um raio pode ser uma coisa bem difícil de acontecer, mas isso não quer dizer que é impossível. A chance de uma pessoa ser atingida por um raio é de uma em um milhão. Mas, se ela estiver numa área descampada, essa chance é de uma em mil.

Mesmo que seja bem difícil uma pessoa ser atingida por um raio, isso não quer dizer que a ocorrência deles é pouca. Tanto é que, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), nesse ano, o número de raios no Tocantins já superou o de 2022. Colocando em números, eles foram de 8.217.632 para 10.859.352.

De acordo com uma reportagem do G1, fevereiro foi o mês que mais teve essas descargas elétricas. Ao todo foram 2.782.372. Outros meses que tiveram destaque foram setembro e outubro, tendo 541 mil raios a mais do que o visto ano passado.

Quantidade de raios

Araguaína notícias

Para fazer esse ranking são levadas em consideração as áreas dos estados. Ainda conforme a reportagem, o tipo de cálculo permite que seja feita uma comparação mais justa entre as regiões. Os dados do Elat/Inpe de 2021 mostram que a densidade dos raios por metro quadrado no Tocantins é de 17,1 por ano.

“É o número de raios por quilômetro quadrado. Você pode comparar estado grande com estado pequeno, porque está dividido pela área. O estado de Alagoas, que é bem pequeno, não dá para comparar com o Amazonas. Claro que um estado maior terá mais raios. Se divide o número de raios pela área do estado, aí ficam assim, equiparados”, disse Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat/Inpe.

Levando em consideração o número de raios de 2018 a setembro de 2023, Tocantins está na 10ª posição, tendo uma densidade de 126 raios por quilômetro quadrado distribuídos em uma área de 277.424 quilômetros quadrados.

Levantamento

G1

Para fazer a comparação, a pesquisa usou dados de estudos anteriores. Contudo, no começo de 2024 será feita uma nova análise para que seja obtido um balanço mais completo de 2023, mesmo que, de acordo com o Elat/Inpe, esses números não variem tanto.

“A expectativa é que novembro tenha incidência muito alta. Em dezembro deve declinar um pouco, mas ainda vai ser alta. Mas novembro não deve ser abaixo de outubro. Em outubro a gente chegou à faixa de 800 mil até agora e pode chegar em torno de um milhão. Em novembro vamos ter a faixa de um milhão”, concluiu o coordenador.

Para-raio

Sindiconet

O raio é um dos fenômenos mais impressionantes que o homem pode apreciar na natureza. Ele pode cair em qualquer lugar e, dependendo de vários fatores, até no mesmo lugar por várias vezes. Mas o que acontece quando um raio atinge um para-raio? Como ele funciona? Para que serve exatamente?

Um para-raio é composto por  uma haste de metal ligada à terra por um fio condutor de cobre. Em sua extremidade superior existe uma coroa de quatro pontas que é coberta para suportar o forte calor gerado pela descarga elétrica. Essas hastes colocadas nos mais diversos tipos de edifícios criam um caminho para a passagem do raio ou da descarga elétrica. As pontas do objeto servem para atrai-los e desviarem as descargas até o solo, fazendo com que eles se dissipem no solo.

Como raios são um fenômeno natural impossível de ser evitado, o para-raios foi uma invenção criada para buscar um meio de desviá-los de qualquer possível alvo. Mas um problema dessas descargas elétricas são a questão da vulnerabilidade aos possíveis danos causados por elas. Quando o fio está ligado à terra, o para-raios faz com que a descarga seja conduzida até o solo. Em termos gerais, ele é uma espécie de haste com pontas colocada em um lugar alto e ligado à terra.

O segredo do princípio de funcionamento é baseado no poder das pontas do condutor metálico. As cargas elétricas se encontram na ponta do objeto, gerando um campo elétrico mais forte que no restante da haste. Por conta da sua função, esse objeto é usado para proteger construções, casas, edifícios contra as descargas elétricas atmosféricas, evitando a queima de equipamentos domésticos, como computadores, aparelhos eletrodomésticos e televisores.

Esse objeto é importante porque, como mostram estudos, sua incidência tem crescido nas áreas urbanas. Isso estaria ligado ao aumento da poluição e da temperatura nesses locais.

Fonte: Olhar digital, UFRB

Imagens: Araguaína notícias, G1, Sindiconet

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