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Você seria bruxa? Saiba coisas que faziam mulheres serem condenadas à morte

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Na Idade Média, durante aproximadamente quatro séculos, a Igreja liderou uma grande investida contra mulheres que de alguma forma haviam ferido as expectativas sociais, políticas ou religiosas. E hoje o termo caça às bruxas diz espeito especificamente à perseguição sistemática contra algum grupo.

As mulheres foram o grupo mais acusado de praticar feitiçaria. Hoje em dia, calcula-se que elas representavam 80% de todos os denunciados. E o Tribunal do Santo Ofício, também conhecido como Inquisição, usava argumentos misóginos para perseguir, torturar e matar mulheres.

O júri que as julgava só tinha pessoas que acreditavam em bruxaria. Por conta disso, na maioria dos casos, eles decidiam que a mulher era culpada por ser bruxa e a condenavam à morte, fosse ela na forca, na fogueira, por decapitação ou esmagamento com pedras.

Em 1486, o livro “Malleus Maleficarum”, “O martelo das feiticeiras” traduzido, foi escrito pelo inquisidor alemão Heinrich Kramer. A obra teve aprovação do papa e, em 1520 já tinha 14 reedições.

O livro era usado como um manual para identificar bruxas e suas possíveis atividades, como por exemplo, transar com o demônio, seduzir homens adormecidos, se transformar em animais e comer criancinhas vivas. Mas na realidade, ele era nada menos do que um tratado contra o gênero feminino.

Razões para ser tida como bruxa

Aventuras na história

As razões que eram usadas para acusar uma pessoa de bruxaria faziam com que praticamente qualquer mulher fosse lançada na fogueira. Saiba quais eram elas.

1 – Mais leve que a bíblia

Uma das formas de identificar uma bruxa era colocá-la em um prato de uma balança grande. Do outro lado era colocado uma bíblia gigante. Então, se a mulher pesasse menos do que a bíblia, o que normalmente era o caso, ela era acusada por ter uma “leveza sobrenatural”.

2 – Sinais corporais

Outra forma de identificação era a procura por “marcas do diabo”. Elas podiam ser os mais variados sinais corporais, como por exemplo, pintas, marcas de nascença, cicatrizes, entre outras. De acordo com o que eles acreditavam, existiam sinais invisíveis no corpo das mulheres que eram insensíveis à dor e também não iriam sangrar. Por isso que eles espetavam as mulheres com agulhas e as cortavam com estiletes para provar sua tese.

3 – Mamilos assimétricos

Se a mulher tivesse um mamilo muito diferente do outro isso também era tido como um traço maligno porque teria sido o diabo que teria sugado em seu seio. Contudo, hoje em dia é sabido que a maior parte das mulheres tem um seio diferente do outro.

4 – Clitóris

Em 1593, um inquisidor que era médico relatou, pela primeira vez, a existência do clitóris. Enquanto ele observava uma mulher acusada de ser bruxa ele descreveu o órgão como o “bico do seio do diabo”.

Na Idade Média, o clitóris foi acusado de ser responsável pelo lesbianismo, cegueira e pelo desequilíbrio mental. E quando ele era “achado” por algum inquisidor isso servia como “prova” de que a mulher era ligada com a bruxaria.

5 – Liberdade

Quem era perseguida tinha um perfil claro. Eram mulheres livres, principalmente as que eram sexualmente livres, e que não tinham um papel definido na sociedade. Em outras palavras, as solteiras, viúvas, órfãs solitárias, camponesas, idosas, parteiras, adúlteras e prostitutas.

Como essas mulheres não tinham a “defesa e a proteção de um pai, de um irmão ou de um marido” elas acabavam sendo alvos fáceis para os caçadores de bruxas. Isso fez com que elas se tornassem vítimas do processo de “higienização” que acabou colocando a culpa por mortes de crianças, desaparecimentos de rebanhos e pragas nas plantações, em mulheres que não eram benquistas.

Nessa época foi que surgiu a ideia de que existe uma santa e uma bruxa, ou seja, uma mulher para casar e uma para fazer sexo.

Fonte: UOL

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