Curiosidades

Vinil supera CDs em vendas pela primeira vez em décadas

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É basicamente impossível imaginar um mundo em que não haja músicas. E felizmente hoje em dia nós conseguimos escutá-las em praticamente todo lugar através das plataformas de áudio. No entanto, ainda existem pessoas que gostam de tê-las em mãos, ou seja, ter o CD ou até mesmo o vinil de determinado álbum.

De alguns anos para cá o vinil voltou a ser um objeto de desejo das pessoas. Tanto é que vários artistas começaram a lançar seus álbuns físicos também nesse formato. Para muitas pessoas essa popularidade seria uma coisa passageira, mas a realidade não parece ser essa.

Isso pode ser provado pelo relatório anual de receita da Recording Industry Association of America, ou Associação da Indústria Fonográfica dos Estados Unidos (RIAA). De acordo com ele, em 2022, as vendas de vinil foram maiores do que as de CDs nos Estados Unidos. Esse feito não era visto desde 1987.

Discos de vinil

Olhar digital

Colocando em números, depois de 36 anos, apenas nos Estados Unidos foram vendidos 41 milhões de discos de vinil em comparação com 33 milhões de CDs. Isso mostra que o número de pessoas que querem consumir mídias físicas está aumentando cada vez mais. Ao mesmo tempo, o consumo de músicas através das plataformas de áudio tem tido uma queda considerável.

Ainda de acordo com o relatório, esse aumento na venda de discos vinil foi considerável nos últimos 16 anos. E somente nos Estados Unidos eles são 71% de toda a receita musical que é comercializada de forma física.

Outro ponto que o relatório mostra, para ressaltar o crescimento e impacto das vendas de discos de vinil é que, todas as mídias tiveram um aumento de 4% de 2021 para 2022, totalizando 1,7 bilhão de dólares, enquanto que somente o vinil é responsável por 1,2 bilhão de dólares. Isso mostra que o aumento foi de 17% de um ano para o outro.

Funcionamento

Zona curva

Os discos de vinil viram suas vendas aumentarem no ano passado. Há quem diga que é pela melhor qualidade do som, ou até mesmo para resgatar uma nostalgia. Seja como for, essa mídia física voltou para o gosto popular. No entanto, não são todas as pessoas que sabem como um vinil funciona.

Primeiro, para que um disco de vinil seja produzido é preciso várias etapas. A primeira delas é a gravação da música feita em estúdio ser armazenada analogicamente em fita, ou digitalmente em um HD. Depois disso, na fábrica de vinis, uma máquina grava esse conteúdo em um disco de alumínio polido, revestido com uma resina chamada laca. Essa “gravação” faz ranhuras nesse material.

Essas ranhuras, na realidade, são ondas sonoras impressas. A priori, pode parecer estranho que uma música toda caiba em uma única onda. Contudo, a impressão de duas ondas separadas que se complementam é mais comum. Elas são chamadas de estéreo. Como as ranhuras vistas no vinil são em V, cada onda é impressa de um lado.

Depois disso, o disco de alumínio é banhado com prata e níquel para formar uma camada metálica que fica separada do disco original. Essa camada se chama máster metálico. Ela funciona como um molde para produzir os discos de vinil em escala industrial.

Para isso, ele é colocado em máquinas que aplicam uma força de 100 toneladas sobre discos de PVC derretido, gravando os vinis. Isso leva menos de 30 segundos para ser feito.

Com o vinil em mãos, é preciso de um toca discos, também chamado de vitrola, para reproduzi-lo. Ele tem uma base com um prato circular e um pino no centro para segurar o vinil. Essa base gira através de uma correia propulsora e um motor elétrico que faz o disco rodar em sentido horário.

A agulha que se coloca em cima do vinil é feita de um material bem resistente, podendo ser safira ou diamante, por exemplo. Ela tem o formato de um cone e é ela que “lê” as ranhuras no vinil.

Conforme o vinil vai girando, a ponta da agulha vai percorrendo essas ranhuras gravadas nele e vibrando de acordo com o relevo microscópico. Com isso, as vibrações feitas pela agulha vão até a cápsula fonocaptora, na ponta do braço que a segura.

Nesse local existe um imã e um bobina. Assim, quando as vibrações fazem o ímã se mover, elas interferem no campo magnético gerado por ele, transformando a energia mecânica em sinais elétricos, que passam pela bobina e viajam pelos fios ao longo do braço.

Por fim, quando a música vai sair no alto-falante o processo é o contrário. Ou seja, o sinal elétrico passa pela bobina em corrente alternada, gerando um campo magnético que é atraído e repelido pelo ímã muitas vezes por segundo.

Como resultado, o movimento faz com que o diafragma, uma estrutura côncava de plástico ou papel, vibre. Por sua vez, ele faz vibrar o ar e cria as ondas de som. Assim o vinil funciona.

Fonte: Olhar digital, Superinteressante

Imagens: Zona curva, Olhar digital

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