Lisa Murray-Lang, uma inglesa de 46 anos, planejou uma viagem com a família até o Havaí para espalhar as cinzas de Spud, o hamster de estimação dela falecido em março. O trajeto será de 11 mil quilômetros até o estado norte-americano.
Porém, o Havaí será apenas o destino final. A tutora de Spud também pretende passar por Kahanamoku Beach e Amsterdã, capital Holandesa apelidada por ela de “Hamsterdam”.
Lang destinou 3.500 libras, o equivalente a R$ 21 mil, para a viagem.
Cenários turísticos para o hamster
Durante o período de isolamento social, devido à pandemia de covid-19, Lisa e a família montaram diversos cenários turísticos com papelão em casa para o hamster visitar. Entre os locais famosos estão Londres, Paris e Havaí, o preferido do roedor.
“O cenário do Havaí sempre foi o favorito de Spud. Ele adorava a areia, especialmente porque era inverno e estávamos todos cercados de neve na época”, disse à imprensa britânica.
De acordo com Murray, viajar é a melhor forma de se despedir do hamster de três anos. “É a despedida perfeita para ele. Finalmente, Spud terá férias de verdade pela primeira vez”, disse.
Lisa também contou à imprensa o que pretende fazer ao chegar ao destino final. “Vamos levá-lo [as cinzas] para a praia e tocar a música I Was Here, de Beyoncé, enquanto espalhamos suas cinzas e deixamos uma mensagem na areia dizendo: ‘Spud visitou’”.
A tutora ainda afirmou que o hamster foi um suporte emocional muito importante durante o período de distanciamento social.
“Ele realmente nos deu um motivo para sair da cama de manhã, principalmente durante o isolamento, quando o trabalho parou. Ele era uma verdadeira parte da família”, concluiu.
Pesquisa mostra que os roedores fazem sucesso como pets
Mesmo sendo menos comuns que os cachorros e gatos, os roedores se tornaram companheiros mais presentes nos lares brasileiros.
De acordo com a última estimativa do IBGE, em 2018, foram contabilizados cerca de 2,3 milhões de répteis e pequenos mamíferos de estimação — os roedores fazem parte desse último grupo.
Conhecidos como animais fofos e inteligentes, os roedores podem se adaptar a pequenos espaços e criar laços com diversos perfis de tutores.
Segundo a Portaria nº 93 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as seis espécies de roedores que podem viver em casa são camundongos, chinchilas, porquinhos-da-índia, hamsters, ratazanas e ratos.
Para que outras espécies possam viver em casa são exigidas licenças expedidas pelo Ibama atestando que o local é adequado para o animal.
Os roedores mais populares são os hamsters, chinchilas e porquinhos-da-índia, de acordo com o médico veterinário Matheus Krüger, da Exotic Life, clínica veterinária exclusiva para animais silvestres e exóticos.
Além disso, muitas pessoas criam os também conhecidos como esquilo-da-mongólia ou gerbil, e os ratos mercol ou twister. Eles também podem ser chamados de “ratos de laboratório”, já que costumam ser utilizados em experimentos científicos.
Vantagens
Ao Correio Braziliense, a bióloga e médica veterinária Karolina Vitorino, da clínica Mundo Silvestre, disse que “o que percebemos que motiva os tutores a terem roedores é, sobretudo, a praticidade”.
Em resumo, eles exigem um manejo que parece mais fácil e costumam depender de menos cuidados, como passeios.
Além disso, os roedores não provocam alguns transtornos, como latidos, que podem gerar problemas com vizinhos.
Outro ponto de destaque é que os roedores demandam um espaço menor em casa, já que costumam precisar apenas de gaiolas e outros recintos reduzidos. “Você pode criar um hamster em uma gaiola relativamente pequena, que é um espaço inadequado para um cachorro, mas que, para o hamster, será um palácio”, compara Karolina.
Além disso, a maioria dos roedores tem hábitos noturnos e, com as rotinas intensas, muitas vezes esse é o tempo que os tutores têm para interagir e cuidar dos animais.
Fonte: Metrópoles, Correio Braziliense
Comentários