Vereadora homossexual é agarrada e beijada por vereador em SC

Recentemente uma vereadora de Florianópolis foi agarrada à força e beijada por um vereador de Santa Catarina. O caso chamou a atenção de pessoas não somente do Brasil, mas do mundo inteiro devido à falta de profissionalismo, a falta de respeito pelo espaço do outro e, é claro, foram levantadas questões importantes como machismo e assédio.

Infelizmente casos assim não são novidades no Brasil, onde diversas repórteres já foram claramente assediadas enquanto faziam algum trabalho de campo. Os casos que conhecemos aconteceram em frente às câmeras, logo imaginamos que por trás aconteçam situações muito piores.

Carla Ayres, a vereadora cujo espaço foi invadido na Câmara Municipal no sul do país, ficou indignada com todo o ocorrido. Confira conosco mais detalhes sobre o ocorrido.

Vereadora lésbica é agarrada e beijada à força por vereador

Carla Ayres, do PT, se manifestou na última quinta-feira (8 de dezembro) sobre o ocorrido. Ela não autoriza ou justifica, de forma alguma, o assédio que sofre uma Câmara Municipal. Tudo aconteceu quando os vereadores falavam sobre uma proposta no plenário. Na ocasião, Carla foi agarrada à força e, não bastando, beijada por Marquinhos da Silva, vereador pelo PSC.

Vídeo mostra vereadora abraçada e beijada à força em sessão da Câmara em Santa Catarina.

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— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) December 8, 2022

“Nada autoriza ou justifica essa postura do vereador”, disse ela durante uma entrevista à CNN Brasil. “É uma liberdade que expressa, na verdade, como o machismo se manifesta e autoriza os homens a usarem gestos desse tipo para cima das mulheres. Ele não é meu amigo, pai, tio, namorado”, completou.

Para Carla, a situação é um pouco mais delicada por ser lésbica. “Todo mundo sabe disso, e isso torna ainda mais violento, indecoroso e nojento, para dizer o mínimo”, disse. Carla revelou que entrou em contato com sua advogada e que acionará o Conselho de Ética da Câmara, além de exigir medidas cabíveis. Além disso, está estudando outras providências que ultrapassam a casa legislativa, nas áreas cível e criminal.

“Essa suporta brincadeira é extremamente violenta e constrangedora, porque estava transmitindo ao vivo”, contou Carla. A Câmara Municipal disse que “repudia todo e qualquer ato e reafirma sua atuação no combate contínuo de toda e qualquer ação de violência contra as mulheres” que “sobre o caso denunciado, tão logo o processo chegue à Mesa Diretora, será realizada a apuração dos fatos seguindo os ritos administrativos disciplinares desta Casa Legislativa”.

Pronunciamento do vereador Marquinhos

“Reconheço meu erro em abordar a vereadora de maneira inconveniente, sem a sua autorização, e diante disso peço minhas sinceras desculpas a ela e a todas as mulheres que se sentiram ofendidas pelo meu ato. Ressalto que em nenhum momento agi de maneira má-intencionada, porém, fui infeliz em invadir o seu espaço”, publicou nas redes sociais.

Repórter da ESPN assediada no Rio de Janeiro

Jessica Dias, uma repórter da CNN, foi assediada durante uma cobertura nos arredores do Maracanã, no Rio de Janeiro. O caso aconteceu antes do grande jogo entre o Flamengo e Vélez Sarsfield, da Argentina, na semifinal da Libertadores. Na ocasião, Marcelo Benevides, torcedor flamenguista, foi detido e levado para prestar depoimento.

Durante uma passagem ao vivo, os torcedores brasileiros estavam cantando as músicas do clube quando, de repente, um deles deu um beijo na repórter. Em seguida, ele deixa o quadro de imagem, deixando a jornalista totalmente desconfortável.

Ao voltar para o estúdio, Marcela Rafael, apresentadora do “SportsCenter”, prestou solidariedade à repórter assediada. “A torcida estava tão legal e aí vem um palhaço e termina desse jeito o nosso SportsCenter. Jessica, eu sinto muito”, disse. “Eu sei o que é isso porque já passei muito por isso”, completou.

Fontes: Catraca Livre; UOL