Não é segredo para ninguém que a Pixar é um dos estúdios de cinema mais aclamados e amados. Tanto por crianças, quanto por adultos em todo o mundo. Todos os filmes lançados estão entre as 50 animações com maior bilheteria de todos os tempos. A fórmula do sucesso são os personagens profundos, que conseguem estabelecer uma forte ligação com o público no instante em que aparecem em tela.
E, desde a sua fundação, em 1986, a Pixar se tornou o estúdio de animação mais elogiado do mundo ocidental. E, ao longo dos anos, o estúdio já teve 16 Oscar. A maioria das pessoas pode conhecer os filmes que o estúdio produziu, mas poucos conhecem curiosidades sobre a Pixar. Falamos de algumas delas aqui.
1 – Originalmente divisão da Lucasfilm
O começo da Pixar é bastante diferente do que muitos possam imaginar. Em 1979, Ed Catmull foi chamado por George Lucas, do Instituto de Tecnologia de Nova York, para comandar a divisão de computação da Lucasfilm.
Essa divisão era responsável por criar novos softwares projetados, para ajudar a indústria cinematográfica. Lucas tinha pedido tudo, desde um sistema de edição de filmes digitais, até uma pesquisa para melhorar a computação gráfica.
Em 1983, John Lasseter, atual diretor de criação da Pixar, entrou para a divisão da Lucasfilm, e foi contratado como designer de interface. Depois de vários anos, a empresa mudou drasticamente.
2 – Criação
Em 1984, a divisão da Lucasfilm lançou um curta-metragem de animação, chamado As Aventuras de Andre & Wally B. Esse filme usava uma tecnologia revolucionária para a época, como texturas pintadas à mão e motion blur.
Em 1986, Steve Jobs comprou a divisão de computação de George Lucas, e então, a Pixar realmente nasceu. Jobs estabeleceu a Pixar como uma empresa independente, e então, John Lasseter fez sua estreia na direção, com o filme chamado Luxo Jr.
O filme tinha alguns minutos de duração e foi o primeiro em 3D CGI a ser indicado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem. E a lâmpada icônica da Pixar nasceu do Luxo Jr.
3 – Visita de ergonomista
Por mais que as pessoas achem que trata-se de uma atividade simples, uma vez que os trabalhadores geram as coisas pelo computador, animar não é uma tarefa fácil. Filmes como Toy Story, Procurando Nemo e Divertida Mente levaram uma enorme quantidade de horas para serem feitos. E isso pode levar os funcionários a terem uma tensão muscular.
Por isso, os funcionários da Pixar recebem um ergonomista, chamado Arlie Stern, que dá aos animadores conselhos de como trabalhar melhor. Segundo ele, a animação exige movimentos precisos e lesões são comuns.
4 – Comerciais
No final dos anos 1980, quando a Pixar estava já com confiança em sua técnica de animação e software, John Lasseter convenceu Jobs de que uma maneira boa de conseguir dinheiro seria com comerciais de TV.
Na época, os comerciais desenhados à mão ou live-action eram uma coisa inédita. E aqueles, que fossem feitos com animação por computador, se destacariam. E Lasseter conseguiu garantir vários contratos. E com o sucesso que os comerciais produziram, ficou claro que a Pixar tinha que focar na animação e não no desenvolvimento de hardware.
5 – Toy Story quase cancelado
Na primeira concepção, Toy Story foi bastante diferente. Segundo Joss Whedon, roteirista do filme, originalmente, Woody era bastante estranho. Em 1993, a Pixar levou o projeto de Toy Story para os chefes na Disney. Mas esse projeto não foi bem recebido porque os chefes da Disney não gostaram da química entre Woody e Buzz.
6 – Ideias para filmes
Uma das coisas que é marca da Pixar são seus conceitos cinematográficos. O que é surpreendente é o fato de que a ideia de quatro filmes surgiu em uma reunião de almoço, em 1994. Esse almoço foi feito com John Lasseter, Andrew Stanton, Pete Docter e Joe Ranft, e deli saíram os primórdios de Vida de Inseto, Procurando Nemo, Monstros S.A. e Wall-E.
Esse almoço foi tão importante para o estúdio que o café aparece em uma cena em Monsters S.A., sendo um tributo a uma parte importante da história da Pixar.
7 – Quarto secreto
Depois das novas instalações da Pixar terem sido construídas, Andrew Gordon, um animador, descobriu um segredo bastante interessante sobre o prédio. No escritório dele, tinha uma escotilha, que levava a uma sala escondida. Esta era isolada de qualquer outro lugar.
Então, ele começou a decorar a sala e foi levando outros funcionários para lá. E o cômodo foi sendo decorado com tudo, desde lâmpadas de natal, até garrafas de bebidas alcoólicas. Ele foi chamado de “The love lounge”, e uma câmera de vídeo fazia com que as pessoas vissem quem estava chegando. Quando Jobs ficou sabendo da sala, ele levou visitantes até lá.
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