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Todos os eclipses solares serão “anéis de fogo” no futuro; entenda

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Eclipse é um evento astronômico que acontece quando objetos celestes em trânsito ficam na mesma posição ou atravessam uns aos outros. O termo é mais usado para descrever um eclipse que envolve o sol, a Terra e a lua. O eclipse solar é o fenômeno que acontece quando a lua fica entre o sol e a Terra. Ela esconde por completo, ou de forma parcial, a sua luz. É basicamente o que acontece no lunar, mas a ordem dos corpos muda. No entanto, o solar parece ter um impacto maior, até porque, quando ele acontece, “anoitece” no meio do dia.

E nesse sábado, 14 de outubro, praticamente um bilhão de pessoas, sendo a maioria nos Estados Unidos, poderão ver a lua passando entre o sol e a Terra, gerando o chamado eclipse solar anular. Mas pessoas no Brasil também poderão ver esse anel de fogo, no caso, as que estiverem no norte e nordeste do país.

Nesse tipo de eclipse, o sol não é totalmente escondido pela lua. Isso acontece porque o nosso satélite natural está mais distante de nós e aparece menor do que o sol no céu. Assim, a lua consegue cobrir somente o centro do sol, deixando o conhecido “anel de fogo” para fora.

Especificamente no que irá acontecer esse sábado, a lua atingiu o seu apogeu, ponto mais distante da Terra, quatro dias antes, na terça-feira. Mas ela ainda estará longe o bastante para que o anel de fogo seja formado.

Essa distância da lua para a Terra varia porque sua órbita não é um círculo perfeito. Na realidade, ela é um pouco oval, em um formato de elipse. Então, conforme ela vai passando por esse trajeto em volta do nosso planeta todos os meses, essa distância varia entre 356.500 e 406.700 quilômetros, em seu ponto mais próximo e distante respectivamente.

Motivo

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O movimento da lua tem uma influência muito grande pela atração do sol e, em uma escala menor, pela força gravitacional dos planetas. Além disso, por conta dos efeitos das marés, ela está se afastando lentamente da Terra e ascendendo para uma órbita mais distante.

Conforme nosso satélite natural se afasta, o tamanho aparente dele diminui até que ela chegará em um ponto longe demais para conseguir cobrir o sol completamente.

De acordo com Jean Meeus, um meteorologista belga e astrônomo amador especializado em mecânica celeste, astronomia esférica e astronomia matemática, em seu livro “More Mathematical Astronomy Morsels”, de 2002, é duvidoso que a taxa de recessão atual da lua a partir da Terra continue constante. Se isso fosse verdade, seria necessário mais de um bilhão de anos para que os eclipses totais do sol se tornassem impossíveis.

Contudo, considerando o fato de que a forma da órbita da Terra varia com uma taxa mais rápida do que o aumento lento e gradual da distância da lua, o mais provável é que isso demore menos tempo para acontecer.

“Consequentemente, de 620 milhões a 1,21 bilhão de anos no futuro, haverá períodos durante os quais eclipses solares totais são alternadamente possíveis e impossíveis, até que finalmente se tornem impossíveis para sempre”, pontuou ele.

Eclipse

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Hoje tudo isso é sabido a respeito dos eclipses, como eles funcionam e até mesmo quando eles já não serão mais possíveis. Contudo, no passado esse conhecimento não existia. Por conta disso, povos antigos tentavam entender esse fenômeno do jeito que eles conseguiam. Nessa tentativa de explicar os eclipses que muitos mitos e lendas surgiram.

Jaguar faminto

O povo Inca tinha um conhecimento grande de astronomia, mas não previa os eclipses. Então eles tinham esse mito de que um jaguar faminto atacou e comeu a lua, por isso ela tinha a cor vermelho-sangue. Os Incas temiam que depois da lua, o lobo viria à Terra comer pessoas, então eles realizavam vários rituais para evitar que isso acontecesse.

Rei substituto

O povo da Mesopotâmia tinha uma capacidade razoável de prever os eclipses e para eles esse evento não era visto com bons olhos. Na visão deles, a lua estava sendo atacada por demônios, e eles faziam a relação do que acontecia no céu com o que acontecia na Terra. Como naquela época quem representava a Terra era o rei, eles achavam que o ataque era ao próprio rei. Como conseguiam prever quando o evento fosse acontecer, no dia do eclipse, o rei era substituído por um cidadão comum para que se houvesse um ataque, quem sofreria não seria o rei.

Curando a lua

Para os Hupas, uma tribo nativa da Califórnia, o eclipse também era sinal de que a lua estava sendo atacada. Eles acreditavam que a lua tinha 20 esposas e vários animais de estimação. Mas todos os animais eram ferozes como lobos e cobras e quando a lua esquecia de alimentá-los, eles a atacavam. A lua saia do seu sofrimento quando suas esposas iam ajudá-la. Os membros da tribo cantavam cantos ou orações para trazer a saúde de volta.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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