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Vacina contra dengue é aprovada pela Anvisa

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A dengue é um dos principais problemas de saúde pública do mundo. A doença febril aguda é causada por um vírus e seu principal vetor de transmissão é o famoso mosquito Aedes aegypti. A doença tem quatro tipos porque o transmissor dela tem quatro sorotipos diferentes. São eles: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Em nosso país, já foram encontrados todos esses tipos de dengue.

Por conta disso, a doença sempre foi uma preocupação no Brasil. Felizmente, os estudos não pararam de ser feitos e grandes avanços foram feitos. Tanto é que, na última quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma vacina contra a dengue.

Vacina contra dengue

Folha do Estado

Essa nova vacina foi feita pela Takeda Pharma Ltda, uma empresa japonesa. Ela se chama Qdenga e é feita por quatro tipos do vírus, o que faz com que sua proteção contra a doença seja maior.

Esse imunizante é dado em duas doses com um intervalo de três meses entre elas. E de acordo com a avaliação clínica, a eficácia dessa vacina foi de 80,2%. Segundo os estudos, a proteção que ela dá contra a dengue vale por 12 meses depois que a pessoa tomou as duas doses. Além disso, a vacina também conseguiu diminuir a hospitalização das pessoas em 90%.

De acordo com a Anvisa, as pessoas que podem tomar essa vacina são crianças de quatro anos até adultos de 60. Agora que a vacina foi aprovada, a Takeda Pharma Ltda pode comercializá-la. Depois que a aprovação foi feita, até o momento o Ministério da Saúde não disse se vai ou não colocá-la na rede pública.

Estudo

Infosaj

Essa aprovação é um grande marco porque essa foi a primeira vacina aprovada para ser aplicada em pessoas que nunca tiveram dengue. Isso porque, em 2015, a DengVaxia, vacina da Sanofi, foi aprovada. Contudo, essa vacina era indicada para aqueles que já tinham tido algum dos subtipos de dengue. A restrição acontecia porque a DengVaxia podia agravar o quadro de uma pessoa que pegasse dengue pela primeira vez.

Além da vacina da Takeda Pharma Ltda, o Instituto Butantan está trabalhando em uma vacina. Esses estudos começaram há mais de uma década e agora estão em sua fase final. O imunizante se chama Butantan-DV e teve uma eficácia de 79,6%. Os estudos vão até o ano que vem quando os voluntário terão sido acompanhados por cinco anos.

E no caso da Qdenga, não apenas o Brasil autorizou o seu uso. Em dezembro do ano passado, a European Medicines Agency, que é a “Anvisa” europeia, também autorizou o imunizante por lá.

Tipos

Águas Claras mídia

Como dito, a dengue tem suas diferenças. Por conta disso, ela pode se manifestar no organismo das pessoas contaminadas de três maneiras.

Dengue Clássica: A dengue clássica é a forma mais leve da doença e muitas vezes é confundida com a gripe. Os sintomas são febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, entre outros. A dengue clássica pode durar de 5 a 7 dias.

Dengue hemorrágica: A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue tem a sua coagulação sanguínea alterada. Se a doença não for tratada rápido, ela pode levar à morte.

A dengue hemorrágica costuma ser mais comum quando a pessoa é infectada pela segunda ou terceira vez. No início, os sintomas são parecidos com os da dengue clássica, mas após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias. Além disso, ocorre uma queda na pressão arterial, podendo gerar tonturas e quedas.

Síndrome de choque de dengue: A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue. Trata-se de uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhada de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode ter várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência do fígado e hemorragia digestiva. A síndrome de choque da dengue não tratada pode levar à morte.

Perigo

Wikipedia

Esses imunizantes são um importante passo no combate da doença. Até porque, de acordo um estudo publicado pela revista Nature Microbiology, a doença será uma epidemia global em 2080. Segundo os pesquisadores, 6,1 milhões de pessoas do mundo correrão o risco de contrair dengue no período, o que equivale a 60% da população. Esse aumento nos casos tem dois fatores. O primeiro é o crescimento da população e o segundo, o aquecimento global.

Dos lugares mais prejudicados, a América do Sul está entre eles junto com a África central e sudeste asiático. Isso porque esses lugares são considerados áreas endêmicas. Logicamente, os países que têm um número elevado de casos serão os mais afetados.

Nesses lugares a população tende a crescer. E o calor sendo maior por períodos de tempo mais longos ajudará na manifestação de casos. De acordo com os pesquisadores, a única maneira de tentar barrar esse aumento de casos é fazer mais iniciativas para combater o aquecimento global. Esse caso pode ser menos aterrorizante se forem feitos avanços científicos para tratar a doença.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Folha do Estado, Infosaj, Águas Claras mídia, Wikipedia

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