Curiosidades

Tratamento dentário pode curar cáries sem nenhuma obturação

0

cárie é a doença bucal mais conhecida sendo que, em algum momento da vida, todos provavelmente iram ter que enfrentar o problema. O fator intrigante sobre isso é que existem muitos causadores para a cárie, o que torna ainda mais difícil evitá-las. Além disso, estudos mostram que aproximadamente 2,4 bilhões de pessoas, em todo o mundo, possuam cáries não tratadas. O que mostra claramente a extensão do problema.

Contudo, os cientistas inventaram um produto que pode estimular o crescimento do esmalte dos dentes. Isso significa que pode finalmente poderíamos ter uma forma bastante revolucionária de tratar as cáries.

Os pesquisadores da Universidade de Washington anunciaram, em 2018, que estavam desenvolvendo um tratamento baseado em peptídeos, que são cadeias curtas de aminoácidos, conectados por ligações peptídicas que não são longas o suficiente para serem consideras proteínas completas.

Cárie

E quando esse produto foi aplicado nas lesões dentárias criadas artificialmente em laboratório, ele conseguiu remineralizar o esmalte o dente e “curar” efetivamente a lesão. “A remineralização guiada por peptídeos é uma alternativa saudável aos atuais cuidados de saúde dentária”, disse o cientista de materiais Mehmet Sarikaya.

O esmalte dentário é produzido por um tipo de célula chamada ameloblasto. Essas células secretam as proteínas que formam o esmalte enquanto o dente ainda está na gengiva. E depois que esse processo está pronto e o dente tenha saído da gengiva os ameloblastos morrem. Contudo, as pessoas continuam perdendo o esmalte do dente ao longo dos anos.

“As bactérias metabolizam açúcar e outros carboidratos fermentáveis ​​em ambientes orais e o ácido, como subproduto, desmineraliza o esmalte dentário”, disse Sami Dogan, pesquisador de odontologia.

E a saliva, pasta de dente com flúor e aditivos da água potável ajudam, em pequena quantidade, a remineralizar os dentes. Mas depois que existe uma cavidade visível no dente ela precisa ser tratada por um dentista. O tratamento geralmente é furar e tampar o buraco com uma obturação dentária.

Tratamento

No desenvolvimento desse novo tratamento, a equipe se voltou para uma das proteínas produzidas pelos ameloblastos, as chamadas amelogeninas. Essas proteínas tem um papel fundamental na regulação da formação do esmalte dentário.

Então, a equipe projetou peptídeos baseados nessa proteína e criou um tratamento com o peptídeo como sendo um ingrediente ativo. Os pesquisadores aplicaram esse peptídeo nas lesões dentárias em um ambiente de laboratório e descobriram que ele ajudava a formar uma nova camada mineralizada nas regiões afetadas e se integrava com o esmalte por baixo.

Eles também tentaram tratar as lesões com flúor, mas somente o tratamento com peptídeo teve como resultado a remineralização de uma camada  relativamente espessa. O que se parecia com a estrutura do esmalte saudável.

Observações

O próximo passo é levar esse produto para a clínica e fazer mais testes para ver como essa solução de peptídeo irá funcionar em pacientes reais. E ver se os resultados em pessoas reais será tão bom quanto os obtidos em laboratórios.

Mesmo que esse tratamento seja revolucionário, para as cáries mais profundas, que alcançam a camada de dentina embaixo do esmalte provavelmente ainda será preciso uma obturação.

Entretanto, os pesquisadores acreditam que o produto que eles criaram ainda pode ser vendido como fazendo parte da rotina dentária de cuidados com o dente, seja na forma de pasta de dente ou gel.

“As formulações habilitadas para peptídeos serão simples e serão implementadas em produtos de venda livre ou clínicos”, concluiu Sarikaya

Wagner Moura e outros 7 brasileiros são convidados para fazer parte da bancada do Oscar

Artigo anterior

Engenheiros criaram um robô inspirado nas baratas que não pode ser esmagado

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido