História

7 coisas que a humanidade deve aos vikings e você nunca imaginou 

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Do fim do século VIII ao fim do século XI, os vikings dominaram a Europa e se espalharam para várias partes do mundo, dos extremos da Rússia até a costa leste da América do Norte.

Por mais que suas investidas fossem direcionadas a alvos religiosos e repletas de brutalidade, muitos deles também eram comerciantes e fazendeiros pacíficos, contribuindo para marcar a história do povo viking de diferentes formas.

Aproveite para descobrir 7 coisas que você nunca soube sobre os verdadeiros vikings.

Agora, vamos conferir algumas das contribuições vikings que atravessaram gerações e ainda marcam a humanidade hoje em dia.

1 – Avanços em navegação e construção de barcos

Talvez a conquista viking mais marcante seja a tecnologia de construção de barcos que permitia que eles viajassem distâncias mais longas do que os povos antes deles. Seus longos barcos eram mais rápidos, mais leves, mais flexíveis e mais facilmente manuseáveis do que quaisquer outras embarcações da época.

Além disso, o povo viking tinha uma impressionante de navegação. Eles contavam com ferramentas simples, mas sofisticadas, como bússolas solares que permitiam melhor precisão de direcionamento por meio do sol, mesmo em dias nublados.

2 – Dublin

A capital irlandesa é palco do primeiro acampamento viking ao sul do rio Liffey, de 841 d.C. Chamado de Dubh Linn (Piscina Preta), em referência ao lago em que os nórdicos repousavam seus barcos, o acampamento foi construído onde hoje está a cidade de Dublin e era um dos maiores mercados de escravos da Europa.

Os vikings mantiveram controle de Dublin por cerca de três séculos, até que o rei irlandês Brian Boru os derrotou na Batalha de Clontarf, em 1014. Diferente do que aconteceu na Inglaterra, os vikings deixaram poucos locais com nomes nórdicos ou influência na língua, mas deixaram sua marca de outras formas. Além de Dublin, outras cidades que começaram como importantes acampamentos vikings foram Wexford, Waterford, Cork e Limerick.

3 – Língua inglesa

Nos séculos que sucederam a primeira invasão ao terreno inglês, em 793 d.C., os vikings fizeram uma série de ataques em acampamentos locais, deixando um impacto permanente na terra, cultura e língua. Assim que os nórdicos começaram a interagir com os ingleses, as duas linguagens da época (nórdico antigo e inglês antigo) também se misturaram.

Algumas palavras comuns do inglês moderno, como “give” (dar), “window” (janela) e “dream” (sonho), dentre várias outras, possuem origens diretas na língua dos vikings. Isso sem falar nos nomes dos dias da semana, em inglês, que possuem inspirações claras na mitologia como tuesday (terça-feira) e Tyr, wednesday (quarta-feira) e Odin, thursday (quinta-feira) e Thor e friday (sexta-feira) e Frigg, todos deuses nórdicos.

4 – Esquis

Os esquis mais antigos conhecidos datam de um período entre 8.000 e 7.000 a.C., descobertos na Rússia, e as primeiras referências ao hábito de esquiar vêm da Dinastia Han, na China (206 a.C – 220 d.C.). Apesar disso, nós devemos a tradição ocidental de esquiar aos vikings. Até mesmo a palavra esqui vem daí, com origem no termo “skío”.

Os nórdicos antigos esquiavam pelas suas terras tomadas de neve tanto para recreação como por necessidade de transporte. Para completar, a deusa Skaoi e o deus Ullr eram frequentemente relatados em esquis.

5 – Pentes

Os inimigos dos vikings os consideram verdadeiros bárbaros, mas a verdade é que eles tinham hábitos de higiene mais frequentes que os outros europeus da época, com banhos semanais. Além disso, pentes feitos com chifres de veados ou outros animais são encontrados com frequência em sítios arqueológicos vikings.

Por mais que objetos como pentes existissem em outras culturas pelo mundo, vikings costumam receber os créditos pela invenção do acessório no mundo ocidental como conhecemos hoje. Não só os pentes, mas pinças, navalhas e colheres de orelhas (para remover cera antes da invenção dos cotonetes) também estão entre acessórios encontrados em escavações.

6 – Sagas

Além das evidências arqueológicas, um das primeiras fontes históricas de informações sobre os vikings vêm das sagas de islandeses, escritas por autores desconhecidos do final do século XII até meados do século XIV com relatos da Era Viking.

Estudiosos da era Vitoriana aceitaram as sagas como registros histórias, mas atualmente a maioria dos historiadores concorda que elas não são tão confiáveis. Ainda assim, são importantes fontes de informação históricas da época, misturadas com mitologia e fantasia.

7 – Multas e punições

Diferente dos vizinhos francos e sacões, os vikings aplicavam multas para aqueles que quebravam as leis. Isso acontecia porque eles queriam prevenir disputas sangrentas, um vestígio cultura dos germânicos, que costumavam responder sangue com sangue. Ao invés disso, os escandinavos organizavam julgamentos em assembleias de homens livres chamados ting, onde executavam a justiça e tomavam decisões.

A tradição acabou sendo levada para a Inglaterra e para a França por meio dos normandos, que aplicavam multas e punições para quem quebrava leis, ao invés de se restringir a execuções. É claro que ainda havia exceções e a Idade Média viu uma queda no método de justiça, mas os processos voltaram a ser utilizados e ajudaram a consolidar o uso moderno dos julgamentos.

Se você pensava que os vikings eram apenas guerreiros bárbaros e brutais, deu para perceber que estava enganado, não é mesmo?

Qual contribuição viking você achou mais curiosa? Conte para a gente nos comentários e aproveite para compartilhar a lista e informar os seus amigos!

Por que você guarda mágoas de coisas que acontecem só nos seus sonhos?

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