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7 coisas que arruinaram Game of Thrones antes mesmo do final

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Planejada por David Benioff e D.B. Weis, a partir dos livros de George R. R. Martin, a série Game of Thrones chegou ao fim no último domingo. Ao todo, foram oito temporadas e 73 episódios que mudaram a história da televisão americana. Nenhuma outra série da atualidade teve tanto impacto cultural como a produção da HBO. Mesmo quem nunca viu, já ouviu falar. Não por menos, seu fim era um dos eventos mais aguardados do ano.

Lamentável, porém, constatar que Game of Thrones foi arruinada logo em sua última temporada. A série não era mais a mesma desde o sexto ano, mesmo assim, ainda se esforçava para se manter fiel às origens. Algo que Benioff e Weiss esqueceram por completo ao sentarem para escrever a oitava temporada. Abaixo, comentamos alguns pontos que tornaram o fim de Game of Thrones decepcionante antes mesmo do último episódio.

1 – Ausência de intriga política

Sim, Game of Thrones sempre teve diversas batalhas. Embora algumas maiores que outras, elas faziam parta da história. No entanto, o que movia de verdade a narrativa, era todo a política por trás das intenções dos personagens. O “jogo dos tronos” não acontecia em um campo aberto com exércitos se enfrentando. Antes de chegar a essa parte, tudo era muito bem planejado com reuniões e muito conversa. Algumas secretas, outras formadas por conselhos.

Tudo na série ocorria em volta da política. As tramas eram como um tabuleiro de xadrez, no qual as nobres famílias controlavam as peças. Basicamente, o único momento da última temporada que resgatou o significa Game of Thrones foi a conversa de Tyrion e Varys sobre a verdadeira identidade de Jon Snow.

2 – Ritmo desajustado

O último ano da série mais pareceu uma tentativa de Benioff e Weiss de condensar três temporadas em uma. Para o bem ou para o mal, Game of Thrones seguiu o ritmo dos livros de Martin desde o começo. Ou seja, o desenvolvimento das tramas e personagens foi lento e permaneceu assim por cinco anos.

O fim do material base não é desculpa para apressar uma narrativa com estrutura estabelecida há anos. Fizessem mais episódios e/ou mais temporadas para, dessa forma, trabalhar melhor a história. No final, Game of Thrones pareceu ser outra série justamente pelo ritmo desorientado empregado logo no início da oitava temporada.

3 – A tirania de Daenerys Targaryen

Durante sete temporadas, Daenerys matou muito e com apenas um objetivo em mente: chegar no Trono de Ferro. Contudo, ninguém se importa quando pessoas ruins morrem. Quem chamaria o Justiceiro de louco por encher o corpo de criminosos com balas? Claro, há controvérsias quanto as atitudes de ambos personagens. O problema com Daenerys, na oitava temporada, foi tentar pintá-la como tirana de repente. Embora houvesse indícios em temporadas passadas, estes não foram suficientes para a audiência questionar sua moralidade.

Benioff e Weiss precisavam ter colocado a personagem no limite. Daenerys precisava ter cruzado a linha muito antes da última temporada. Ter perdido a razão e aliados muito antes do penúltimo episódio da série. Ao invés disso, suas ações acumularam admiradores, seguidores e aliados. Tudo isso para ser perdido em questão de minutos porque não havia tempo para mais nada.

4 – O retrocesso de Jaime Lennister

Vários personagens tiveram ótimo desenvolvimento na série. E no fim, boa parte deles se manteve fiel a sua evolução. Infelizmente, não podemos dizer o mesmo de Jaime Lennister. O homem começou a história como um mero regente real, amante de sua irmã e com pinta de Príncipe Encantado. Foi ao fundo do poço, viu seus filhos morrerem, foi prisioneiro, perdeu a mão com a qual manuseava a espada, perdeu sua posição real e, enfim, acordou para a realidade.

Jaime conseguiu perceber a tempo que, embora amasse Cersei, não poderia mais aceitar suas tiranias. Ele entendeu que precisava seguir com sua vida separadamente, tentar compensar todos os males que fez na vida em nome de sua amada. Jaime escolhe lutar pelos vivos, decide dar uma chance a outra mulher, a qual fez parte de sua evolução como ser humano. E tudo isso para quê?! Para retornar aos braços de Cersei e morrer junto com ela no último momento. É isso aí!

5 – A inutilização de Cersei Lannister

Cersei Lennister foi uma personagem cruel. Houve momentos nos quais simpatizamos por sua dor. Contudo, ela nunca mostrou compaixão ou perdão para com terceiros. Mas essas características estão longe de fazê-la uma personagem ruim. Pelo contrário, Cersei foi uma das figuras mais poderosas e fascinantes de Game of Thrones. Por isso, vê-la não fazer absolutamente nada na última temporada é tão triste quanto frustrante. É lamentável ver como Benioff e Weiss foram capazes de anular o desenvolvimento de sete anos de personagem em apenas cinco episódios.

6 – A funcionalidade quando convém

Melisandre aparecer do nada para levar a chama da esperança para Winterfell? Tranquilo. Samweel Tarley ficar vivo em meio ao caos da batalha com os mortos sem nenhum treinamento enquanto Imaculados e Dothrakis aparecem ao seu redor? Deve ter aprendido nos livros da Cidadela. Lembrando que ele nunca foi bom em combate, mesmo quando fez parte da Patrulha da Noite. Dois dragões não são suficientes para explodir a frota de Euron Greyjoy, mas, de repente, um sim.

Arya decide não matar Cersei porque Sandor diz que não é uma boa ideia? Claro, claro. Em meio a cidade destruída por fogo e escombros, um cavalo surge do nada, com o intuito de mostrar menos ainda para levar Arya sabe-se lá para onde? A essa altura, nem importa mais.

7 – Quase nada fez sentido

Foram nove anos (intervalo de 2018 sem temporada) de Game of Thrones. Nove anos acompanhando o jogo político de Westeros. Nove anos cheios de mortes surpreendentes, reviravoltas, tramas incríveis e os mais variados tipos de personagens. Foram nove anos para, no último, quase nada apresentado em tela fazer sentido. É possível aceitar o final, assim como gostar dele ou apenas ficar indiferente a tamanha monstruosidade exibida. Porém, não é possível dizer que os seis episódios da última temporada condizem com os antecessores.

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