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Uma arma nuclear poderia parar um furacão?

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O primeiro contato com armas nucleares foi com a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Até o momento, o homem não tinha tido nenhum contato com o tamanho e poder desse tipo de arma. Elas tem o poder de destruir o mundo todo com apenas um apertar de botão.

Forças da natureza também tem o poder de destruir os lugares onde passam. E em uma lógica que parece simples, uma arma nuclear com certeza seria mais forte do que um furacão, por exemplo. Mas será que usá-las para parar um furacão é uma boa ideia?

Não! Isso não é uma boa ideia, de acordo com uma agência científica dos Estados Unidos. Essa questão foi levantada porque o presidente dos EUA, Donald Trump, estava cogitando essa opção.
Segundo o site de notícias Axios, Trump perguntou a várias autoridades de segurança nacional sobre essa possibilidade. E a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) disse que se isso fosse feito os resultados seriam totalmente devastadores. Mas Trump negou que tenha sugerido isso.

Furacões

A Costa Leste dos EUA, geralmente, é bastante afetada pelos furacões e isso acaba provocando vários danos. E por mais absurda que a ideia possa parecer, não foi a primeira vez que ela foi considerada.

Ainda segundo o Axios, Trump teria perguntado o porquê os EUA não conseguiriam jogar uma bomba no olho da tempestade e impedi-la de chegar ao continente. A NOAA respondeu que usar armas nucleares em um furacão “pode ​​até não alterar a tempestade e que a precipitação radioativa se moveria rapidamente com os ventos alísios para afetar áreas terrestres”.

O que dificulta usar explosivos para mudar os furacões é a quantidade de energia. A liberação de calor de um furacão equivale a de uma bomba nuclear de 10 megatrons que explode a cada 20 minutos.

E por mais que a energia mecânica de uma bomba esteja mais próxima da tempestade “a tarefa de concentrar até metade da energia em um ponto no meio de um oceano remoto seria formidável”, ressalta a NOAA.

“Atacar ondas tropicais fracas ou depressões antes que elas tenham a chance de se transformar em furacões também não é promissor. Cerca de 80 desses distúrbios se formam a cada ano na bacia do Atlântico, mas apenas cerca de cinco se tornam furacões em um ano típico. Não há como saber com antecedência quais deles irão se desenvolver”, ressalta.

Ideia

Essa ideia exite desde os anos 1950. E a sugestão foi dada, originalmente, feita por um cientista do governo. Em 1961, em um discurso do National Press Club, Francis Riechelderfer que era o chefe do US Weather Bureau disse que poderia “imaginar a possibilidade de um dia explodir uma bomba nuclear em um furacão no mar”.

E essa ideia sempre volta a ser discutida durante a temporada de furacões. Segundo Sharon Squassoni, professora da Universidade George Washington, a ideia é derivada do Programa Ploughshares dos anos 1950 que é uma lista de usos estranhos para armas nucleares.

Os EUA já explodiram 31 ogivas em 27 testes em quase 20 anos. Os testes eram feitos para ver se o arsenal poderia ser usado para escavar canais ou minas ou criar um porto para os navios.

Mas à medida que os perigos da radiação ficaram mais claros, essa noção foi abandonada. Mas ideias loucas continuaram a ser lançadas. Tanto que fizeram um evento no Facebook pedindo que “abatassem” o furacão Irma, em 2017.

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