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Vendas de carros 0km batem recorde em julho

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O carro moderno nasceu em 1886 quando Karl Benz patenteou seu Benz Patent-Motorwagen. Desde então, os carros se modernizaram com o tempo para atender às novas necessidades dos consumidores. E independentemente do modelo, o que muitas pessoas desejam é que o seu carro seja zero quilômetro, ou seja, um carro novo.

Contudo, ter um carro novo no Brasil já não é mais uma coisa tão fácil. Até porque os preços pelos veículos nunca rodados têm uma base já muito alta. No entanto, graças ao programa de incentivos do governo para que o carro popular voltasse ao país com um preço realmente popular, o mês de julho foi o melhor desse ano com relação às vendas de carros zero quilômetro.

Recorde de vendas

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Essa informação foi divulgada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Segundo ela, 215.711 novos carros foram vendidos durante o mês, o que foi 20% a mais do que o total de vendas em julho, 179.685. Além disso, foram 27,5% mais do que os emplacamentos vistos entre primeiro e 31 de julho do ano passado.

Ainda conforme a Fenabrave, o número de vendas visto em veículos leves em julho desse ano foi o melhor registrado desde dezembro de 2020. Ele também foi o 10° melhor visto para o mês na história do ranking.

Outro recorde foi estabelecido com as vendas de carros novos em julho desse ano. Até o momento, março tinha sido o melhor mês, tendo tido 186.574 veículos vendidos. E José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, disse em uma coletiva de imprensa que o número grande de vendas de automóveis novos se deve aos descontos oferecidos para os carros que custam até R$ 120 mil.

“De forma efetiva para autos e leves, a iniciativa, aliada aos descontos oferecidos pelas montadoras e suas redes de concessionárias, além das taxas especiais dos bancos das fabricantes, aqueceu o mercado automotivo, que enfrenta um ano desafiador, em função da perda do poder de compra da população e da alta seletividade de crédito por parte das instituições financeiras”, disse ele.

Carros novos

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Por mais que o programa de incentivos do Governo Federal tenha ajudado na venda dos carros zero quilômetro, a Fenabrave quer que o mercado continue aquecido. Para isso, de acordo com José Maurício, é preciso elevar a oferta de créditos para que o consumidor tenha o conhecido poder de compra.

“O desafio, a partir de agora, é encontrar formas para manter este mercado aquecido, e o crédito é um dos principais desafios. Por isso, a Fenabrave acredita ser necessária a criação de um plano sustentado de recuperação do setor automotivo que não seja temporário e não envolva perda de arrecadação de impostos. A ideia é ter mecanismos de crédito que permitam ao consumidor readquirir poder de compra”, pontuou.

Preço

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De acordo com um levantamento feito pela JATO Dynamics, a média de preço por um carro zero quilômetros no nosso país é de R$ 141.487,61. Esse valor teve uma alta de 90% nos últimos cinco anos. A alta é vista em todas as categorias, inclusive nos carros ditos “populares”. Tanto é que recentemente até o presidente Lula fez críticas, dizendo que um carro popular “não pode custar R$ 90 mil”.

Contudo, o próprio Governo Federal descartou a possibilidade de o carro popular voltar com modelos de R$ 50 mil. A realidade trabalhada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) é que essa categoria tenha uma faixa de preço mais perto dos R$ 60 mil. Para isso realmente acontecer, eles contam com vários subsídios e até mesmo com a ajuda dos estados.

De acordo com uma apuração feita pelo Estadão, o ministro Geraldo Alckmin está correndo contra o tempo para fechar um pacote de medidas que possibilitará que o carro fique mais barato, ou pelo menos, menos caro. A previsão é de que seja anunciado o pacote no dia 25 de maio durante um evento na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) para o Dia da Indústria.

Dentre as possibilidades para que o preço dos veículos chegue aos R$ 60 mil estão: o uso do FGTS como garantia no caso de inadimplência, corte de impostos, subsídio do governo nos juros do financiamento e uma simplificação dos carros populares.

Mesmo que isso pareça ser algo bom e que realmente irá acontecer, o projeto não é algo novo. As pessoas que têm mais de 35 anos podem se lembrar do chamado “Fusca do Itamar”, que era uma versão do Fusca lançada em um projeto parecido para que a indústria nacional fosse estimulada no começo dos anos 1990.

O modelo tinha os itens básicos, mas também sofria por não ter algumas coisas essenciais, como por exemplo, o retrovisor direito. A versão do Fusca não foi totalmente errada, visto que funcionou com o propósito de estímulo. Contudo, pouco tempo depois ele foi descontinuado. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), na época, o carro custava R$ 7,5 mil e tinha um Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de somente 0,1%. Colocando nas condições atuais, esse modelo custaria R$ 80 mil.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech

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