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Vida extraterrestre: nova descoberta pode mudar busca

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Desde que o mundo é mundo, os primeiros humanos já eram fascinados pelo céu e pelos astros que eram vistos. Conforme a tecnologia foi avançando e o pensamento científico também foi sendo mais elaborado, o encanto pelo espaço e pelos ambientes, ao redor do universo, aumentou ainda mais. É claro que, com o fascínio pelo espaço e com o aumento de recursos, a expectativa pela possibilidade de existir vida fora da Terra também cresceu.

Logicamente para que a vida complexa exista em outro lugar é preciso vários fatores. Assim, quando os cientistas procuram em outras galáxias, baseiam-se no que sabem. Tanto é que, até o momento, conhece-se apenas um planeta que tenha vida: o nosso.

Por isso que se procura planetas parecidos com a Terra e que estão em uma faixa de distância específica da sua estrela hospedeira para que eles possam ter temperaturas habitáveis. Contudo, um grupo de pesquisadores descobriu algo a respeito de algumas estrelas pequenas que podem mudar a forma como a busca por vida extraterrestre é feita.

Descoberta

Universe magazine

Eles viram que o campo magnético delas é extremamente forte, o que faz com que elas não sejam hospedeiras ideais para mundos que sejam habitáveis. O estudo feito por eles sugere que os campos magnéticos inesperados surgem em volta de estrelas pequenas e frias que começam com uma superfície e um núcleo que giram na mesma velocidade, mas que conforme o tempo vai passando, ficam fora de sincronia.

O entendido pelos astrônomos era que em estrelas com massas menores que o sol, seu magnetismo trabalhava da mesma maneira, independentemente de como elas giravam, se mais ou menos rápido. Por conta disso, teorizou-se que as estrelas pequenas tinham campos magnéticos fracos.

Contudo, através de análise de manchas estelares vistas em 136 estrelas do aglomerado Beehive, ou Messier 44, que está a 610 anos-luz de nós, os pesquisadores caracterizaram suas atividades magnéticas. Como resultado, eles viram que os campos magnéticos eram mais fortes do que o esperado.

“Estamos encontrando evidências de que existe um tipo diferente de mecanismo de dínamo que impulsiona o magnetismo dessas estrelas. A próxima coisa a fazer é verificar se o magnetismo aprimorado ocorre em uma escala muito maior. Se pudermos entender o que está acontecendo no interior dessas estrelas à medida que elas experimentam o magnetismo aprimorado, isso levará a ciência a uma nova direção”, disse Lyra Cao, líder do estudo e graduanda de astronomia.

Mudança

Science ABC

Com essa descoberta, os rumos da procura por vida extraterrestre muda totalmente. Isso porque as atividades magnéticas fracas sugerem que as estrelas têm mais chances de hospedar exoplanetas habitáveis, contudo, o magnetismo forte que foi descoberto recentemente nas pequenas estrelas pode mudar a situação.

Até porque, normalmente, um campo magnético forte é acompanhado de taxas de radiação altas que são liberadas em torno da estrela e podem durar bilhões de anos. Então, quando essa atividade atinge os planetas, ela pode acabar com a possibilidade de que exista vida no local, já que evapora a água líquida, e impede que moléculas orgânicas complexas sejam formadas, coisas que são ingredientes principais para que a vida surja.

Vida extraterrestre

Universe today

Além dessa descoberta recente, outra feita em 2022 também mudou a forma como a vida fora da Terra é procurada. Em 2018, os astrônomos identificaram um novo exoplaneta a 66,5 anos-luz da Terra. Ele é parecido com nosso planeta e orbita uma anã vermelha, que é o tipo de estrela mais comum no universo. Contudo, os cientistas fizeram uma outra descoberta. Eles viram que o exoplaneta parece não ter nenhuma atmosfera, o que pode causar uma grande mudança na busca por vida em outros planetas.

Por conta de as anãs vermelhas serem tão comuns, essa nova descoberta feita significa que um número grande de planetas que orbitam essas estrelas também pode não ter atmosferas. Ou seja, é improvável que eles tenham condições de abrigar seres vivos.

O exoplaneta em questão é o chamado GJ 1252b e orbita sua estrela duas vezes durante o tempo de um único dia na Terra. Por conta de ele estar bem mais próximo da sua estrela do que o nosso planeta, ele é extremamente quente e inóspito.

“A pressão da radiação da estrela é imensa, o suficiente para destruir a atmosfera de um planeta”, disse Michelle Hill, astrofísica da Universidade da Califórnia Riverside e coautora do estudo.

Mesmo que a Terra também perca parte da sua atmosfera no decorrer do tempo por conta do sol, as emissões vulcânicas e outros processos de ciclo de carbono fazem com que essa perda seja quase imperceptível, já que elas ajudam a repor o que foi perdido.

Contudo, com uma proximidade maior de uma estrela, um planeta não pode continuar repondo a atmosfera perdida. No nosso sistema solar isso acontece com Mercúrio, que por mais que tenha uma atmosfera, esta é extremamente fina.

Entretanto, os cientistas dizem que essa descoberta não significa que as chances de encontrar vida extraterrestre diminuíram. “Existem cinco mil estrelas na vizinhança solar da Terra, a maioria delas anãs vermelhas. Mesmo que os planetas que os orbitam possam ser totalmente descartados, ainda existem cerca de mil estrelas semelhantes ao Sol que podem ser habitáveis”, disseram os pesquisadores.

Fonte: Olhar digital,  History

Imagens: Universe today, Universe magazine, Science ABC

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